Abandonando parte da retórica de sua campanha presidencial que era dura contra os muçulmanos e deixando suas promessas de uma “interrupção total e completa” da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump visitou a Arábia Saudita, o lugar mais sagrado do islamismo.


Em sua primeira viagem internacional, Trump, cuja campanha defendia “Os EUA em Primeiro Lugar,” colocou a Arábia Saudita como prioridade máxima, acima de Israel. Ele é o único presidente americano a transformar a Arábia Saudita — ou alguma nação islâmica — em sua primeira visita internacional.

Ele recebeu boas-vindas deslumbrantes dos líderes na Arábia Saudita. Ele foi saudado no aeroporto pelo rei Salman, o que foi de chamar a atenção considerando que o monarca muçulmano não apareceu no ano passado para dar boas-vindas ao presidente Barack Obama em sua visita final à Arábia Saudita.
Mais tarde, Salman condecorou Trump com a Medalha de Abdulaziz al Saud, a honraria saudita mais elevada.
Trump estava acompanhado na viagem pelos presidentes de várias grandes empresas americanas, que anunciaram contratos multibilionários com os sauditas.
Na Arábia Saudita, ele deu um discurso para os líderes de 50 países muçulmanos dizendo: “Esta não é uma guerra entre religiões diferentes, seitas diferentes ou civilizações diferentes. Esta é uma guerra entre os que buscam destruir a vida humana e os que buscam protegê-la. Esta é uma guerra entre o bem e o mal.”
Por sua vez, o rei saudita Salman disse: “O islamismo é a religião da paz e tolerância… o islamismo considera matar uma alma inocente o equivalente de matar a humanidade inteira.”
Trump disse: “O terrorismo vem se espalhando no mundo todo. Mas o caminho da paz começa bem aqui, nesta antiga terra, nesta terra sagrada. Os Estados Unidos estão preparados para ficar ao lado de vocês.”
Trump aclamou a amizade dos EUA com a Arábia Saudita, a qual “se estende por várias décadas e cobre dimensões numerosas.” É uma mensagem acentuadamente diferente de sua campanha que dizia “a Arábia Saudita e muitos dos países que deram vastas quantias de dinheiro para a Fundação Clinton querem as mulheres como escravas e querem matar gays.”
Enquanto isso, Ivanka Trump, que acompanhou seu pai presidencial na visita, louvou o “progresso” saudita nos direitos das mulheres.

O Trump de 2016 dizia que “Penso que o islamismo nos odeia” e que os muçulmanos têm “grande ódio dos americanos.” O Trump de 2017 pediu unidade com os sauditas e outras nações muçulmanas sunitas contra o terrorismo islâmico.

A Arábia Saudita financia o terrorismo

Entretanto, como é que as nações muçulmanas poderiam combater o terrorismo islâmico se a Arábia Saudita, de acordo com a Rede de Televisão Cristã dos EUA, tem um papel proeminente na propagação do terrorismo islâmico?

Um importante porta-voz da liberdade religiosa disse que o governo dos EUA não fará nenhum esforço sério para derrotar os terroristas do ISIS porque eles são sunitas. William J. Murray, presidente da Coalizão de Liberdade Religiosa, disse que a família real da Arábia Saudita sunita não quer permitir nenhuma tentativa genuína de deter os violentos ataques do terrorismo sunita no Oriente Médio porque são de natureza sunita.

Murray disse que os Estados Unidos têm sido “marionetes” militares da família real saudita, atacando e isolando nações xiitas como a Síria. Em sua opinião o Estado de maioria xiita da Síria, que protege a minoria cristã, é alvo dos Estados Unidos só porque os membros da família real saudita estão dando as ordens, não o povo americano.

Trump, que tem condenado o presidente da Síria Bashar Assad por cometer “crimes indescritíveis contra a humanidade,” não tem aberto a boca sobre a Arábia Saudita e seus aliados sunitas que perseguem cristãos e apoiam o ISIS. Em vez disso, nos primeiros dias de seu governo ele premiou Arábia Saudita por combater o terrorismo islâmico.

