desenho simpsons mostra o Brasil como é
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Doze anos depois do primeiro e polêmico episódio, os Simpsons voltaram ao Brasil para o maior evento do futebol mundial: a Copa do Mundo. Anunciado em outubro, o episódio “You don't have to live like a referee" (”Você não precisa viver como um árbitro”), pela 25ª temporada da animação, foi ao ar neste domingo, nos Estados Unidos. E pelo conteúdo promete criar mais controvérsia no Brasil.
Na trama, Homer Simpson é convidado para apitar a final da Copa do Mundo entre Brasil e Alemanha. E os brasileiros não vão gostar muito do resultado. Os alemães vencem a decisão em um estádio que parece ser a futura arena do Corinthians por 2 a 0. O episódio também mostra cenas de corrupção e referências que podem soar como preconceituosas ao país, como a presença de traficantes no estádio e uma companhia aérea cujo símbolo é um macaco.
O episódio mostra ainda a Fifa, chamada de WFF (World Football Federation) como uma entidade corrupta, cujo vice-presidente procura Homer para ser juiz na Copa por não confiar nos árbitros. Mas logo depois ele é levado pela polícia após exibir uma reportagem da revista “L’ESPN” (amálgama do jornal francês L’Equipe com o canal americano de TV ESPN) com escândalos de corrupção no futebol.
Em sua estadia no Brasil, Homer sofre várias tentativas de suborno. Primeiro de um mafioso judeu que aparece com uma mala cheia de notas de R$ 200. Em seguida, de jogadores da Espanha durante uma partida. As duas tentativas não dão certo.
Na final, o mesmo mafioso ofereceu R$ 1 milhão para Homer garantir a vitória do Brasil contra a Alemanha. Mas Homer não aceita e o Brasil perde o jogo para os alemães. Há ainda uma câmera nos estádios mostrando alguns torcedores com joias, drogas e dinheiro.
Referência a Neymar
O episódio não tem a participação de nenhum jogador conhecido, mas faz uma clara referência a Neymar colocando um narrador afirmando que o Brasil tem um esquadrão com o “grande mestre das cavadas”, uma alusão a jogadores cai-cai que cavam pênaltis. O craque é chamado de El Divo.
Na final, El Divo tenta cavar um pênalti, mas Homer não marca. Em seguida, o jogador é retirado do campo de maca e enterrado, mas Homer insiste que “não foi pênalti!”.
Além de referências à corrupção e a jogadores cai-cai, o episódio usa do conhecido humor cáustico e iconoclasta dos Simpsons para brincar com uma série de situações.
O avião que Homer, Marge, Bart, Lisa e Meg viajam para São Paulo, da empresa fictícia Air Brasília, tem como símbolo um macaco. Mas não é nenhuma alusão a racismo, e sim a imagem que se tem no exterior de que o Brasil tem macacos andando pela rua como se todos vivessem numa floresta. Imagem semelhante foi usada no primeiro episódio da família no Brasil, quando ela visita o Rio de Janeiro.
A apresentadora infantil seminua mostrada no primeiro programa está um pouco mais comportada, mas continua exibindo um decote. E no estádio, uma freira deixa cair o hábito e fica só de biquini.
Sobra até para os americanos e os alemães. Duas passagens do desenho mostram a pouca intimidade dos americanos com o soccer, como é chamado o futebol nos Estados Unidos. Quando Lisa diz que a família está sendo convidada para “o maior evento esportivo da história”, Homer responde: “O Superbowl?”. O Superbowl é a final do futebol americano que acontece todo ano em fevereiro.
Quando Homer finalmente entende o que é a Copa do Mundo, diz: “Ah, sim, é por isso que o pessoal das lavanderias fica empolgado a cada quatro anos”.
No dia da final, duas faixas são aparecem no estádio. “Futebol - americanos tentam, mas não conseguem” e “Copa do Mundo: uma World Series, mas com todo o mundo”. A World Series é como é chamada a final da MLB, a liga de beisebol dos Estados Unidos que, apesar do nome, só conta com times americanos e canadenses.
No mesmo jogo, a torcida brasileira xinga a alemã de “nazistas”. Os alemães devolvem dizendo como “protetores de nazistas”. Até que um terceiro surge pedindo calma e afirmando que “os dois estão certos”. Vários nazistas se esconderam no Brasil após a Segunda Guerra Mundial.
Futebol e Brasil já estiveram presentes na série
Embora não seja o esporte número 1 dos Estados Unidos, os Simpsons já abordaram o futebol em alguns episódios nos 25 anos da série. O próprio Homer já foi um árbitro no episódio “Marge Games”, na 18ª temporada, que conta com a participação do ex-atacante Ronaldo. Na nona temporada, “The Cartridgy Family” mostra uma partida entre México e Portugal sendo vendida como um espetáculo imperdível, mas os habitantes de Springfield ficam entediados com o jogo. No episódio, Pelé faz uma ponta entrando em campo para fazer um merchandising e receber um saco de dinheiro. O craque Cristiano Ronaldo também já interagiu com o Homer, mas foi em uma propaganda da Nike.
No episódio “Feitiço de Lisa”, da 13ª temporada, a família viaja para o Rio atrás de um órfão chamado Ronaldo que era ajudado por Lisa. Na chegada ao hotel os funcionários fazem embaixadinhas com as malas e outros objetos do local. Mas o que causou polêmica mesmo foi a visão estereotipada da cidade, apresentada como um perigo para os turistas, com macacos andando nas ruas e com Homer sendo sequestrado por um taxista. Na ocasião, a secretaria de turismo do Rio chegou a ameaçar processar a Fox. No fim, os produtores pediram desculpas pelo programa.
