“Não sou de maneira nenhuma homofóbico, nem ataquei ninguém”, afirmou.
“Foi um ponto fora da curva. Eu respondi à cidadã, à candidata Luciana Genro (PSOL),
sobre a questão homoafetiva.
Eu tenho direito de pensar diferente. Ela tem direito de pensar diferente.
No calor das palavras, se eventualmente eu fui forte e firme, isso é natural”, continuou.
Fidelix, no entanto, disse que suas palavras no debate foram “pertinentes”.
“As declarações feitas naquela oportunidade foram pertinentes
porque eu estava respondendo à questão homoafetiva.
Eu disse ‘sou contra’, e continuo sendo contra.
Eu estava representando o povo brasileiro, que visceralmente
é contra esses movimentos. Todo mundo sabe.”
Novelas
Na sequência, o ex-candidato afirmou que as novelas da TV Globo
representam uma “agressão ao povo brasileiro”.
Como exemplos, ele citou a novela Império,
que terminou na última sexta-feira e tinha um personagem
homossexual vivido pelo ator José Mayer, e também
a nova novela Babilônia, que estreou ontem e já no primeiro capítulo
exibiu um beijo entre as atrizes Nathália Timberg e Fernanda Montenegro,
que formam um casal de senhoras lésbicas.
“A Globo está lá com suas novelas. Terminou Império,
aquela agressão ao povo brasileiro.
Começou Babilônia, uma agressão ao povo brasileiro.
Então nós temos uma inversão de valores no País.
As pessoas estão querendo impor convicções que nós não estamos
acostumados a tê-las”, afirmou.
“Não está regulamentado na Constituição Federal outra coisa
que não seja que a família é formada por homem e mulher”, completou.
A culpa é do PT
Na entrevista, Fidelix disse ainda que acredita
que a condenação ao pagamento de multa seja "perseguição do PT".
“Para mim, é uma perseguição do PT.
O conjunto da peça me leva a crer que há, digamos,
uma perseguição política nesse caso”, disse.
“Esse governo que aí está, da presidente Dilma,
está dividindo o povo brasileiro, está afrontando,
está inclusive financiando grupos organizados para atacarem os pais de família.
Nós temos um senso de que isso é realmente para dividir o povo brasileiro”, encerrou.
A ação por danos morais contra Fidelix foi aberta
pela Defensoria Pública de São Paulo
e aceita pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP),
que determinou a aplicação da multa.
Na sentença, a juíza Flavia Poyares Miranda
disse que Fidelix “ultrapassou os limites da
liberdade de expressão, incidindo em discurso
de ódio e pregando a segregação do grupo LGBT”.