Jornalistas atacam Neymar por expressar sua fé na Final da Champions League

Não bastasse a proibição da FIFA de que jogadores não possam usar dentro de campo camisetas com dizeres religiosos, agora a mídia decide criticar jogadores que fazem isso.
Neste final de semana, correu o mundo as imagens do time do Barcelona comemorando a conquista da Champions League. Um de seus jogadores mais importantes, o brasileiro Neymar, era o único com uma faixa na cabeça. Ela dizia “100% Jesus”. Oficialmente o time catalão não faz proibições aos seus jogadores de expressarem sua fé.
Mas parte da mídia brasileira se encarrega de deixar clara sua contrariedade. O jornalista Marcelo Rubens Paiva, do Estado de São Paulo, chamou Neymar de “100% mal assessorado” e que a faixa era “100% desnecessária”.
Embora se diga, “fã de Jesus”, acredita que os dizeres podem ser ofensivos aos dois terços do mundo que não seguem o cristianismo. Afinal, o craque “deve ser idolatrado por crianças palestinas, africanas, asiáticas, árabes, eslavas, por ortodoxas, judias, muçulmanas, budistas, agnósticas (32,2% da China), xintoísta, hinduístas (mais de 1 bilhão)”.
Possivelmente por saber disso é que Neymar decidiu compartilhar algo que para ele é tão importante. O que Marcelo não percebe é o mesmo que o jornalista Juca Kfouri, que escreveu em sua coluna: “Neymar pôs Jesus no jogo desnecessariamente, como já havia feito antes, sempre esquecido de que os derrotados também podem tê-lo em seus corações”.
Um bom contraste dessa percepção preconceituosa da mídia local é o texto do jornal espanhol El Mundo, que chama o jogador de “profeta” e compara como (pelas redes sociais) Neymar acaba atingindo mais seguidores que o Papa Francisco.
No passado, outros jogadores sofreram esse mesmo tipo de “perseguição” velada da mídia. Na comemoração da conquista da Copa do Mundo em 2002, vários jogadores que ainda eram chamados de Atletas de Cristo usaram camisetas dando glória a Deus.
Durante boa parte de sua carreira, o antigo camisa 10 do Brasil, Kaká foi criticado por suas declarações de fé e por dizer que casou virgem e queria ser pastor.
Neymar ainda é jovem, já figura entre os principais atletas do planeta e sabe que sua demonstração de fé pode fazer diferença para milhões.
O que a mídia brasileira parece esquecer é que a vida dos atletas não se resume às 4 linhas do campo. Os jogadores também têm alma e a maioria reconhece que a glória do futebol é efêmera. Quando um atleta profissional, por exemplo, se assume como homossexual, é elogiado e incentivado a expor isso ao mundo.  Por que Neymar (e outros) não pode expor sua fé?
Via gospel prime

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