A Corrupção Generalizada mina a Presidência Rousseff


Brazilian president, Dilma Rousseff is now facing two threats: Losing the Spring election and dealing with the economic recession Brazil has fallen into in 2014. Photo Credit: www.businessinsider.com
Segundo a declaração de testemunhas, só na construção da refinaria da Petrobrás em Pernambuco, no nordeste do Brasil, o esquema de corrupção levou ao desvio de mais de 10 bilhões de reais. 

BRAZIL – Com apenas duas semanas até a votação para elegir presidente no segundo turno, a atual presidente, Dilma Rousseff (PT), e o senador Aécio Neves (PSDB), surfam uma nova onda de suspeitas e acusações de corrupção que parece abalar mais a imagem de Dilma. 

O ex-diretor de abastecimento da maior empresa pública do Brasil, a Petrobrás, Paulo Roberto Costa, declarou esta semana perante um juiz que esta empresa tinha um sistema de corrupção institucionalizada e que o PT embolsou entre 1% e 3% de todos os contratos que foram celebrados entre 2004 e 2012. 

Mas os esquemas de corrupção não param por aí. O comerciante e experto em lavagem de dinheiro, parceiro de negócios obscuros do Costa, Alberto Youssef, acrescentou que “pelo que me lembro, não houve uma empresa que não pagou o pedágio.” 

Ambos Costa e Youssef foram forçados a declarar para evitar passar o resto de suas vidas na prisão. Eles foram presos e acusados​​, entre outras coisas, por peculato e lavagem de dinheiro. 

Descobriu-se que Costa tinha uma conta na Suíça com mais de 18 milhões de euros, e a polícia reuniu provas da relação com vários negócios que Costa tinha com Yousseff. Costa também recebeu dinheiro de empresas relacionadas com a gigante brasileira de petróleo. 

Ambos concordaram com o juiz que, depois de declarar sobre o sistema de corrupção usado na Petrobrás, suas sentenças seriam reduzidas do mínimo de 40 anos que eles teriam que passar na cadeia. 

O choque que as declarações criou surge do fato que toda essa corrupção ocorreu enquanto Dilma Rousseff era presidente do conselho de administração da Petrobrás. 

A primeira declaração foi revelada há algumas semanas por uma revista, onde Costa afirmou que mais de uma dúzia de políticos brasileiros, incluindo senadores e ex-ministros tinham se apropriado ilegalmente de dinheiro da Petrobrás. 

Agora, a acusação vai um passo além. Yousseff explicou que ele e Costa costumavam se encontrar com o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), entre outros, para entregar a parte da propina cobrada pelo partido. 

“Nós nos econtramos em hotéis no Rio de Janeiro ou São Paulo, ou na sua própria casa. Discutimos assuntos relacionados com as empresas que iriam participar de projetos liderados pela Petrobrás “, disse Yousseff. 

De acordo com ele, as empresas pagaram dinheiro para receber contratos milionários. Por exemplo, na construção da refinaria da Petrobrás em Pernambuco, no nordeste do Brasil, foram pagos subornos por 68 milhões de reais. 

Alguns meios de comunicação brasileiros estimam que só neste esquema a corrupção levou ao desvio de mais de 10 bilhões de reais. 

Yousseff foi mais longe e disse que um grupo de congressistas pressionaram em 2004 para o presidente Lula nomear Costa como o chefe do Departamento de Abastecimento da Petrobrás, e que eles pressionaram o Lula bloqueando iniciativas políticas no Congresso. 

“Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enlouqueceu e teve que finalmente ceder. Ele colocou Paulo Roberto Costa no cargo“. 

Em uma reunião com sindicalistas em São Paulo, o próprio Lula negou esses fatos: “Estou farto sobre denúncias de corrupção às vésperas de eleições.” Ele acrescentou: “É sempre a mesma coisa: quando temos eleições, as alegações aparecem, e não parece haver necessidade de provar nada “. 

Arlindo Chinaglia, um deputado do PT, especificou que, nos três meses que antecederam a nomeação de Costa em 2004, o Congresso Nacional, longe de reduzir o número de projetos aprovados, apresentou e aprovou um número considerável de leis. Desta forma, Chinaglia tentou desmontar o argumento apresentado por Yousseff. 

No entanto, as alegações de corrupção envolvendo o PT, que está no poder há 12 anos, marca e define o ritmo da campanha que acabará na eleição entre Dilma e Aécio Neves no próximo dia 26 de Outubro. 

A candidatura de Rousseff acusa Neves de estimular acusações de corrupção e de usar veneno eleitoral como munição. 

“O que é estranho é que as acusações saiam duas semanas antes da votação”, disse Lula. Neves

Neves reagiu e disse que as últimas acusações provam que “eles roubaram a maior empresa do país”, e que “a presidente não está indignada com isso, mas com o fato de que as acusações saiam agora“.

Fonte: Real Agenda

Via: http://www.nosdiasdenoe.com/2014/11/a-corrupcao-generalizada-mina_12.html#ixzz3JFeDv238 
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