No dia 1º de abril, veja 10 mentiras da Copa do Mundo de 2014

Presidida por José Maria Marin, CBF poderá lucrar mais com patrocínios em 2014
  Presidida por José Maria Marin, CBF poderá lucrar mais com patrocínios em 2014 


A Copa no Brasil acontecerá sem dinheiro público nos estádios. Todas as arenas ficaram prontas a tempo e respeitaram o orçamento inicial previsto. Os aeroportos foram reformados, e a mobilidade urbana ganhou importantes obras, como os monotrilhos de São Paulo e Manaus, além do VLT em Brasília. Quem vier ao país não precisa se preocupar com acesso à internet, porque já estará disponível a tecnologia 4G.
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O parágrafo acima é um apanhado de mentiras. Mentiras que um dia foram promessas, mas que jamais se tornarão verdades. Mentiras que fazem parte da preparação do Brasil para a Copa do Mundo.

Mentiras que custaram, custam e custarão caro ao país.

No dia 1º de abril, o Dia da Mentira, o ESPN.com.br relembra dez das mais famosas mentiras envolvendo a Copa do Mundo de 2014:

Ricardo Teixeira prometia uma Copa com amplos investimentos privados
Teixeira prometia uma Copa com  investimentos privados 

1) Maioria dos investimentos será privada

Antes mesmo de o Brasil ser oficializado como sede do Mundial, em 2007, Ricardo Teixeira repetia em seus raros discursos uma tese: "Uma Copa bem organizada é aquela que tem recursos prioritariamente do setor privado". Quase sete anos depois, o dinheiro público é, de longe, o principal financiador do Mundial.

2) O Governo não investirá na construção de estádios

O discurso repetido nos primeiros meses após a escolha do Brasil como sede da Copa era de que os Governos não iriam investir na reforma e construção de estádios - a ideia era que os gastos públicos fossem feitos em outras obras de infraestrutura. Hoje, 97% do dinheiro investido nas arenas é governamental.

3) As arenas construídas dentro do orçamento

Quando os primeiros orçamentos de construção e reformas de estádios para a Copa do Mundo começaram a aparecer, a lista assustava pelos valores altos - o Estádio Nacional, em Brasília, ficaria em torno de R$ 700 milhões, por exemplo; mas custou mais de R$ 1,1 bilhão. Sete anos depois, todos os estádios da Copa já estouraram a previsão de gasto inicial. 

4) Estádios da Copa prontos dentro do pazo
As recomendações da Fifa eram claras: os doze estádios para a Copa do Mundo deveriam estar prontos até dezembro de 2013, e o Governo garantia isso, conforme declarou o então Ministro dos Esportes, Orlando Silva em 2011; os que não estivessem ficariam fora do torneio. Estamos em abril de 2014, e a Arena Corinthians, palco 'somente' da abertura do Mundial, ainda não recebeu uma partida oficial. 
 
 
Itaquerão Arena Corinthians
  Arena Corinthians ainda não recebeu nenhum jogo oficial
 
 
 

5) O Monotrilho de São Paulo
Única obra prometida para a Copa do Mundo em São Paulo, o Monotrilho não ficará pronto a tempo para o Mundial. Depois de anos de construção e de atrasos, apenas em outubro de 2012 foi feito o anúncio de que não haverá tempo hábil para que a obra seja terminada antes do torneio.

6) Transporte público em Manaus
Quando foi anunciada como uma das 12 sedes da Copa do Mundo, Manaus apressou-se em mostrar um projeto revoluncionário de transporte público, que incluía a construção de um monotrilho e do BRT. Mas, alegando problemas burocráticos que atrasaram o início das obras, os governos estadual e municipal tiraram as obras da lista de encargos para a Copa. 

VLT de Brasília: projeto não sairá mais do papel para a Copa do Mundo de 2014

VLT de Brasília: projeto não sairá mais do papel para a Copa  


7) O VLT de Brasília
Outra grande obra de estrutura de transportes anunciada com pompa foi o VLT de Brasília, O sistema de trens seria a solução para uma cidade que peca pela falta de boas opções para transporte público. A construção começou em 2007, mas parou em 2010 em meio a denúncias de corrupção. Em 2012, a obra saiu do caderno de encargos da Copa.

8) O ultimato da Fifa para a Copa do Mundo
O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, perdeu a paciência com os seguintes atrasos das cidades-sede, especialmente Curitiba. Em janeiro deste ano, o homem-forte da entidade no Brasil deu um ultimato à capital paranaense: ou as obras da Arena da Baixada avançassem até 18 de Fevereiro, ou a Copa deixaria a cidade. Passou a data, o estádio ainda não está 100% concluído, e o local segue como um dos palcos para o Mundial. 



A repercussão ruim fez a entidade se desculpar. Mas Blatter e Valcke não levaram a sério as dicas quando visitam o Brasil

Valcke chegou a dar um ultimato a Curitiba, mas a capital paranense segue na Copa do Mundo 



9) Mudança na estrutura de aeroportos
A Copa seria uma ótima oportunidade para mudar a sucateada estrutura aeroportuária do Brasil. Durante os anos que se seguiram ao anúncio do país como sede do Mundial, todas as cidades - mesmo ainda na fase de candidatura às sedes - prometeram reformas, mas menos da metade de cumprir o planejado. Em Belo Horizonte, a reforma já foi reduzida para terminar antes do Mundial; em Curitiba, apenas 30% das obras estará pronta na época da Copa.

Somente dois aeroportos deverão concluir suas reformas a tempo do Mundial: Cuiabá e Fortaleza. No Rio de Janeiro, por exemplo, parte da reforma do terminal de passageiros não estará pronta, assim como em Belo Horizonte, Salvador, Manaus e Curitiba.

10) A Internet 4G
A tecnologia de acesso a internet e telefonia, que já existe em países da Europa e nos Estados Unidos, era uma das promessas para as 12 cidades-sede, devido à alta demanda durante a Copa do Mundo. Meses antes do Mundial, especialistas em telecomunicações já apontam que não há mais tempo para que o sistema seja implantado em todas estas cidades antes do Mundial.

Além disso, pelo fato de a frequência do 4G ser diferente a de muitos países como os Estados Unidos, por exemplo, alguns turistas não conseguirão utilizar o serviço nos locais em que ele estiver disponível. 
fonte espn do brasil  texto por tiago arantes do espn.com.br



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