Jurista explica os '4 cenários da queda de Michel Temer'
A cada vez mais complicada situação política e jurídica do Presidente Michel Temer vai adquirindo contornos dramáticos. Nesta sexta-feira, um dia após a entrega de (mais um) pedido de impeachment do Presidente pela OAB, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Ministro Edson Fachin, do STF, autorização para interrogar Temer.
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© AP PHOTO/ RICARDO BOTELHO
Diante de todos estes fatos, a Sputnik Brasil conversou com o jurista Alberto Rollo, especialista em Direito Constitucional e Eleitoral, e Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo. Segundo Alberto Rollo, Michel Temer tem pela frente quatro possibilidades de ter o final do seu mandato antecipado:

© SPUTNIK/ GABRIELLA LANGE
Sobre o julgamento no TSE, Alberto Rollo ressalva:
“É bom lembrar que o julgamento do Presidente Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral já começou e que ele será retomado nos dias 6, 7 e 8 de junho, conforme determinou o Presidente do TSE, Ministro Gilmar Mendes. Quando o julgamento começou e foi para a Mesa do Plenário, os Ministros entenderam que deveriam ser produzidas novas provas, especificamente, a oitiva de algumas testemunhas. O Ministro Relator, Hermann Benjamin, entendeu que não havia necessidade [desta nova oitiva] mas a maioria dos Ministros entendeu que sim e então o processo voltou um degrau. Estava num determinado [ponto da escada] e baixou um degrau. Essas novas testemunhas foram ouvidas, o Ministério Público Eleitoral falou de novo, e as partes falaram de novo. As partes (aqui no caso) são os autores, o PSDB, e os requeridos. E agora, com a retomada do julgamento, as partes vão falar de novo. Os autores e os réus representados pelos seus advogados.”
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VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
“Nesse momento, requerer manobras de adiamento como nova juntada de provas, realização de perícias, mudanças processuais, isso já se esgotou. Portanto, nesse aspecto de o Presidente Michel Temer requerer adiamento da sessão do TSE, a chance de êxito é zero. Agora, o que pode acontecer? Depois do voto do Relator, votam os demais Ministros e um deles poderá pedir vistas, o que é perfeitamente normal”.
Alberto Rollo também informou os Recursos dos quais a defesa de Michel Temer poderá se valer caso a decisão do Tribunal Superior Eleitoral lhe seja desfavorável e assim, determine seu imediato afastamento do poder: