Holocausto Brasileiro
POR Rui Coelho Via Forum Anti nova ordem mundial
“Seja como for, a grandiosa revolução humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade.”
Foi
recentemente lançado em Portugal o livro Holocausto Brasileiro de
Daniela Arbex. Não sei se o livro está publicado no Brasil, de qualquer
modo fica a deixa para quem não conheça este episódio macabro da
história do Brasil. Boas leituras.
Sinopse:
Um genocídio que roubou a dignidade e a vida a 60.000 pessoas. Milhares
de crianças, mulheres e homens foram violentamente torturados e mortos,
no Brasil, no hospital de doenças mentais de Colônia, em Barbacena,
fundado em 1903. A maioria foi internada sem diagnóstico de d oença
mental: eram meninas violadas que engravidaram dos patrões,
homossexuais, epilépticos, mulheres que os maridos não queriam mais,
alcoólicos, prostitutas. Ou simplesmente seres humanos em profunda
tristeza. Sem documentos, sem roupa e sem destino, tornaram-se filhos de
ninguém.
Em Holocausto Brasileiro, a premiada jornalista de investigação Daniela Arbex resgata do esquecimento esta chocante e macabra história do século XX brasileiro: um genocídio feito pelas mãos do Estado, com a conivência de médicos, funcionários e população, que roubou a dignidade e a vida a 60.000 pessoas.
Bebiam água do esgoto. Comiam ratos. Morriam ao frio e à fome. Eram exterminados com electrochoques tão fortes, que toda a cidade ficava sem luz, por sobrecarga da rede. Os bebés eram roubados às mães logo à nascença. Nos períodos de maior lotação, morriam 16 pessoas por dia dentro dos muros do Colônia. Ao morrer, davam lucro. Os cadáveres eram vendidos às faculdades de medicina. Quando o número de corpos excedia a procura, eram decompostos em ácido, no pátio, diante dos pacientes. Os ossos eram comercializados. Nada ali se perdia. Excepto a vida.
É a essas 60.000 pessoas que Daniela Arbex devolve agora o rosto e a identidade, num relato que recupera o testemunho dos poucos sobreviventes e dá voz aos milhares que já não podem contar a sua própria história. O hospício de Colônia só foi transformado em verdadeiro Centro Hospitalar Psiquiátrico em 1980.
Em Holocausto Brasileiro, a premiada jornalista de investigação Daniela Arbex resgata do esquecimento esta chocante e macabra história do século XX brasileiro: um genocídio feito pelas mãos do Estado, com a conivência de médicos, funcionários e população, que roubou a dignidade e a vida a 60.000 pessoas.
Bebiam água do esgoto. Comiam ratos. Morriam ao frio e à fome. Eram exterminados com electrochoques tão fortes, que toda a cidade ficava sem luz, por sobrecarga da rede. Os bebés eram roubados às mães logo à nascença. Nos períodos de maior lotação, morriam 16 pessoas por dia dentro dos muros do Colônia. Ao morrer, davam lucro. Os cadáveres eram vendidos às faculdades de medicina. Quando o número de corpos excedia a procura, eram decompostos em ácido, no pátio, diante dos pacientes. Os ossos eram comercializados. Nada ali se perdia. Excepto a vida.
É a essas 60.000 pessoas que Daniela Arbex devolve agora o rosto e a identidade, num relato que recupera o testemunho dos poucos sobreviventes e dá voz aos milhares que já não podem contar a sua própria história. O hospício de Colônia só foi transformado em verdadeiro Centro Hospitalar Psiquiátrico em 1980.
Sobre a autora: Daniela Arbex
Repórter do jornal Tribuna de Minas
(MG), venceu o Prêmio Esso de Jornalismo em 2000, 2002 e 2012, o prêmio
Eloísio Furtado por cinco vezes, além de menções honrosas no Vladimir
Herzog e no Lorenzo Natali.
Daniela Fernandes José Arbex Soares é formada em jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF - Juiz de Fora/MG).
Iniciou a carreira no jornal Tribuna de Minas, da cidade onde se formou, como repórter. Foi o único veículo no qual trabalhou na carreira, no qual se tornou anos mais tarde repórter especial.
Logo nos primeiros anos de jornal ganhou por cinco vezes seguidas (1996-2000) o Prêmio Eloísio Furtado, concedido pela Tribuna de Minas à melhor reportagem do ano.
