Chefão do Hamas confessa: grupo terrorista usa, sim, escudos humanos e ainda convoca população a morrer
Chefão do Hamas confessa: grupo terrorista usa, sim, escudos humanos e ainda convoca população a morrer
Quando se
fala que o Hamas recorre a escudos humanos no confronto com Israel, o
que, obviamente, provoca um grande número de mortos, muitos críticos da
política israelense contestam o que é uma evidência. Dizem que essa
afirmação faz parte da máquina de propaganda de Israel. Será mesmo?
Abaixo, há
um vídeo do dia 8 deste mês. Trata-se de uma entrevista que o porta-voz
do Hamas, Sami Abu Zuhri, concede à Al-Aqsa TV, que é a televisão do
Hamas. Prestem atenção, em especial a partir dos 32s. Traduzo na
sequência.
A tradução
Entrevistador – As pessoas estão adotando o método dos escudos humanos, que foi bem-sucedido nos tempos do mártir Nyzar Rayan…
Porta-voz –
Isso comprova o caráter dos nossos nobres, dos nossos lutadores da
Jihad. São pessoas que defendem seus direitos e suas casas com o seu
corpo e com o seu sangue. A política de pessoas que enfrentam aviões
israelenses de peito aberto, a fim de proteger as suas casas, provou ser
eficaz contra a ocupação (israelense). Além disso, essa política
reflete o caráter dos nossos bravos, que são pessoas corajosas. Nós, do
Hamas, convocamos o nosso povo para que adote essa política, a fim de
proteger as casas palestinas.
Voltei
É estupefaciente! Aí está a confissão de que o Hamas adota a prática dos
escudos humanos e, pior do que isso, faz dela uma política oficial. Só
para esclarecer: Nyzar Rayan era um terrorista religioso do Hamas, que
foi morto por Israel em 2009. Para se ter uma ideia: ele enviou um de
seus filhos numa missão suicida, que matou dois judeus.
Assim, quando afirmo que Israel busca fazer o menor número de vítimas
entre os seus e que o Hamas procura fazer justamente o contrário, não
estou a dar uma mera opinião, com base em algum achismo ou em algum
preconceito. Sami Abu Zuhri, o porta-voz do movimento terrorista, está
dizendo que é assim mesmo. Como ele deixa claro, para o Hamas, a morte
enobrece e prova a grandeza dos que oferecem o próprio corpo e o próprio
sangue para a causa. Nessa perspectiva macabra, quanto mais mortes,
mais, então, o movimento teria com que se regozijar.
É assustador? É sim. Como se nota, não colhi essa informação no material
de propaganda “sionista”, como gostam de dizer alguns tolos. Eu estou
aqui reproduzindo uma convicção e um credo do próprio Hamas. É fácil
sair à rua carregando a bandeira palestina porque, afinal, há 190 mortos
de um lado e um do outro. A questão é saber como se produziram esses
cadáveres. Um dos chefões deixa claro: trata-se de uma política da morte
adotada pelo grupo. E eles convocam a população a aderir. Israel avisa
previamente quais são os alvos. A ordem é ficar para morrer.
Nessa perspectiva, quanto mais cadáveres, melhor!
VEJA