Quem oferecerá a paz para eles? Israel condena novo governo palestino e reitera ameaças
O
governo israelense condenou hoje (2) a formação do novo governo
palestino de unidade nacional e ameaçou adotar medidas de retaliação,
sem especificar quais.
Após uma
reunião de emergência, o governo de segurança nacional, presidido pelo
primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, confirmou o rompimento de
quaisquer negociações com o novo governo palestino “aliado à organização
terrorista Hamas”, dando luz verde a Netanyahu para impor “novas
sanções” à Autoridade Palestina doo presidente Mahmud Abbas, de acordo
com comunicado do gabinete do chefe do Executivo de Israel.
No domingo
(1º), o governo israelense já tinha decidido não reconhecer o novo
Executivo da Palestina e não manter relações com a nova formação.
No
comunicado de hoje, Israel reafirmou que considera o presidente Abbas
responsável por qualquer ação “destinada a abalar a segurança de Israel”
a partir de agora, seja na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia.
“Abu Mazen
(nome por que é conhecido Mahmud Abbas) decidiu aliar-se com o Hamas,
uma organização classificada como terrorista pelos Estados Unidos, a
Europa, o Egito e muitos outros países”, lamentou o primeiro-ministro
israelita.
Netanyahu
tinha já exortado os Estados Unidos e a União Europeia a “não se
precipitarem” em reconhecer um governo palestino apoiado pelo Hamas.
Desde o
acordo de reconciliação concluído em 23 de abril entre a Organização de
Libertação da Palestina (OLP), dominada pelo movimento nacionalista
Fatah, e o Hamas, o governo de Israel tinha decidido suspender as
negociações de paz com os palestinos e adotar novas sanções econômicas.
O novo
Executivo palestino, composto por personalidades independentes apoiadas
pelo Hamas, tomou posse hoje. Constituído por 17 ministros, será um
governo de transição, que terá como missão prioritária preparar eleições
presidenciais e legislativas até ao fim deste ano.
Notícias ao Minuto