será que vai ter copa na Arena Pantanal ?
- Atualizado em
Inacabada, Arena Pantanal precisa de ajustes e corre contra o tempo
Estádio recebe seu primeiro jogo, mas mais de 20 mil cadeiras ainda precisam ser instaladas. Beleza agrada, mas acesso e obras no entorno são problemas graves
no
empate sem gol, entre Mixto e Santos, pela Copa do Brasil. Apesar de
visivelmente inacabada (97% das obras foram concluídas, segundo o comitê local), uma vez que
mais de 20 mil cadeiras ainda não foram instaladas, o estádio
mato-grossense é de fato muito bonito por dentro. Por fora, no entanto,
ainda peca e não enche os olhos. A iluminação precária, obras no
entorno, lama e a falta de lixeiras são alguns dos problemas mais
gritantes.
A falta de gols não impediu a bonita festa da torcida de Cuiabá, que esperou por quatro anos para ver a bola rolar na Arena Pantanal. O jogo, no entanto, ainda não foi um teste oficial coordenado pelo Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo. O “padrão Fifa”, portanto, esteve longe de ser atingido.
Apesar dos problemas, o secretário da Secopa-MT, Maurício Guimarães, aprovou a inauguração da Arena Pantanal.
- Saio muito satisfeito. Com o resultado da partida, já que o Mixto levou o jogo para a Vila Belmiro. Com o comportamento da população. As pessoas vieram aqui para ver um grande jogo, conhecer uma arena de primeiro mundo. Se sentiram dentro de um estádio fora do que estavam acostumados. Foi muito positivo. Ainda falta muito trabalho para que estejamos aptos para realizar a Copa do Mundo. Porém, todas as forças funcionaram dentro da normalidade. Governo, segurança, saúde, trânsito, evacuação do estádio que foi muito boa, em menos de três minutos já não tinha mais torcedores dentro do estádio – disse o secretário.
Maurício Guimarães ainda se mostrou otimista e garantiu que não poupará esforços para que tudo esteja pronto até o dia 26 deste mês, para o jogo entre Luverdense e Vasco, pela Série B. Na ocasião, a Arena Pantanal terá sua capacidade máxima. Será o primeiro teste oficial do Comitê Organizador Local (COL) no estádio.
- Fizemos o que tinha de melhor. Nos leva a ter uma obrigação de fazer as correções necessárias. Sabemos que muita coisa precisa ser corrigida. É normal. Foi nosso primeiro evento-teste, o estádio ainda não está acabado. Restam as cadeiras para serem instaladas, alguns acabamentos. No dia 26 de abril, na partida entre Luverdense e Vasco, pela Série B, estará tudo pronto. A preparação para esse jogo já começa hoje. As cadeiras já estão em transporte e vamos colocar uma força-tarefa para deixar tudo pronto - prometeu o secretário da Secopa-MT, Maurício Guimarães.
Telões, gramado, camarotes, sistema de som. Muita coisa funcionou bem na parte interna do estádio. Até os sistemas de telefonia e internet móvel, problemas constante nas arenas recém-inauguradas para o Mundial, funcionaram razoavelmente.
Mas nem tudo correu perfeitamente dentro da arena. Com poucas lixeiras, os banheiros ficaram constantemente sujos. Em um deles faltou água nas torneiras. Nas lanchonetes, os torcedores só enfrentaram filas no intervalo. Algo normal em qualquer estádio. No entanto, o tempo de espera era de no máximo dez minutos. O que deixou a desejar foi a pouca variedade de produtos. Alguns acabaram antes mesmo do intervalo da partida.
Outro ponto negativo foi a falta de um espaço específico para portadores de necessidades especiais. Cadeirantes e deficientes físicos foram alocados em um corredor entre as arquibancadas. Na Copa eles terão um local destinado.
As bilheterias eletrônicas também não funcionaram, mas a Secopa-MT já havia alertado que elas não estariam em uso nesta quarta-feira.
O acesso ao estádio ainda é complicado. Horas antes do jogo, o trânsito em Cuiabá deu um nó por conta da inauguração da Arena Pantanal. Para o evento, a polícia fechou o acesso de carros às proximidades do estádio. Algumas pessoas tiveram de andar no escuro, em pontos com muita lama (choveu muito durante o dia em Cuiabá) para chegar ao estádio.
A falta de iluminação, aliás, ainda é um problema grave. O entorno do estádio é escuro. Alguns postes foram instalados nesta quarta-feira, mas não foram suficientes. Vários deles estão espalhados ao redor da arena. A promessa é que todos estejam em condições de uso para a partida do dia 26 de abril.
Por outro lado, não houve registro de tumulto na entrada da torcida na Arena Pantanal. Os torcedores ingressaram com calma e não encontraram longas filas. Cerca de mil policiais militares trabalharam no jogo. A falta de lixeiras, porém, incomodou. Os portões e arredores do estádio acumularam lixo, problema que se repetiu dentro da arena, com menos intensidade.
