Cbf vs Bom Senso Fc
'É inviável', diz liderança da comissão de clubes da CBF sobre proposta do Bom Senso fc
Por Camila Mattoso, do ESPN.com.br
Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, faz parte da comissão da CBF
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Calendário do Bom Senso custará R$ 94 milhões por ano. Vai pagar como?BBC: Bom Senso vai propor quinta divisão nacional com 430 clubes e estaduais por um mêsProposta de 'jogo limpo' do Bom Senso vai custar cerca de R$ 3 milhões por anoBom Senso F.C. quer padronização de balanço dos clubesPara valorizar Brasileirão, Bom Senso aposta em jogos apenas de fim de semana
O maior entrave colocado pelo dirigente é a questão financeira do projeto, cerca de R$ 94 milhões por ano para manter todos os campeonatos. Além deste montante, os clubes teriam, juntos, que desembolsar cerca de R$ 550 milhões para participar das competições. Para ele, a sugestão elaborada pelo grupo de jogadores é insustentável.
"Não vou criticar o projeto, nem digo que ele não é bom, mas ele é inviável. Quem vai pagar por isso tudo? O lucro da CBF, por exemplo, não daria conta disso. Acho que eles se dedicaram e fizeram ótimos estudos, mas a parte financeira foi deixada de lado", afirmou o presidente, em entrevista para o ESPN.com.br.
"Faz uma conta: são 430 clubes tendo de manter um elenco pelo ano todo. Nos cálculos que a gente faz, um time pequeno precisa de mais ou menos R$ 100 mil para manter os jogadores e outras despesas, por mês. Mais o décimo terceiro e sem contar os tributos. Isso dá mais ou menos R$ 550 milhões. Tem dinheiro de patrocínio pra isso? Se conseguir os patrocínios para as competições já vai ser bom demais", completou.
Na proposta apresentada nesta segunda-feira pelos jogadores, o Brasileirão teria uma nova divisão, a Série E. Nela, 430 times disputariam pelo título, em um campeonato com duração entre fevereiro e dezembro de cada ano, bem como todas as outras séries.
Além do calendário, o Bom Senso formulou uma sugestão de "jogo limpo", o famoso fair play financeiro. A ideia é que os clubes tenham uma vida mais saudável e não se afundem em dívidas, como acontece atualmente, atrasando inclusive os salários dos atletas.
A comissão formada pela CBF terá novos encontros nas próximas semanas para acabar de elaborar a sua proposta para o mesmo tema, que deverá apresentar algumas divergências em relação aos planos do movimento.
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