Rodada 47 do Brasileirão 2013
CBF paga primeira parcela da Série B, mas Portuguesa se nega a receber
O presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, segue irredutível na luta para a volta à Série A
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Depois de ter as liminares concedidas a seus torcedores cassadas, a Lusa ainda não concretizou a sua entrada na Justiça Comum para tentar reverter a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que a rebaixou no fim do ano passado.
Em caso de fracasso, a equipe terá de se contentar com apenas R$ 3 milhões de direitos de transmissão - descontados os impostos, eles ficam em R$ 2,7 milhões.
Ao invés de oito, a CBF dividirá nesta temporada o pagamento das cotas em dez parcelas de R$ 270 mil, entre fevereiro e novembro. A primeira delas foi repassada aos clubes no mês passado, antes mesmo da realização do conselho arbitral da categoria, ainda sem data marcada para acontecer.
"Eles (a CBF) mandaram um recibo, mas não assinei nada. Não quis nem saber como funciona o repasse, a quantia, esses detalhes", afirma o presidente Ilídio Lico ao ESPN.com.br.
Ex-membro do Clube dos 13, somente o Vasco com R$ 70 milhões tem direito hoje a uma receita de TV superior aos valores praticados pela CBF na segunda divisão e que, ao contrário do esperado, não sofreram qualquer reajuste para 2014. Havia a expectativa entre os times de que ele pudesse saltar para pelo menos R$ 4 milhões.
Frustrado, um grupo formado por dirigentes de equipes como Náutico, Santa Cruz e Ceará tenta se articular para que as cotas sejam revistas ainda nesta edição. Existe a chance de um estudo sobre o assunto feito pelo mandatário do Paraná, Rubens Bohlen, ser apresentado no seminário que o Bom Senso FC organiza na semana que vem, em São Paulo, para debater, dentre outros temas, o fair play financeiro.
"Tinham que ser no mínimo R$ 8 milhões para podermos fazer uma preparação para o campeonato. Não dá para recebermos o mesmo que clubes que não contam com nenhuma carga de passado, por isso, estamos reunindo forças", desabafa Glauber Vasconcelos, do Náutico.
"O ideal seria o céu", brinca Evandro Leitão, do Ceará. "Mas estamos discutindo", completa.
Ainda confiante em reverter a punição sofrida no STJD pela escalação irregular do meia Héverton, a Portuguesa permanece, por enquanto, fora das conversas e mantém o sonho de seguir recebendo os R$ 18 milhões da última temporada (R$16,2 milhões após impostos).
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