protestos contra a copa em Sp
Pela primeira vez, protesto contra a Copa termina sem detidos em SP
Nos outros três atos anteriores houve detenções e vandalismo
Protesto reuniu cerca de 1.000 pessoas e terminou pacificamente na praça da República, centro da capital
Eduardo Enomoto/R7
A manifestação reuniu cerca de 1.000 pessoas, segundo a PM, e um efetivo policial de igual número. Com faixas, cartazes e instrumentos de percussão, o grupo se reuniu na praça do Ciclista, na avenida Paulista. Às 19h30 começou a caminhada até a avenida Brigadeiro Luís Antônio. Em seguida, a multidão desceu em direção ao centro.
Após passar em frente à Câmara Municipal, o ato terminou na praça da República, por volta das 22h. Ao final, o tenente-coronel Marcelo Pignatari, responsável por coordenar a operação da PM, informou que “não houve qualquer problema”.
— Nossa avaliação é positiva. Tudo transcorreu dentro da normalidade.
Leia mais notícias de São Paulo
Apesar disso, o oficial teve algumas divergências com representantes dos manifestantes durante o percurso. O PM reclamou de não ser informado com a antecedência necessária sobre quais ruas seriam acessadas, dificultando assim que a polícia bloqueasse o trânsito.
André Zanardo, integrante do grupo Advogados Ativistas participou da passeata e disse não ter identificado qualquer abuso por parte da polícia.
— Tudo o que foi acordado na reunião [com a PM] foi respeitado aqui. O cordão policial se manteve a pelo menos 2 m da manifestação.
Ele ainda acrescentou que não viu policiais sem a tarjeta de identificação. No início da manifestação, Pignatari já havia dito que a ordem a toda a tropa era de que não retirasse o nome da farda. No protesto anterior, membros da Tropa de Choque foram falgrados sem a tarjeta.
Outros protestos
A primeira manifestação contra a Copa do Mundo aconteceu no dia 25 de janeiro e terminou com um rapaz baleado e outro preso. Segundo a polícia, Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, portava um estilete e tentou atacar um PM. Além disso, a PM diz ter encontrado o que seria explosivo, na mochila dele. O rapaz nega as acusações. Durante a confusão, um Fusca foi incendiado.
O segundo ato, no dia 22 de fevereiro, foi o que mais registrou prisões. Na ocasião, a PM cercou um grupo de manifestantes e deteve aproximadamente 230 pessoas. Também foram registrados atos de vandalismo.
No terceiro protesto, no último dia 13, que começou no largo da Batata, cinco pessoas foram detidas, um manifestante ficou ferido e uma agência bancária foi depredada.
Fonte R7