Assange afirma que os EUA podem cortar o Brasil do resto do mundo em qualquer momento

Foto: © ANDREW WINNING / REUTERS
SÃO PAULO, 11 Ago. (Notimérica/EP) 

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, indicou que o Brasil é atualmente um país mais independente, mas que ainda necessita aumentar a sua independência em relação aos Estados Unidos, já que os norte-americanos "são capazes de cortar o Brasil do resto do mundo a qualquer momento que queiram", em uma entrevista ao diário brasileiro 'Estado de S. Paulo'.

Assange, que completou dois anos no asilo político na Embaixada do Equador em Londres em julho, disse que o Brasil tentou mostrar a sua independência política em algumas ocasiões, como quando a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, cancelou a sua viagem a Israel para deixar clara a sua posição crítica em relação aos ataques na Faixa de Gaza.

Mas Assange apontou: "O país se mostra cada vez mais independente, mas sem chegar ao ponto de oferecer asilo a Edward Snowden, por exemplo". De acordo com ele, "o Brasil ainda precisa lutar para aumentar a sua independência. E isso é importante para toda América Latina".

O fundador do WikiLeaks também explicou que a Agência de Segurança Nacional (NSA, pelas suas siglas em inglês) intercepta quase todas as telecomunicações brasileiras com outros países, o que "compromete a autonomia do Brasil". Por isso, acredita que é fundamental que os países da América Ñatina tenham vínculos de telecomunicações independentes com o resto do mundo.


Assange também indicou que o conflito na Ucrânia se converteu em uma guerra indireta entre os Estados Unidos e a Rússia, enquanto explicou que Google tem um "esquema de vigilância a escala industrial" e que Israel está atacando deliberadamente a população civil palestina. Sobre a sua situação de exilado no consulado do Equador, Assange mencionou que "o mais irritante é não ver o sol por mais de 20 minutos por dia ".

Fontes: Notiméria  , Estado de S. Paulo
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