VÍTIMA DE ATAQUES SEXUAIS COMETIDOS POR GANGUES ISLÂMICAS É CHAMADA DE "RACISTA" APÓS IDENTIFICAR AGRESSORES

Uma das vítimas da onda de crimes cometidos no último natal e nas comemorações do início do ano na Alemanha foi chamada de "racista" e de "propagandista de direita" em seus perfis nas redes sociais, e recebeu telefonemas nos quais haveria sofrido ameaças, no trabalho, após identificar seus agressores. A jovem de 26 anos, chamada Selina (o site jornalístico Breitbart, que noticia este episódio relacionado com os crimes cometidos por grupos intitulados como "gangues islâmicas", não informou o nome completo da vítima para preservar sua identidade), foi ainda acusada de "parecer feliz em fotos do instagram", dias após os ataques - o comentário foi usado como legenda em um trecho de entrevista que ela concedeu a uma rede de televisão alemã, editado e divulgado na internet.

Outra vítima dos ataques sexuais, "Anna" (seu nome real
não foi divulgado para preservar sua identidade)
Imagem: Breitbart

A jovem deu testemunho do "momento de terror que viveu ao ser cercada por dezenas de homens que a trataram como um pedaço de 'carne em exposição no supermercado, de graça'. Ela declarou ter sido bolinada repetidamente pelo grupo", conforme a matéria publicada na última quarta-feira, dia 13, pelo Breitbart.com. Selina ainda afirmou que o grupo de agressores parecia originário de países do Oriente Médio, e entendeu que a maioria dos indivíduos responsáveis pela agressão "falava árabe" entre si. Ela também falou, na entrevista, sobre a aparência física dos criminosos, que pareciam "ter pele mais escura [fato que, ligado ao idioma, a levou a pensar que eram originários de regiões de maioria muçulmana]". A entrevista na qual a moça descreveu o ocorrido foi concedida à rede de televisão SWR Fernsehen. Logo após a veiculação da matéria sobre o crime cometido contra a cidadã do país centro-europeu, o trecho da entrevista (editado) com as acusações de "propagandista islamofóbica" foi publicado. Também foram divulgados os endereços da vítima nas redes sociais, e o seu nome completo.

O vídeo editado no qual são feitas as acusações sugere que Selina está "errada sobre quem foram os verdadeiros responsáveis pelo ataque sexual". O trecho foi viralizado rapidamente, alcançando mais de 250.000 visualizações, ainda conforme o site de notícias. A jovem teme que "um indivíduo integrante de algum grupo extremista veja o vídeo", e decida retaliar a denúncia através de mais agressões. A jovem relata estar "surpresa com a reação à denúncia feita por uma mulher, vítima de um crime sexual", mas garante que "não irá se deixar intimidar e continuará falando abertamente sobre o caso". Um dos responsáveis pelo trecho da entrevista editado, que também divulgou dados pessoais da jovem, foi identificado e ameaçado de processo, caso não retire da internet o material no qual ataca a vítima.

A perseguição à jovem que decidiu fazer a denúncia não é um episódio isolado - na Alemanha, o governo classificou todas as denúncias ou comentários críticos a imigrantes ou a crimes cometidos por grupos de confissão islâmica como "discurso de ódio". O governo da potência europeia chegou a impor multas superiores a 300 euros a pessoas que deram alguma declaração crítica à população originária do Oriente Médio. Os veículos de comunicação e os responsáveis por redes sociais no país de Angela Merkel adotam o controle do discurso como forma de "evitar a propagação da islamofobia".


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