Analista econômico prevê “o fim do Brasil” para 2015
Dois meses depois do polêmico comunicado
anti-Dilma do banco Santander, novas previsões economicamente
desfavoráveis para o Brasil surgem nestes dias. Na segunda-feira, foi a
queda da Bolsa sobre o fundo da subida de Dilma. E na sexta-feira
passada, um analista financeiro reiterou para a revista Exame que a
re-eleição da presidente significará “o fim do Brasil”.
“O Fim do Brasil” é o nome do livro do analista Felipe Miranda, sócio da
Empiricus Research, publicado neste ano e lançado na semana passada.
Nele, o economista argumenta que o Brasil só teve história a partir de
1994. Antes, “não tinha histórico econômico” nem “padrão de consumo”.
Porém, as coisas mudam, e a política fiscal brasileira, segundo Miranda,
não soube adaptar-se a essas mudanças. “O Brasil começa a morrer por
causa da nova matriz econômica”, diz o analista na entrevista.
E, de acordo com ele, é preciso ter uma mudança na política. “O mercado
não olha Aécio ou Marina. O mercado olha Dilma e não-Dilma”, afirma
Felipe Miranda, opinando que com um novo presidente, a Bolsa irá
crescer, por ter novos elementos.
Porém, Marina também atua como uma incógnita para o mercado. Se ela
reforçar a política ecológica, reduzindo a importância de combustíveis
fósseis, “será uma faca no pescoço”, diz Miranda: “Isso gera uma
incerteza grande. E mercado não gosta de incertezas”.
Contudo, na opinião do analista, 2015 vai ser um ano duro e “desafiador”
em qualquer situação política e para qualquer presidente.