Desmascarando a agenda de controle populacional global
Dr.
Brian Clowes
Comentário
de Julio Severo: Conheci o Dr. Clowes uns 15 anos atrás num treinamento pró-vida
especial em Brasília. Durante alguns dias, aprendi com seu extraordinário
conhecimento pró-vida, que todos nós precisamos. Portanto, estou lhes trazendo
um pouco de sua sabedoria pró-vida em seu artigo sobre o NSSM 200. Se você não
conhece este documento, você deveria conhecer, pois, como diz o Dr. Clowes, o “NSSM 200 é decisivamente importante para
todos os líderes pró-vida do mundo inteiro, pois expõe completamente as
motivações e métodos repulsivos e antiéticos do movimento de controle
populacional.” Todos os líderes pró-vida do mundo precisam conhecê-lo, pois
é impossível compreender as atuais campanhas pró-aborto obsessivas sem entender
a influência do NSSM 200. É leitura imprescindível. Para os leitores
brasileiros, o que é impressionante nesse documento nefasto é que foi lançado
por um governo americano do Partido Republicano, que é visto como de Direita.
Todos nós sabemos que os políticos americanos do Partido Democrático são
pró-aborto e inconfiáveis quando estão no poder. Veja o exemplo de Barack
Obama. Mas será que os republicanos são confiáveis? Eles nunca colaboram em
tramas de controle populacional? Lamentavelmente, o NSSM 200 mostra o
contrário. Portanto, quer sob os republicanos ou democratas, a máquina de
controle populacional do governo dos EUA avança. É claro que Ronald Reagan foi
uma exceção maravilhosa. Em 1992 fui convidado por um assessor pró-vida no
Senado brasileiro para traduzir do inglês os trechos cruciais, que foram então
distribuídos entre os senadores brasileiros. Eis o artigo do Dr. Clowes:
O Conselho de Segurança Nacional
dos Estados Unidos é o órgão das decisões mais elevadas sobre política externa
nos EUA. Em 10 de dezembro de 1974, esse conselho promulgou um documento
extremamente secreto intitulado Memorando de Estudo de Segurança Nacional 200
(do original em inglês “National Security Study Memorandum 200,” cuja sigla é
NSSM 200), também conhecido como Relatório Kissinger. Seu assunto era
“Implicações do Crescimento da População Mundial para a Segurança e Interesses
Externos dos EUA.” Esse documento, publicado logo depois da primeira grande
conferência internacional de população em Bucareste, foi o resultado da colaboração
entre a Agência Central de Inteligência (CIA), a Agência de Desenvolvimento
Internacional dos EUA (USAID) e o Departamento de Estado, de Defesa e
Agricultura dos EUA.
O NSSM 200 se tornou público quando
o selo de sigilo que estava sobre ele foi removido e ele foi transferido para
os Arquivos Nacionais dos EUA em 1990.
Embora o governo dos EUA tenha
publicado centenas de documentos de políticas lidando com vários aspectos da
segurança nacional americana desde 1974, o
NSSM 200 continua a ser o documento fundamental sobre controle populacional
elaborado pelo governo dos Estados Unidos. Portanto, o NSSM 200 continua a
representar a política oficial dos Estados Unidos sobre controle populacional.
O NSSM 200 é decisivamente
importante para todos os líderes pró-vida do mundo inteiro, pois expõe
completamente as motivações e métodos repulsivos e antiéticos do movimento de
controle populacional.
O Propósito do NSSM 200
O
propósito principal das campanhas de controle populacional financiadas pelos
EUA é manter acesso aos recursos minerais de países menos desenvolvidos, ou
PMDs. O NSSM 200 diz que a economia dos EUA precisará de quantidades grandes e
crescentes de minérios do exterior, principalmente de países menos
desenvolvidos… Esse fato faz com que os EUA tenham
interesses avançados na estabilidade política, econômica e social dos países
que suprem os minérios. Sempre que a diminuição da população por meio de
índices de natalidade reduzidos aumentar as chances de tal estabilidade, as
políticas de controle populacional se tornam relevantes para os suprimentos de
recursos e para os interesses econômicos dos EUA.
A fim de proteger os interesses
comerciais dos EUA, o NSSM 200 citou muitos fatores que podem interromper o
fluxo fácil de matérias de PMDs para os Estados Unidos, inclusive uma grande
população de jovens anti-imperialistas, cujos números devem ser limitados pelo
controle populacional. O documento identificou 13 nações por nome que seriam os
principais alvos das iniciativas de controle populacional financiadas pelos
EUA.