Em fevereiro de 2000, o jornal publicou a primeira de 50 reportagens que compunham o Dossiê Santa Casa. A série trouxe à tona a crise financeira da maior instituição hospitalar da região, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, cuja dívida ultrapassava R$ 18 milhões, resultando na queda de toda a diretoria do hospital, renúncia do provedor e renegociação da dívida junto à instituições financeiras públicas e particulares. O conjunto de matérias deu à repórter Daniela Arbex o Prêmio Esso, na categoria especial interior.
Em 2002, ganhou o Prêmio Esso - Categoria especial interior e teve menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e no Prêmio Lorenzo Natali (Bélgica), por Cova 312, uma matéria investigativa sobre a sepultura do guerrilheiro Milton Soares de Castro, dado como desaparecido durante a Ditadura Militar brasileira.
Em 2010, mais uma série de reportagens para a Tribuna de Minas, desta vez sobre os problemas brasileiros na área de saúde pública, recebeu o Knight International Journalism Award. Um ano antes, havia vencido o prêmio Ipys de Melhor Investigação Jornalística da América Latina.
Em 2012, venceu o prêmio Esso de Jornalismo na categoria Regional-Centro-Oeste, pela matéria Holocausto Brasileiro, série composta de sete reportagens que revelaram a rotina dos pacientes do Hospital Colônia, em Barbacena/MG, onde mais de 60 mil pessoas perderam a vida.
Durante 30 dias de investigação, a jornalista refez os passos de uma história de extermínio, tendo como ponto de partida as imagens do fotógrafo Luiz Alfredo publicadas na revista O Cruzeiro em 1961. Em outubro, em Bogotá (Colômbia) a mesma reportagem recebeu menção honrosa do júri oficial do Instituto Prensa y Sociedad (Ipys) e pela Transparência Internacional (TI).
Daniela é membro da Agência de Notícias dos Direitos da Infância no Brasil e na América Latina.
Daniela Fernandes José Arbex Soares é formada em jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF - Juiz de Fora/MG).
Iniciou a carreira no jornal Tribuna de Minas, da cidade onde se formou, como repórter. Foi o único veículo no qual trabalhou na carreira, no qual se tornou anos mais tarde repórter especial.
Logo nos primeiros anos de jornal ganhou por cinco vezes seguidas (1996-2000) o Prêmio Eloísio Furtado, concedido pela Tribuna de Minas à melhor reportagem do ano.
Em fevereiro de 2000, o jornal publicou a primeira de 50 reportagens que compunham o Dossiê Santa Casa. A série trouxe à tona a crise financeira da maior instituição hospitalar da região, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, cuja dívida ultrapassava R$ 18 milhões, resultando na queda de toda a diretoria do hospital, renúncia do provedor e renegociação da dívida junto à instituições financeiras públicas e particulares. O conjunto de matérias deu à repórter Daniela Arbex o Prêmio Esso, na categoria especial interior.
Em 2002, ganhou o Prêmio Esso - Categoria especial interior e teve menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e no Prêmio Lorenzo Natali (Bélgica), por Cova 312, uma matéria investigativa sobre a sepultura do guerrilheiro Milton Soares de Castro, dado como desaparecido durante a Ditadura Militar brasileira.
Em 2010, mais uma série de reportagens para a Tribuna de Minas, desta vez sobre os problemas brasileiros na área de saúde pública, recebeu o Knight International Journalism Award. Um ano antes, havia vencido o prêmio Ipys de Melhor Investigação Jornalística da América Latina.
Em 2012, venceu o prêmio Esso de Jornalismo na categoria Regional-Centro-Oeste, pela matéria Holocausto Brasileiro, série composta de sete reportagens que revelaram a rotina dos pacientes do Hospital Colônia, em Barbacena/MG, onde mais de 60 mil pessoas perderam a vida.
Durante 30 dias de investigação, a jornalista refez os passos de uma história de extermínio, tendo como ponto de partida as imagens do fotógrafo Luiz Alfredo publicadas na revista O Cruzeiro em 1961. Em outubro, em Bogotá (Colômbia) a mesma reportagem recebeu menção honrosa do júri oficial do Instituto Prensa y Sociedad (Ipys) e pela Transparência Internacional (TI).
Daniela é membro da Agência de Notícias dos Direitos da Infância no Brasil e na América Latina.
“Seja como for, a grandiosa revolução humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar a mudança total do destino de um país e, além disso, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade.”