novos presidentes do são Paulo
Aidar x Kalil: veja as propostas dos candidatos à presidência do São Paulo
Conselheiros escolherão sucessor de Juvenal Juvêncio no dia 16 de abril
Depois de oito anos, o São Paulo terá um novo presidente no dia 16 de abril. Os 235 conselheiros escolherão quem assumirá o cargo ocupado desde 2006 por Juvenal Juvêncio. Dois velhos conhecidos do atual mandatário disputam o poder no Morumbi. Carlos Miguel Aidar, candidato da situação, ou Kalil Rocha Abdalla, pela oposição, vai gerir os destinos do Tricolor até 2017.Durante anos, Juvenal tentou "construir" um substituto, mas não se contentou com as lideranças políticas que surgiram no Morumbi. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, Júlio Casares e Roberto Natel chegaram a abrir uma disputa interna pelo apoio de conselheiros, mas o presidente optou por escolher seu próprio mentor: Carlos Miguel Aidar.
Carlos Miguel Aidar e Kalil Rocha Abdalla concorrem à presidência do São Paulo (Foto: Arte / Globoesporte)
Ex-presidente do São Paulo, de 1984 a 1988, o mais jovem da história (37
anos), Aidar, hoje com 67, foi um dos fundadores e dirigiu o Clube dos 13. Além
disso, sustentou na Justiça o terceiro mandato de Juvenal, concedido após uma
manobra no Conselho. Recentemente, articulou o fim da crise entre o Tricolor e
a CBF, entidade que representa como advogado no "caso Héverton".
Provedor da Santa Casa de São Paulo, onde também concorre no dia 16, Kalil Rocha Abdalla é um dissidente do atual grupo. Também advogado, ele atuou como diretor jurídico nas gestões de Aidar e Juvenal e agora conta com o apoio de Marco Aurélio Cunha, outro que se afastou do presidente e novo homem-forte do futebol em caso de vitória.
Nos tópicos abaixo você confere as ideias dos candidatos para comandar o São Paulo pelos próximos três anos:
morumbi
Kalil Rocha Abdalla: "O estádio está bonito, só falta a cobertura. O Juvenal acabou de trocar as cadeiras, o piso do térreo está muito bom, cheio de lojas, tudo em ordem. Só precisa da cobertura. O estádio perdeu a Copa porque o seu Juvenal Juvêncio achou que era amigo do Lula, mas o Lula era mais amigo do Andrés (Sanchez, ex-presidente do Corinthians) e resolveu ajudar e fazer o estádio do Corinthians".
futebol
Kalil Rocha Abdalla: "Quem vai coordenar será o vice e o diretor de futebol. Você precisa entender que a administração do clube não será feita pelo presidente, e sim por cada diretor. Não pretendo ter ingerência no futebol. Não vou opinar. Quero saber, mas quem decidirá tudo será a comissão técnica, o diretor, a equipe que compõe o departamento de futebol. Eles vão se reportar a mim, mas vão resolver o problema".
investimentos
Kalil Rocha Abdalla: "Só poderei contratar se tiver dinheiro. Consta que há um passivo no banco em torno de R$ 70 milhões. Isso mesmo com o dinheiro da venda do Lucas. Se for isso, a dívida do São Paulo seria trágica".
ct de cotia
Kalil Rocha Abdalla: "Uma maravilha, um espetáculo, mas mal administrado. Não sai nada de lá, não vejo aproveitamento. Hoje, há dois garotos que estão bem, mas daqui a alguns anos podem não estar jogando nada. Isso tem sido constante. Precisa ser dirigido por um diretor que faça funcionar e é essencial ter um técnico de renome. Vou observar algum nome de peso na praça que esteja disponível a partir de abril".
clube social
Kalil Rocha Abdalla: "A área social está muito boa. Falta a garagem, que idealizei em outro lugar. Dizem que os sócios achariam ruim ter o campo interditado por algum período, mas eu os levaria para jogar em Cotia, o que não é permitido hoje. Ou melhor, é permitido a algumas 'panelas'".
cbf/bom senso
Kalil Rocha Abdalla: "Não tenho nada com isso (Bom Senso), eles que decidam o que quiserem. Cada setor faz sua reivindicação. O São Paulo peca há anos por não ter bom diálogo com os presidentes dos clubes. Não sou inimigo de ninguém, temos de engrandecer o futebol que é a alma viva do clube. O Marco Polo (Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e vice da CBF) era advogado do Palmeiras quando eu era juiz do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva). O José Maria Marin (presidente da CBF) se tornou meu amigo quando viajou conosco para vendermos o Careca para a Itália".
juvenal juvêncio
Kalil Rocha Abdalla: "Sou contra o centralismo. Ele não tem diálogo, é o rei, ele que manda".