Filme “Êxodo, príncipes e reis” - Mais uma MENTIRA de Hollywood




A releitura gnóstica que o produtor Ridley Scott imprimiu à narrativa bíblica do êxodo hebreu, frustrou toda a expectativa que a estratégia promocional do filme “Exodo : Gods and Kings” conseguiu criar no público judaico e cristão, pelos cenários grandiosos e os efeitos especiais em 3D.

Com a estreia do filme no Brasil na noite do Natal, pôde-se verificar nos detalhes seu motif indisfarçável de "desmistificar" a história, extraindo dela a grandiosidade da intervenção divina nos eventos sobrenaturais que tinham por objetivo resgatar o povo escolhido do Egito escravocrata.

O enredo apresentou um Deus menino, rancoroso, vingativo e autoritário, concentrado num embate pessoal com o faraó, e constantemente questionado por um Moisés bem mais arguto e sensato, mas submisso apenas por temer as variações de humor desse ser narcisista, tão poderoso quanto infantil.

Os fantásticos milagres que a Bíblia descreve, as 10 pragas e a abertura do Mar Vermelho,são apresentados no filme como eventos naturais, consequentes de desequilíbrios ecológicos ou fenômenos meteorológicos perfeitamente plausíveis, de forma a desacreditar o poder de Deus.

Desta decepção fica a lição, para os que amam a Verdade, de que precisamos compreender melhor os princípios gnósticos, suas intenções e sua operação no mundo atual, para poder reconhecer e nos precaver de suas armadilhas atraentes, sutis e muito bem articuladas.

QUE É GNOSE

O termo deriva da palavra grega “gnosis”, que significa “conhecimento”.
É um conhecimento esotérico que se define como “O caminho” que pode guiar à iluminação mística para atingir a compreensão total e profunda da realidade do mundo.

Define como princípio básico a crença em que o homem é um ser divino que caiu na terra de forma desastrosa, mas possui em si mesmo uma essência imortal que o transcende, e o caminho para sua libertação é o “conhecimento”; não o conhecimento científico ou racional, mas o intuitivo e “revelado” (por clarividência, adivinhação).
Tal conhecimento, por si mesmo, geraria a redenção de todo o mal e tornaria o homem imortal. Ou seja: DEUS ESTÁ NO PRÓPRIO HOMEM.

Considera que Deus é uma força impessoal e anônima, e que a concepção dele com figura humana (Deus antropomórfico) não passa de uma invenção metafórica das religiões, para solucionar as lacunas da compreensão humana sobre os atributos divinos.

Acredita que os rituais místicos podem realizar o contato com os seres espirituais, através de uma fusão de alma do iniciado com a divindade mitológica, da qual esperam obter forças sobrenaturais.

GNOSTICISMO CRISTÃO

Os gnósticos cristãos compunham uma tendência basicamente esotérica, derivada do cristianismo primordial. Seus adeptos viam Cristo como uma emanação da “Essência” (Pneuma) ou o “Espírito do Pai”, e o chamavam de Ophis, símbolo da “Sabedoria” divina manifestada na matéria.
Acreditavam que Kristos (o perfeito), uniu-se à Sophia (a Sabedoria), desceu sucessivamente sete planos e entrou em Jesus no momento em que João Batista o batizava. A partir desse instante Jesus reconheceu sua missão, que era manifestar e mostrar ao homem todo o “Conhecimento”. Na ressurreição, Jesus teria aparecido com seu corpo etéreo (simulacrum) e, no período de dezoito meses até a assunção, teria transmitido a gnose para os seus discípulos.

RELACIONAMENTO DOS GNÓSTICOS COM O CRISTIANISMO PRIMITIVO

Contrariamente a toda essa parafernália sincretista, os evangelhos sinóticos apresentam a mensagem de Yeshua de forma límpida, simples e literal: Yeshua é o único mediador plenipotenciário, enviado por Deus para servir e dar sua vida em resgate pelos pecados da humanidade, fundando no seu sangue uma nova Aliança, uma nova relação de solidariedade entre Deus e os homens, da qual depende a salvação eterna.

“EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. NINGUÉM VEM AO PAI, SENÃO POR MIM.” (Yo 14:6)

Era nessa declaração de Yeshua que se baseava a comunidade cristã primitiva, crendo em que não há debaixo do céu outro nome, senão o dEle, pelo qual os homens possam ser salvos (At 4:11).
Ele é o Príncipe da vida e da salvação (3:15), exaltado por Deus (5:31). Assiste do alto do céu os seus fiéis (7:56), concede-lhes o Espírito de Deus (2:33) e a remissão dos pecados (10:43), e finalmente virá manifestar-se como juiz do mundo (10:42).
Quem quiser ser salvo deve se converter e deixar-se batizar em nome do Messias Yeshua (2:38).

Qualquer dúvida à alegação de que os primeiros cristãos eram gnósticos se dissipa quando Paulo expressa com virulência sua oposição às doutrinas estranhas (Gl 4:8,9; Cl 2:4, 8, 18-23; ITm 1:3-11; Ti 1:14):

“Timóteo, guarde o que lhe foi confiado. Evite as conversas inúteis e profanas e as ideias contraditórias do que é falsamente chamado CONHECIMENTO; professando-o, alguns desviaram-se da fé” ( ITm 6:20,21).

Da mesma forma que Paulo, João combateu duramente a gnose, chamando seus adeptos de “sinagoga de satanás” e “nicolaítas”, que era uma tendência gnóstico-libertina identificada nas comunidades de Éfeso, Filadélfia e Pérgamo (Ap 2:2, 6, 13-15,20,24; 3:9).

COMO A GNOSE SE MANIFESTA NO MUNDO ATUAL

Algumas sociedades iniciáticas, como a Maçonaria, a Ordem Rosacruz e a Sociedade Teosófica, têm bastante semelhança com o gnosticismo, por seus objetivos explícitos de alcançar o “conhecimento integral” e despertar o “potencial interior do ser humano”, ou os “poderes latentes do homem”.
A “Santa Igreja Gnóstica” é uma escola iniciática de mistérios que se diz localizar no plano astral e reivindica para si o título de “autêntica igreja primitiva”, que anteriormente se chamaria “gnóstico-católica”, e de conservar todos os ensinamentos secretos do "mestre", cujo verdadeiro nome é Maytreia. Através da eucaristia celebrada no astral e da magia sexual, pretendem alcançar o status de deuses para “já não necessitarem pedir mais nada”.

HUMANISMO E RELATIVISMO PÓS-MODERNOS

Independentemente dessas manifestações mais evidentes do gnosticismo, seus princípios se refletem na elaboração do projeto da modernidade, que tem por base a filosofia humanista com o lema: “O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS”.

Este princípio adquiriu uma influência determinante no pensamento moderno, em que a valorização do indivíduo e da subjetividade, como lugares da certeza e da verdade, se impõe sobre o saber adquirido, as tradições e a autoridade, incluindo Deus e sua representação nas religiões.

Conclui-se então, que hoje não é preciso ser membro de uma sociedade iniciática para comungar com os princípios gnósticos, pois eles estão impregnados em nossa cultura ocidental de tal forma que se tornou uma segunda natureza para a grande maioria, e é difícil pensar sobre qualquer coisa sem considerar esses argumentos como primordiais e legítimos.

“FELIZES OS QUE LAVAM SUAS VESTES, E ASSIM TÊM DIREITO À ÁRVORE DA VIDA E PODEM ENTRAR NA CIDADE PELAS PORTAS.
FORA FICAM OS CÃES, OS QUE PRATICAM FEITIÇARIA, OS QUE COMETEM IMORALIDADES SEXUAIS, OS ASSASSINOS, OS IDÓLATRAS E TODOS OS QUE AMAM E PRATICAM A MENTIRA.” (Apocalipse 22:14,15).

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