o Amor do mundo se esfriou - Caso Bernado



Em dezembro do ano passado, a rede de proteção à criança de Três Passos (472 km de Porto Alegre) já havia sido informada sobre os problemas que o menino Bernardo Uglione Boldrini, 11, enfrentava em casa. O conselho tutelar da cidade e a Promotoria da Infância e Juventude estavam cientes, inclusive, de uma denúncia de tentativa de asfixia por parte da madrasta, Graciele Ugulini, 32. Mesmo assim, uma testemunha chave não foi ouvida e o garoto permaneceu na casa da madrasta, que agora é a principal suspeita de ter assassinado o menino.
O UOL teve acesso a uma série de e-mails trocados entre o advogado Marlon Balbon Taborda, representante da avó materna do menino, Jussara Uglione, 73, e a rede de proteção à criança. No primeiro, datado de 22 de novembro de 2013, Taborda comunica o conselho tutelar de Santa Maria, cidade em que Jussara vive, sobre denúncias de maus tratos feitas por uma ex-babá de Bernardo. As mesmas informações foram remetidas à promotora da Infância e da Juventude de Três Passos, Dinamárcia Maciel de Oliveira, em 6 de dezembro.
"[Bernardo] não mais estaria sob os cuidados do pai, eis que estaria com uma pessoa conhecida como Jú, da Jú Moda Íntima. É fato sabido na comunidade local que a mãe do Bernardo faleceu já faz alguns anos em grave situação. Ela [Jussara Uglione, avó do menino] me passou o telefone de quem disse esta informação para ela, e eu contatei com tal pessoa. A Elaine [ex-babá] me expôs de forma categórica no telefone que o menino Bernardo, neto da Jussara Marlene Uglione, estava andando pela rua, abandonado, que foi tentado ser asfixiado em uma noite quando estava em casa, fato confirmado pelo menino", escreveu o advogado no email.
Testemunha fundamental no caso da suposta agressão, a ex-babá jamais foi chamada para ser ouvida. Em resposta aos e-mails do advogado, apenas foi requerido que a avó do menino fosse até Três Passos para uma audiência na promotoria.
"Avisamos os órgãos da rede de proteção da criança para averiguar os acontecimentos. Demos nomes de testemunhas a serem averiguadas, mas nunca recebemos qualquer retorno", comentou o advogado Marlon Taborda.
Naquele dezembro, a promotora Dinamárcia de Oliveira recebeu o representante do Conselho Tutelar, que indicava que o menino precisava de ajuda, já que havia fortes indícios de ser vítima de negligência familiar. A escola em que Bernardo estudava, por exemplo, afirmou que o garoto apresentava dificuldades de aprendizado, que poderiam ser explicadas por problemas afetivos. Já a família não respondia aos chamados dos professores para debater a situação do aluno. Aos conselheiros tutelares, o médico Leandro Boldrini, teria dito para que cuidassem "das crianças maltratadas", mostrando desinteresse pelo caso do filho.  
Uma assistente social da prefeitura encaminhou um relatório à promotora Dinamárcia, no qual detalhava a rotina de Bernardo, sem a participação do pai. No documento, a assistente comentou a dificuldade de relacionamento do menino com a madrasta e o explícito desinteresse de Leandro Boldrini. Ela disse, por exemplo, que Bernardo procurava refúgio na casa de amigos, onde comia e até dormia, sem o pai aparecer para procurá-lo. Ao mesmo tempo, o médico não comparecia às reuniões marcadas pelo Conselho Tutelar.  
Fonte Uol 
e, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.

Mateus capitulo 24:versículo 12 
Mais uma profecia se cumpre ! 

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