Criança conta como sobreviveu à perseguição do Estado Islâmico
Olhando para a cruz desenhada à mão em seu braço, Aws, de dez anos de idade, explica por que não quer ir para casa.
Ele nasceu
em uma família cristã, no norte do Iraque. Quando ele era apenas um
bebê, seu pai foi morto por jihadistas. Após essa tragédia, sua família
mudou-se para uma pequena aldeia perto de Mosul, onde lutou por anos
para reconstruir suas vidas. Sua mãe trabalhava incansavelmente e
economizava para conseguir comprar uma casa para morar com os filhos.
Nessa época, os ataques do Estado Islâmico (EI) tiveram início em Mosul.
O menino Aws
descreve: “As bombas explodiam sempre muito perto, tanto, que todas as
janelas da casa que morávamos já estavam quebradas. Muitas pessoas foram
mortas. Por isso, tivemos de fugir."
Ele e sua
família deixaram tudo para trás por causa da violência, chegando a
Maryouss, uma igreja em Sulemaniyah, onde milhares de outros refugiados
cristãos estavam abrigados. Como muitos cristãos iraquianos, Aws não
está preparado para voltar para casa tão cedo.
Perguntado se ele quer voltar para sua casa perto de Mosul, ele olha para baixo. “Não, aqui é melhor”, diz ele.
Muitos
cristãos que fugiram de ataques do Estado Islâmico afirmam que, apesar
do risco de enfrentar a morte, converter-se ao islã nunca foi uma opção.
"As pessoas
dizem que seria mais fácil se eu me tornasse um muçulmano, mas minha
religião é tudo o que eu tenho agora – por que eu iria desistir da minha
fé em Jesus?", compartilha um cristão. "Eu prefiro morrer."
A Portas
Abertas está empenhada em manter cristãos como Aws seguros e vivos,
mesmo em meio à forte perseguição. Através de projetos de apoio aos
refugiados, materiais cristãos e aconselhamento pós-trauma,
colaboradores da Portas Abertas trabalham a cada dia para satisfazer as
necessidades mais imediatas e vitais.
Fonte:Portas Abertas e Fique Atento