O temporal que atingiu Cuiabá no final da tarde de quarta-feira também evidenciou problemas nas proximidades da Arena Pantanal. Com vários pontos ainda em obras, muitas ruas ficaram alagadas e repletas de lama.
A saída dos torcedores também foi tranquila, sem confusão. A grande reclamação ficou por conta da dificuldade de torcedores em encontrar táxis para ir embora. Alguns levaram mais de uma hora para conseguir um veículo.
Apesar dos muitos problemas, a inauguração da arena agradou os torcedores. A estudante Priscila Mendes, por exemplo, foi a um estádio pela primeira vez e gostou do que viu.
- Foi a primeira vez que vim a um estádio nos meus 20 anos de vida. A gente vê que ainda faltam algumas coisas, mas gostei muito. Fui respeitada e está tudo muito bonito. Para ser sincera, não sei se um estádio como esse era a prioridade para Cuiabá, mas espero que ele ajude a melhorar ainda mais a cidade – disse a estudante.
Cerca de mil operários da Arena Pantanal receberam ingressos para acompanhar a partida, mas não saíram satisfeitos. A primeira reclamação foi por terem que sentar no chão, já que o setor superior do estádio não tinha cadeiras. A segunda que os ingressos puderam ser retirados apenas às 16h desta quarta-feira. A terceira e mais comentada por todos esteve na separação entre operários e torcedores comuns. Eles tiveram acesso por apenas um portão para entrar no estádio e não puderam frequentar as áreas comuns, como bares e banheiros. Um cordão de policiais, além de grades separavam os trabalhadores dos torcedores.
- Trabalhamos duro aqui e não pudemos nem sentar nas cadeiras. No bar que tivemos acesso, não tinha comida. Acho uma sacanagem conosco, já que fizemos parte dessa construção e na hora da parte boa nos deixam desse jeito – disse o montador Edinaldo Santana.
Para justificar o isolamento, a empresa responsável pela organização do jogo, afirmou que a presença de mais pessoas nas arquibancadas poderia causar tumulto, já que a capacidade de ingressos estava esgotada.
A conclusão final é que a Arena Pantanal teve erros e acertos em seu primeiro teste. É fato que Cuiabá tem um grande estádio que, com ajustes necessários, pode receber bem as quatro partidas da Copa do Mundo na cidade. O grande adversário é o curto tempo, a pouco mais de 70 dias do Mundial.
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Reza a
lenda que a beleza interior é a mais importante. Nesse quesito, a Arena
Pantanal foi inaugurada com louvor, na noite desta quarta-feira, A falta de gols não impediu a bonita festa da torcida de Cuiabá, que esperou por quatro anos para ver a bola rolar na Arena Pantanal. O jogo, no entanto, ainda não foi um teste oficial coordenado pelo Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo. O “padrão Fifa”, portanto, esteve longe de ser atingido.
Apesar dos problemas, o secretário da Secopa-MT, Maurício Guimarães, aprovou a inauguração da Arena Pantanal.
- Saio muito satisfeito. Com o resultado da partida, já que o Mixto levou o jogo para a Vila Belmiro. Com o comportamento da população. As pessoas vieram aqui para ver um grande jogo, conhecer uma arena de primeiro mundo. Se sentiram dentro de um estádio fora do que estavam acostumados. Foi muito positivo. Ainda falta muito trabalho para que estejamos aptos para realizar a Copa do Mundo. Porém, todas as forças funcionaram dentro da normalidade. Governo, segurança, saúde, trânsito, evacuação do estádio que foi muito boa, em menos de três minutos já não tinha mais torcedores dentro do estádio – disse o secretário.
(Fotos: Marcelo Baltar)
Maurício Guimarães ainda se mostrou otimista e garantiu que não poupará esforços para que tudo esteja pronto até o dia 26 deste mês, para o jogo entre Luverdense e Vasco, pela Série B. Na ocasião, a Arena Pantanal terá sua capacidade máxima. Será o primeiro teste oficial do Comitê Organizador Local (COL) no estádio.
- Fizemos o que tinha de melhor. Nos leva a ter uma obrigação de fazer as correções necessárias. Sabemos que muita coisa precisa ser corrigida. É normal. Foi nosso primeiro evento-teste, o estádio ainda não está acabado. Restam as cadeiras para serem instaladas, alguns acabamentos. No dia 26 de abril, na partida entre Luverdense e Vasco, pela Série B, estará tudo pronto. A preparação para esse jogo já começa hoje. As cadeiras já estão em transporte e vamos colocar uma força-tarefa para deixar tudo pronto - prometeu o secretário da Secopa-MT, Maurício Guimarães.