De acordo com o NSSM 200, os
componentes da implementação dos planos de controle populacional podem incluir:
*
a legalização do aborto;
*
incentivos financeiros para os países aumentarem seus índices de uso de aborto,
esterilização e contracepção;
*
doutrinação de crianças; e
*
controle populacional compulsório e coerção de outras formas, tais como negar
assistência de alimento e ajuda em situações de desastres, a menos que um PMD
implemente planos de controle populacional.
O
NSSM 200 também especificamente declarou que os Estados Unidos deveriam
acobertar suas atividades de controle populacional e evitar acusações de que
são imperialistas induzindo a ONU e várias organizações não governamentais —
especificamente o Fundo Pathfinder, a Federação Internacional de Planejamento
Familiar (conhecida pela sigla inglesa IPPF) e o Conselho Populacional — a
fazer seu trabalho sujo.
Esse documento, que é completamente
desprovido de moralidade ou ética, vem de modo direto e inevitável incentivando
atrocidades e violações em massa de direitos humanos em dezenas de países do
mundo. Apresento apenas três exemplos:
Peru.
Durante os anos de 1995 a 1997, aproximadamente 250.000 mulheres peruanas foram
esterilizadas como parte de um plano para cumprir as metas de planejamento
familiar do então presidente Alberto Fujimori. Embora essa campanha fosse
chamada de “Campanha de Contracepção Cirúrgica Voluntária,” muitos desses
procedimentos eram obviamente feitos à força. Aliás, as mulheres cujos filhos
abaixo do peso normal estivessem em programas governamentais de alimentação
eram ameaçadas com a negação de alimentos se recusassem ser esterilizadas, e
outras eram raptadas de suas famílias e esterilizadas à força.
China.
Por muitos anos, o governo dos EUA vem financiando o Fundo de População da ONU
(FNUAP). Um dos principais objetivos do dinheiro do FNUAP é a República Popular
da China e seu programa de planejamento familiar amplamente criticado que
inclui aborto forçado. De acordo com seus próprios documentos, o FNUAP doou
mais de 100 milhões de dólares para o programa de controle populacional da
China; comprou e produziu um complexo de computadores IBM especificamente para
monitorar o programa de controle populacional; providenciou a especialização
técnica e técnicos que treinaram milhares de autoridades de controle
populacional na China; e presentou a China com um prêmio da ONU pelo “programa
de controle populacional mais extraordinário” do mundo.
Uganda.
Uganda se tornou o primeiro país africano a reduzir seu índice de infecção do
HIV na população adulta, de 21 por cento em 1991 para seis por cento em 2004,
uma redução de 70 por cento. A nação realizou essa façanha estupenda
desestimulando o uso da camisinha e mudando a conduta do povo. As organizações
de controle populacional não poderiam permitir que esse sucesso interferisse no
seu modelo inflexível, de modo que minaram agressivamente a campanha do
presidente Yoweri Museveni. Timothy Wirth, presidente da Fundação Nações
Unidas, chamou essa campanha muito eficaz de “negligência grave contra a
humanidade.” A Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID),
Population Services International, CARE International e outras organizações
estão impondo a camisinha com todas as forças em Uganda, e o índice de infecção
do HIV está mais uma vez avançando. Esse talvez seja o exemplo mais chocante da
ideologia do controle populacional superando a ciência de comprovadas campanhas
de prevenção ao HIV.
Resumo da Estratégia de Controle Populacional no NSSM 200
O
NSSM 200 explicitamente expõe a estratégia detalhada por meio da qual o governo
dos Estados Unidos agressivamente promove o controle populacional nos países em
desenvolvimento a fim de controlar (ou ter melhor acesso a) os recursos
naturais desses países.
O resumo seguinte mostra os elementos
desse plano, com citações reais vindas diretamente do NSSM 200:
Os
Estados Unidos precisam de abundante acesso aos recursos minerais dos países
menos desenvolvidos.
O
fluxo fácil de recursos para os Estados Unidos poderiam ser colocados em risco por
ação de governos de países menos desenvolvidos, conflitos trabalhistas,
sabotagem ou agitações civis, que são muito mais prováveis se o crescimento
populacional for um fator: “Esses tipos de desapontamentos têm muito menos
probabilidade de ocorrer sob condições de crescimento populacional lento ou
zero.” Os jovens têm muito mais probabilidade de desafiar o imperialismo e as
estruturas de poder do mundo, de modo que é preciso reduzir seus números o
máximo possível: “Esses jovens podem ser mais prontamente persuadidos a atacar
as instituições legais do governo ou propriedade real das ‘elites,’ dos
‘imperialistas,’ das empresas multinacionais ou outras influências — na maior
parte estrangeiras — culpadas por seus problemas.”