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Doze anos depois do primeiro e polêmico episódio, os Simpsons voltaram ao Brasil para o maior evento do futebol mundial: a Copa do Mundo. Anunciado em outubro, o episódio “You don't have to live like a referee" (”Você não precisa viver como um árbitro”), pela 25ª temporada da animação, foi ao ar neste domingo, nos Estados Unidos. E pelo conteúdo promete criar mais controvérsia no Brasil.
Na trama, Homer Simpson é convidado para apitar a final da Copa do Mundo entre Brasil e Alemanha. E os brasileiros não vão gostar muito do resultado. Os alemães vencem a decisão em um estádio que parece ser a futura arena do Corinthians por 2 a 0. O episódio também mostra cenas de corrupção e referências que podem soar como preconceituosas ao país, como a presença de traficantes no estádio e uma companhia aérea cujo símbolo é um macaco.
O episódio mostra ainda a Fifa, chamada de WFF (World Football Federation) como uma entidade corrupta, cujo vice-presidente procura Homer para ser juiz na Copa por não confiar nos árbitros. Mas logo depois ele é levado pela polícia após exibir uma reportagem da revista “L’ESPN” (amálgama do jornal francês L’Equipe com o canal americano de TV ESPN) com escândalos de corrupção no futebol.
Em sua estadia no Brasil, Homer sofre várias tentativas de suborno. Primeiro de um mafioso judeu que aparece com uma mala cheia de notas de R$ 200. Em seguida, de jogadores da Espanha durante uma partida. As duas tentativas não dão certo.
Na final, o mesmo mafioso ofereceu R$ 1 milhão para Homer garantir a vitória do Brasil contra a Alemanha. Mas Homer não aceita e o Brasil perde o jogo para os alemães. Há ainda uma câmera nos estádios mostrando alguns torcedores com joias, drogas e dinheiro.
Referência a Neymar
O episódio não tem a participação de nenhum jogador conhecido, mas faz uma clara referência a Neymar colocando um narrador afirmando que o Brasil tem um esquadrão com o “grande mestre das cavadas”, uma alusão a jogadores cai-cai que cavam pênaltis. O craque é chamado de El Divo.
Na final, El Divo tenta cavar um pênalti, mas Homer não marca. Em seguida, o jogador é retirado do campo de maca e enterrado, mas Homer insiste que “não foi pênalti!”.
Além de referências à corrupção e a jogadores cai-cai, o episódio usa do conhecido humor cáustico e iconoclasta dos Simpsons para brincar com uma série de situações.
O avião que Homer, Marge, Bart, Lisa e Meg viajam para São Paulo, da empresa fictícia Air Brasília, tem como símbolo um macaco. Mas não é nenhuma alusão a racismo, e sim a imagem que se tem no exterior de que o Brasil tem macacos andando pela rua como se todos vivessem numa floresta. Imagem semelhante foi usada no primeiro episódio da família no Brasil, quando ela visita o Rio de Janeiro.
A apresentadora infantil seminua mostrada no primeiro programa está um pouco mais comportada, mas continua exibindo um decote. E no estádio, uma freira deixa cair o hábito e fica só de biquini.
Sobra até para os americanos e os alemães. Duas passagens do desenho mostram a pouca intimidade dos americanos com o soccer, como é chamado o futebol nos Estados Unidos. Quando Lisa diz que a família está sendo convidada para “o maior evento esportivo da história”, Homer responde: “O Superbowl?”. O Superbowl é a final do futebol americano que acontece todo ano em fevereiro.
Quando Homer finalmente entende o que é a Copa do Mundo, diz: “Ah, sim, é por isso que o pessoal das lavanderias fica empolgado a cada quatro anos”.
No dia da final, duas faixas são aparecem no estádio. “Futebol - americanos tentam, mas não conseguem” e “Copa do Mundo: uma World Series, mas com todo o mundo”. A World Series é como é chamada a final da MLB, a liga de beisebol dos Estados Unidos que, apesar do nome, só conta com times americanos e canadenses.
No mesmo jogo, a torcida brasileira xinga a alemã de “nazistas”. Os alemães devolvem dizendo como “protetores de nazistas”. Até que um terceiro surge pedindo calma e afirmando que “os dois estão certos”. Vários nazistas se esconderam no Brasil após a Segunda Guerra Mundial.
Futebol e Brasil já estiveram presentes na série
Embora não seja o esporte número 1 dos Estados Unidos, os Simpsons já abordaram o futebol em alguns episódios nos 25 anos da série. O próprio Homer já foi um árbitro no episódio “Marge Games”, na 18ª temporada, que conta com a participação do ex-atacante Ronaldo. Na nona temporada, “The Cartridgy Family” mostra uma partida entre México e Portugal sendo vendida como um espetáculo imperdível, mas os habitantes de Springfield ficam entediados com o jogo. No episódio, Pelé faz uma ponta entrando em campo para fazer um merchandising e receber um saco de dinheiro. O craque Cristiano Ronaldo também já interagiu com o Homer, mas foi em uma propaganda da Nike.
No episódio “Feitiço de Lisa”, da 13ª temporada, a família viaja para o Rio atrás de um órfão chamado Ronaldo que era ajudado por Lisa. Na chegada ao hotel os funcionários fazem embaixadinhas com as malas e outros objetos do local. Mas o que causou polêmica mesmo foi a visão estereotipada da cidade, apresentada como um perigo para os turistas, com macacos andando nas ruas e com Homer sendo sequestrado por um taxista. Na ocasião, a secretaria de turismo do Rio chegou a ameaçar processar a Fox. No fim, os produtores pediram desculpas pelo programa.