Se é irracional ter a Arábia Saudita como aliada contra o terrorismo islâmico, por que Trump fez desse país islâmico sua prioridade máxima para sua primeira viagem internacional como presidente? O motivo é o dinheiro.

Dinheiro de sangue, lucro de sangue, empregos de sangue

Em seu primeiro dia na Arábia Saudita, Trump assinou um contrato extraordinário no valor total de 350 bilhões de dólares para um período de dez anos. Ele disse: “Este foi um dia tremendo. 

Investimentos tremendos nos Estados Unidos. Centenas de bilhões de dólares de investimentos nos Estados Unidos e empregos, empregos e empregos.”

Separadamente, empresas americanas no setor petrolífero ganharão 22 bilhões de dólares em novos acordos com a empresa estatal saudita de petróleo Aramco. E acordos com outras empresas americanas poderão chegar à cifra de 50 bilhões de dólares.

Gary Cohn, assessor econômico do presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, disse aos jornalistas que a Arábia Saudita “vai contratar empresas americanas” para “muitas coisas relacionadas à infraestrutura,” se gabando de que o acordo vale “muito dinheiro. Bilhões e bilhões de dólares.”

A Arábia Saudita “investirá muito dinheiro nos EUA e contratará muitas empresas americanas para investir e construir coisas aqui nos EUA,” disse Cohn.

O acordo mais tangível entre Trump e o líder saudita foi a venda de 110 bilhões de dólares em equipamento militar para a Arábia Saudita que entrou em vigor imediatamente. A Casa Branca disse que o acordo produzirá “dezenas de milhares de novos empregos nos Estados Unidos.”

Sean Spicer, assessor de imprensa da Casa Branca, afirmou que os 110 bilhões de dólares em equipamento militar representam o “maior acordo de armas da história dos EUA.”

Trump e sua equipe deixaram claro que violações de direitos humanos não afetarão esses contratos. Então a lógica do governo Trump, a qual é muito compatível com a lógica dos neocons, é que as nações muçulmanas que dão lucros enormes para os EUA serão aliadas na luta americana contra o terrorismo islâmico, ainda que financiem tal terrorismo e estejam envolvidas no genocídio de cristãos. Esse é o caso saudita.

As nações muçulmanas que não dão lucros para os EUA serão inimigas na luta americana contra o terrorismo islâmico, ainda que protejam minorias cristãs. Esse é o caso sírio.

O segredo para conquistar Trump, Obama, Bush e Clinton são acordos econômicos lucrativos.
Como é que os Estados Unidos esperam derrotar o terrorismo islâmico se armam pesadamente seu principal patrocinador?

Como é que os Estados Unidos esperam derrotar o terrorismo islâmico se dependem economicamente de seu principal patrocinador?

O Trump de 2016 ficaria envergonhado do Trump de 2017.

Trump escolheu continuar o imperialismo homossexual de Obama ao manter o embaixador especial de Obama para questões homossexuais mundiais. Por que foi que Trump não levou o embaixador consigo para repreender a Arábia Saudita por matar homossexuais?

O maior acordo de armas da história dos EUA

O acordo enorme de 110 bilhões de dólares em equipamento militar representa não só o “maior acordo de armas da história dos EUA,” mas também uma despesa militar maior do que a despesa militar de nações vastamente maiores do que a Arábia Saudita.

O Brasil, que é territorialmente a quinta maior nação do mundo e é maior do que os Estados Unidos sem o Alasca, tem um orçamento militar anual de 24 bilhões de dólares. De longe, a pequena Arábia Saudita ultrapassou o Brasil.

A Rússia, que é territorialmente a primeira maior nação do mundo, tem um orçamento militar anual de 65 bilhões de dólares. De longe, a pequena Arábia Saudita ultrapassou a Rússia.

Além de seu acordo colossal, a Arábia Saudita tem um orçamento militar anual de 81 bilhões de dólares.