Beleza e problemas por dentro
Telões, gramado, camarotes, sistema de som. Muita coisa funcionou bem na parte interna do estádio. Até os sistemas de telefonia e internet móvel, problemas constante nas arenas recém-inauguradas para o Mundial, funcionaram razoavelmente.
saiba mais
Os confortáveis camarotes receberam convidados e autoridades com
comes e bebes liberado. Tudo correu bem. A visão do campo foi elogiada
pelos torcedores, que conseguiram assistir o jogo confortavelmente. As
cadeiras, apesar de instaladas há pouco tempo (houve assentos instalados
no dia do jogo), resistiram sem maiores problemas. Mas nem tudo correu perfeitamente dentro da arena. Com poucas lixeiras, os banheiros ficaram constantemente sujos. Em um deles faltou água nas torneiras. Nas lanchonetes, os torcedores só enfrentaram filas no intervalo. Algo normal em qualquer estádio. No entanto, o tempo de espera era de no máximo dez minutos. O que deixou a desejar foi a pouca variedade de produtos. Alguns acabaram antes mesmo do intervalo da partida.
Outro ponto negativo foi a falta de um espaço específico para portadores de necessidades especiais. Cadeirantes e deficientes físicos foram alocados em um corredor entre as arquibancadas. Na Copa eles terão um local destinado.
As bilheterias eletrônicas também não funcionaram, mas a Secopa-MT já havia alertado que elas não estariam em uso nesta quarta-feira.
acesso complicado
O acesso ao estádio ainda é complicado. Horas antes do jogo, o trânsito em Cuiabá deu um nó por conta da inauguração da Arena Pantanal. Para o evento, a polícia fechou o acesso de carros às proximidades do estádio. Algumas pessoas tiveram de andar no escuro, em pontos com muita lama (choveu muito durante o dia em Cuiabá) para chegar ao estádio.
Chuva causou transtorno na chegada dos torcedores ao estádio em Cuiabá (Foto: Marcos Lamdim / TCCA03)
A falta de iluminação, aliás, ainda é um problema grave. O entorno do estádio é escuro. Alguns postes foram instalados nesta quarta-feira, mas não foram suficientes. Vários deles estão espalhados ao redor da arena. A promessa é que todos estejam em condições de uso para a partida do dia 26 de abril.
Por outro lado, não houve registro de tumulto na entrada da torcida na Arena Pantanal. Os torcedores ingressaram com calma e não encontraram longas filas. Cerca de mil policiais militares trabalharam no jogo. A falta de lixeiras, porém, incomodou. Os portões e arredores do estádio acumularam lixo, problema que se repetiu dentro da arena, com menos intensidade.
O temporal que atingiu Cuiabá no final da tarde de quarta-feira também evidenciou problemas nas proximidades da Arena Pantanal. Com vários pontos ainda em obras, muitas ruas ficaram alagadas e repletas de lama.
A saída dos torcedores também foi tranquila, sem confusão. A grande reclamação ficou por conta da dificuldade de torcedores em encontrar táxis para ir embora. Alguns levaram mais de uma hora para conseguir um veículo.
Apesar dos muitos problemas, a inauguração da arena agradou os torcedores. A estudante Priscila Mendes, por exemplo, foi a um estádio pela primeira vez e gostou do que viu.
- Foi a primeira vez que vim a um estádio nos meus 20 anos de vida. A gente vê que ainda faltam algumas coisas, mas gostei muito. Fui respeitada e está tudo muito bonito. Para ser sincera, não sei se um estádio como esse era a prioridade para Cuiabá, mas espero que ele ajude a melhorar ainda mais a cidade – disse a estudante.
operários no chão e sem acesso
Cerca de mil operários da Arena Pantanal receberam ingressos para acompanhar a partida, mas não saíram satisfeitos. A primeira reclamação foi por terem que sentar no chão, já que o setor superior do estádio não tinha cadeiras. A segunda que os ingressos puderam ser retirados apenas às 16h desta quarta-feira. A terceira e mais comentada por todos esteve na separação entre operários e torcedores comuns. Eles tiveram acesso por apenas um portão para entrar no estádio e não puderam frequentar as áreas comuns, como bares e banheiros. Um cordão de policiais, além de grades separavam os trabalhadores dos torcedores.
- Trabalhamos duro aqui e não pudemos nem sentar nas cadeiras. No bar que tivemos acesso, não tinha comida. Acho uma sacanagem conosco, já que fizemos parte dessa construção e na hora da parte boa nos deixam desse jeito – disse o montador Edinaldo Santana.
Para justificar o isolamento, a empresa responsável pela organização do jogo, afirmou que a presença de mais pessoas nas arquibancadas poderia causar tumulto, já que a capacidade de ingressos estava esgotada.
A conclusão final é que a Arena Pantanal teve erros e acertos em seu primeiro teste. É fato que Cuiabá tem um grande estádio que, com ajustes necessários, pode receber bem as quatro partidas da Copa do Mundo na cidade. O grande adversário é o curto tempo, a pouco mais de 70 dias do Mundial.
Operários não tiveram acesso à parte reservada aos torcedores de Santos e Mixto (Foto: Marcelo Baltar)
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