Portanto,
os Estados Unidos precisam se empenhar no controle populacional entre os
líderes dos principais países menos desenvolvidos, enquanto contornam a vontade
do povo desses países: “Os EUA precisam incentivar os líderes dos países menos
desenvolvidos a assumir a liderança no avanço do planejamento familiar e
controle populacional tanto dentro de organizações multilaterais quanto por
meio de contatos bilaterais com outros países menos desenvolvidos.”
Os
elementos decisivos da implementação do controle populacional incluem:
Identificar
o alvos principais: “Esses países são: Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria,
México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e
Colômbia.”
Recrutando
a ajuda de tantas organizações multilaterais de controle populacional quantas
possível neste projeto de nível mundial, a fim de desviar as críticas e
acusações de imperialismo: “Os EUA precisarão das agências multilaterais,
principalmente o Fundo de População da ONU que já tem projetos em mais de 80
países para aumentar a assistência de controle populacional numa base mais
ampla com recursos financeiros dos EUA.”
Reconhecendo
que “Nenhum país reduziu seu crescimento populacional sem recorrer ao aborto.”
Planejando
campanhas com incentivos financeiros para países para aumentar seus índices de
uso de aborto, esterilização e contracepção: “Pague mulheres nos países menos
desenvolvidos para ter abortos como método de planejamento familiar… De forma
semelhante, tem havido alguns experimentos polêmicos, mas extraordinariamente
bem-sucedidos, na Índia em que incentivos financeiros, junto com outros truques
motivacionais, foram usados para levar grande número de homens a aceitar
vasectomias.”
Concentrando-se
na “doutrinação” [a linguagem que o NSSM 200 usa] de crianças dos países menos
desenvolvidos com propaganda antinatalista: “Sem diminuir de forma alguma a
campanha para alcançar esses adultos, o foco óbvio maior de atenção deveria
mudar as atitudes da próxima geração, os que hoje estão no ensino fundamental
ou mais jovens.”
Planejando
e instigando campanhas de propaganda e currículos de educação sexual cuja
intenção é convencer os casais a ter famílias menores, independente de
considerações sociais ou culturais: “As seguintes áreas parecem ser promissoras
para produzir reduções de fertilidade, e são discutidas em seções subsequentes…
concentrando-se na educação e doutrinação da geração de crianças que está vindo
sobre a desejabilidade de famílias de tamanho menor.”
Investigando
a desejabilidade de campanhas de controle populacional compulsórias [essa é a
linguagem que o NSSM 200 usa]: “A conclusão dessa visão é que campanhas
compulsórias podem ser necessárias e que o governo dos EUA deve considerar
essas possibilidades agora.”
Considerando
o uso da coerção em outras formas, tais como negar assistência de alimentos e
ajuda em tempo de desastre, a menos que um país menos desenvolvido que é alvo
implemente campanhas de controle populacional: “Em que base devemos então
fornecer tais recursos alimentícios? A comida deveria ser considerada um
instrumento de poder nacional? Seremos forçados a fazer escolhas quanto a quem
podemos de modo aceitável ajudar, e se ajudarmos, iniciativas de controle
populacional deveriam ser um critério para tal assistência?”
Em
todo o processo de implementação, os Estados Unidos precisam esconder seu
rastro e disfarçar seus projetos como altruístas: “Existe também o perigo de
que líderes de alguns países menos desenvolvidos vejam as pressões de um país
desenvolvido em favor do planejamento familiar como uma forma de imperialismo
econômico ou racial; isso poderia bem criar uma grave repercussão negativa… Os
EUA podem ajudar a minimizar as acusações de motivação imperialista por trás de
seu apoio às atividades de controle populacional frequentemente declarando que
tal apoio se origina de uma preocupação com:
O
direito do casal individual de decidir de forma livre e responsável o número e
o espaçamento de filhos e ter informações, educação e meios de fazer isso; e
O
desenvolvimento social e econômico fundamental de países pobres em que o rápido
crescimento populacional é tanto causa contribuidora quanto consequência de
pobreza generalizada.”
O ponto 6 acima tem de ser muito
destacado. A motivação para fomentar o controle populacional é egoísmo puro.
Portanto, as organizações que promovem o controle populacional têm de se
engajar numa campanha em massa para enganar as pessoas. Elas têm de apresentar
seus planos como se fossem iniciativas para apoiar a liberdade pessoal, ou uma
preocupação com o bem-estar das nações pobres.