O que a pequena Arábia Saudita pretende fazer com seu novo equipamento militar imenso comprados dos EUA? A Arábia Saudita pretende usar tudo isso só para si? Não será generosa para muitos de seus irmãos sunitas que lutam pelo islamismo no mundo inteiro, principalmente na Síria?

O dinheiro saudita de sangue conquistou Bush, Clinton, Bush, Obama e agora Trump.

Por causa do dinheiro saudita, o ISIS está vivo e ativo, cometendo genocídio contra os cristãos.
O papel saudita no atentado de 11 de setembro de 2001 contra os EUA

Se os EUA e seus líderes se envergonhassem de receber dinheiro de sangue, eles reconheceriam o fato de que a maioria dos terroristas muçulmanos que cometeram o atentado de 11 de setembro de 2001 contra os EUA eram sauditas. Mas a Arábia Saudita nunca foi invadida por tropas americanas.

Os sauditas há muito tempo são suspeitos de financiarem os atentados terroristas que atingiram Nova Iorque e Washington.

Os terroristas islâmicos mataram aproximadamente 3 mil pessoas. Quinze dos 19 terroristas eram sauditas.

Na época dos atentados em 2001, a Arábia Saudita estava financiando o radicalismo muçulmano em mesquitas e entidades muçulmanas de caridade. Esse foi dinheiro de sangue indo para causas de sangue.

O dinheiro de sangue não parou aí. Depois que o Congresso dos EUA aprovou uma nova lei permitindo que as famílias das vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001 processassem a Arábia Saudita em tribunais americanos, muçulmanos armaram uma campanha política caríssima, inclusive dando dinheiro para veteranos militares americanos para visitar o Congresso dos EUA e avisar os legisladores acerca do que eles disseram poderia ter consequências inesperadas.

O que poucas pessoas sabiam, inclusive alguns dos próprios veteranos recrutados, era que o governo da Arábia Saudita estava em grande parte financiando a campanha, no valor de centenas de milhares de dólares.

O dinheiro saudita de sangue conquistou os EUA, inclusive Bush, Clinton, Bush, Obama e agora Trump, e produzirá centenas de milhares de novos empregos nos Estados Unidos.

Com a assistência enorme do gordo cliente saudita, o índice de empregos nos EUA subirá nas alturas. São empregos de sangue.

Para Trump, o lucrativo petróleo saudita vale mais do que o sangue cristão derramado por muçulmanos sunitas apoiados pelos sauditas.

Acredito no capitalismo guiado por valores judaico-protestantes. Mas o capitalismo sem tais valores é destrutivo.

Comprando o silêncio e a indiferença dos americanos

Ao pagar 100 bilhões de dólares para Trump em equipamento militar, a Arábia Saudita comprou a indiferença dos americanos para com o genocídio que os muçulmanos sunitas estão cometendo contra os cristãos e se protegeu de ser acusada do que é: o principal patrocinador do terrorismo islâmico mundial.

A Arábia Saudita tem abundantes petrodólares para comprar a indiferença americana, e os EUA não têm mais valores judaico-protestantes para guiar seu capitalismo e rejeitar dinheiro de sangue.

Depois de dois dias de reuniões na Arábia Saudita, Trump tem agenda marcada para viajar para Israel e para o Vaticano para se encontrar com o Papa Francisco.

Por que Trump não fez de Israel a primeira nação de sua viagem internacional é um mistério confundindo conservadores e desafiando a retórica da amizade EUA-Israel.

No entanto, mesmo que Trump tivesse escolhido visitar a Arábia Saudita no final de sua lista de viagens internacionais, isso não mudaria o fato de que a Arábia Saudita vem espalhando o terrorismo islâmico no mundo inteiro.

A única visita adequada dos EUA à Arábia Saudita deveria ser por tropas americanas.

Com informações do DailyMail, Associated Press, ABC News, Coalizão de Liberdade Religiosa e WND.
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