VALE TUDO : Em discurso no Dia do Trabalho, Dilma diz que vai resistir ao impeachment e anuncia reajuste de 9% no Bolsa Família
Na tarde deste domingo (1), Dia Internacional do Trabalhador, em seu discurso no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff anunciou reajuste de 9% no Bolsa Família, fez duras críticas à oposição e reafirmou que vai resistir ao processo de impeachment.
"Quero lembrar que essa proposta [de reajuste do programa Bolsa Família] não nasceu hoje. Elas estavam previstas quando enviamos o Orçamento em agosto de 2015 para o Congresso. Diante do quadro atual, tomamos medidas que garantam a receita para este ano e viabilizar tudo isso sem comprometer o cenário fiscal", disse a presidente.
Dilma também anunciou um reajuste de 5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A previsão é que a correção da tabela só seja alterada em janeiro de 2017. Já a previsão da correção do Bolsa Família é de junho ainda deste ano.
Em paralelo, a presidente também disse que vai implementar o contrato de um mínimo de 25 mil moradias para o Minha Casa Minha Vida, a criação do Conselho Nacional de Trabalho com representação tripartíde (sociedade civil, governo e empresários), a ampliação da licença paternidade de funcionários públicos de 5 para 20 dias e o Plano Safra da agricultura familiar.
Dilma também reforçou a prorrogação do programa Mais Médicos, anunciado na manhã desta sexta-feira (29).
O discurso
Dilma iniciou o discurso reforçando a ideia de que o processo de impeachment é golpe e fez duras críticas à oposição, em especial, direcionadas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
"Eu jamais utilizei recursos públicos em causa própria. Nunca embolsei dinheiro do povo brasileiro. Não recebi propina e nunca fui acusada de corrupção, eles tiveram que inventar um crime. Eu quero que você pensem comigo: se não tem base para o impeachment, o que é que está havendo? Um golpe."
E continuou:
"Esse senhor chamado Eduardo Cunha foi o principal agente na história de desestabilizar o meu governo. Ele levou a frente uma política de quanto pior melhor. E como agia? Quanto melhor para eles, pior para o governo e pior para o povo brasileiro. Se permitirmos esse golpe, vamos permitir que a democracia seja ferida. Não é só contra a democracia e o meu mandado. É contra as conquistas dos trabalhadores."
Em meio a gritos de "Dilma, guerreira do povo brasileiro!", a presidente Dilma finalizou seu discurso dizendo que vai resistir ao processo e criticou seus oponentes:
"Eu vou dizer para vocês que eu vou resistir. Eu estou aqui, neste primeiro de maio, porque o primeiro de maio é históricamente uma data de luta pela resistência contra a perda de direitos. [...] Se quiserem 2018, vão ter que ir às urnas".
"Eu jamais utilizei recursos públicos em causa própria. Nunca embolsei dinheiro do povo brasileiro. Não recebi propina e nunca fui acusada de corrupção, eles tiveram que inventar um crime. Eu quero que você pensem comigo: se não tem base para o impeachment, o que é que está havendo? Um golpe."
"Esse senhor chamado Eduardo Cunha foi o principal agente na história de desestabilizar o meu governo. Ele levou a frente uma política de quanto pior melhor. E como agia? Quanto melhor para eles, pior para o governo e pior para o povo brasileiro. Se permitirmos esse golpe, vamos permitir que a democracia seja ferida. Não é só contra a democracia e o meu mandado. É contra as conquistas dos trabalhadores."
"Eu vou dizer para vocês que eu vou resistir. Eu estou aqui, neste primeiro de maio, porque o primeiro de maio é históricamente uma data de luta pela resistência contra a perda de direitos. [...] Se quiserem 2018, vão ter que ir às urnas".