A Pergunta Básica: O Controle Populacional é Necessário?
Há uma consciência crescente de que
a “explosão populacional” do mundo acabou ou, aliás, que realmente nunca se
concretizou. Quando o pânico da explosão populacional começou no final da
década de 1960, a população mundial estava aumentando a uma taxa de mais que
dois por cento ao ano. Agora, está aumentando menos de um por cento ao ano, e
de acordo com as expectativas esse crescimento vai parar no ano 2040, daqui a
apenas uma geração.
O NSSM 200 predisse que a população
do mundo se estabilizaria em cerca de 10 a 13 bilhões, com alguns demógrafos
predizendo que a população mundial incharia para 22 bilhões de pessoas. Hoje
sabemos que a população do mundo alcançará oito bilhões e então começará a
diminuir.
A aplicação no mundo inteiro das
estratégias recomendadas no NSSM 200 resultou em índices de crescimento
populacional diminuindo tão rápido em determinadas regiões do mundo que já estão
causando graves problemas econômicos e sociais na Europa, na ex-União
Soviética, Japão, Cingapura e Hong Kong. Muitos
países em desenvolvimento estão agora envelhecendo ainda mais rapidamente do
que o mundo desenvolvido, o que é um prenúncio de problemas ainda mais graves
para suas economias relativamente subdesenvolvidas. As nações desenvolvidas
tiveram a oportunidade de enriquecer antes de envelhecerem. Se um país envelhece primeiro, nunca vai
enriquecer.
Desde
o início, o conceito de uma “explosão populacional” tinha motivações
ideológicas, dando um alarme falso com a intenção específica de permitir que os
países ricos pilhassem os recursos dos países mais pobres.
As campanhas consequentes de controle populacional nos países menos
desenvolvidos não produziram absolutamente nenhum fruto positivo em suas
décadas de implementação. Aliás, as ideologias e campanhas de controle
populacional dificultam ainda mais o esforço de dar respostas à grave crise
iminente que está se aproximando na forma de uma desastrosa “implosão
populacional” no mundo inteiro. É hora de começar a insistir para que as
famílias tenham mais filhos, não menos, se queremos evitar uma catástrofe
demográfica mundial.
O primeiro passo em tal mudança de
política em massa é, evidentemente, mudar nossa visão e valores. A fim de fazer
isso, temos de repudiar os velhos modos de pensar e modos ultrapassados de
alcançar nossos objetivos.
O
NSSM 200 representa o pior aspecto dos países “avançados” se intrometendo nos
assuntos mais íntimos dos países menos desenvolvidos. O NSSM 200 simboliza como
nenhum outro documento a face do “americano arrogante e insensível, que faz o
que quer com os outros países.” O NSSM 200 defende a violação das liberdades e
autonomia mais preciosas do indivíduo por meio de programas coercivos de
planejamento familiar.
O
NSSM 200 não enfatiza os direitos e o bem-estar de indivíduos ou nações, apenas
o “direito” dos Estados Unidos de ter acesso irrestrito aos recursos naturais
dos países em desenvolvimento. Os Estados
Unidos e outros países do mundo desenvolvido, assim como ONGs de controle
populacional de motivação ideológica, deveriam estar apoiando e orientando
autêntico desenvolvimento econômico que permita que as pessoas de cada país
usem seus recursos para seu próprio benefício, com isso levando a uma melhoria
dos direitos humanos no mundo inteiro e economias mais saudáveis para
todos.
Nenhum relacionamento humano é mais
chegado ou mais íntimo do que os relacionamentos que vemos na família. Contudo,
o mundo “desenvolvido” tem gasto mais de 45 bilhões de dólares desde 1990
apenas tentando controlar o número de crianças que nascem nas famílias dos
países em desenvolvimento por meio da imposição generalizada do aborto,
esterilização e controle da natalidade sob os termos gerais “serviços de
planejamento familiar” e “saúde reprodutiva.”
Tudo o que dezenas de bilhões de
dólares de gastos de controle populacional conseguiram fazer foi transformar
centenas de milhões de famílias pobres grandes em famílias pobres pequenas. Se
essa quantidade colossal de recursos financeiros tivesse em vez disso sido
investida em autêntico desenvolvimento econômico — melhores escolas, água de
beber, estradas, assistência médica — centenas de milhões de pessoas estariam
vivendo melhor agora.
Traduzido
por Julio Severo do artigo de Vida Humana Internacional: Exposing
the Global Population Control AgendaFontes: Illuminati Elite Maldita , Julio Severo