1 Ano após a eleição, Donald Trump quebrou quase todas as regras do Politicamente Correto
As polêmicas, as dificuldades, os tweets...
Um ano depois da sua eleição, a 8 de novembro de 2016, Donald Trump quebrou quase todas as regras da presidência dos Estados Unidos, de convivência com críticos, media, aliados ou mesmo outros órgãos de soberania norte-americanos.
Donald Trump, um homem de negócios multimilionário nova-iorquino de 71 anos, ascendeu ao cargo de Presidente do país mais poderoso do planeta graças a um discurso contra as elites, prometendo fazer voltar a América à sua antiga glória.
Assim, Donald Trump dá muitas vezes a impressão de ainda vestir o fato de candidato presidencial (recordando os números com que derrotou a candidata democrata, Hillary Clinton, ou insistindo em múltiplas presenças em comícios).
Não é só o próprio Trump a colocar a campanha presidencial na ordem do dia. As alegações de interferência russa (e conluio de alguns dos seus assessores e familiares próximos com o governo russo) com vista a elegê-lo também pairam, um ano depois da eleição, como uma nuvem tóxica sobre a Casa Branca.
Todas as semanas há novos dados da investigação do procurador-especial Robert Mueller ao alegado favorecimento da Rússia a Trump, surgindo agora as primeiras acusações formais ao seu antigo chefe de campanha, Paul Manafort.
A rajada de tweets que dispara (quase) todas as manhãs, muitos deles com um tom revanchista e vingativo, acresce à dificuldade que o público norte-americano e mundial sente em vê-lo como um homem em pleno exercício do poder.
Tanto os aliados como os adversários dos Estados Unidos se interrogam acerca do real valor político das mensagens divulgadas pelo utilizador @realDonaldTrump.
Um ano depois da sua eleição e dez meses após a tomada de posse, Trump é o Presidente com a menor taxa de popularidade na história moderna dos Estados Unidos.
A mais recente sondagem Gallup indica que a sua popularidade está nos níveis mais baixos desde que assumiu funções, nos 33%. Uma percentagem de longe mais baixa do que os cinco últimos antecessores - democratas ou republicanos - pela mesma altura do primeiro mandato.
Trump tem feito um esforço por marcar a diferença para o anterior Presidente, o democrata Barack Obama, tentando constantemente revogar a legislação aprovada nos seus mandatos.
O novo Presidente também dirige as suas mensagens ao que considera ser a América "esquecida", a população branca mais afetada economicamente pela globalização e que, em última análise, o levou ao poder.
Trump, que se considera um mestre na "arte da negociação", tem sentido grandes dificuldades em mostrar qualidades nesse ponto ao lidar com o Congresso norte-americano.
Apesar de as duas câmaras (Câmara dos Representantes e Senado) estarem nas mãos do partido que o apoia, os Republicanos, Trump tem visto as suas principais medidas políticas bloqueadas, da imigração à revogação do sistema de saúde pública impulsionada por Obama, conhecido por Obamacare.
Os alvos do Presidente são muitos e variados: os líderes republicanos no Senado, os juízes, as agências de espionagem e informações, as vítimas de ataques da extrema-direita, os jogadores de futebol norte-americano ou autarcas de zonas devastadas de Porto Rico. E o alvo é recorrente: os media "fake news", os jornais e televisões "mainstream" que noticiam os seus deslizes.
"Ele está em guerra com quase todo o mundo (...). A cada semana ele apresenta um novo inimigo aos americanos", realçou o professor Julian Zelizer, da Universidade de Princeton.
Dois senadores republicanos preferiram mesmo denunciar um Presidente que prefere as "verdades alternativas", considerando-o um "perigo para a democracia".
"As palavras e os atos de Trump poderão ter um impacto enorme sobre uma das instituições mais importantes da democracia [norte-americana]. O maior perigo talvez seja que as pessoas deixem de ficar chocadas com o que quer que seja", concluiu Julian Zelizer.
Tanto os aliados como os adversários dos Estados Unidos se interrogam acerca do real valor político das mensagens divulgadas pelo utilizador @realDonaldTrump.
Um ano depois da sua eleição e dez meses após a tomada de posse, Trump é o Presidente com a menor taxa de popularidade na história moderna dos Estados Unidos.
A mais recente sondagem Gallup indica que a sua popularidade está nos níveis mais baixos desde que assumiu funções, nos 33%. Uma percentagem de longe mais baixa do que os cinco últimos antecessores - democratas ou republicanos - pela mesma altura do primeiro mandato.
Trump tem feito um esforço por marcar a diferença para o anterior Presidente, o democrata Barack Obama, tentando constantemente revogar a legislação aprovada nos seus mandatos.
O novo Presidente também dirige as suas mensagens ao que considera ser a América "esquecida", a população branca mais afetada economicamente pela globalização e que, em última análise, o levou ao poder.
Trump, que se considera um mestre na "arte da negociação", tem sentido grandes dificuldades em mostrar qualidades nesse ponto ao lidar com o Congresso norte-americano.
Apesar de as duas câmaras (Câmara dos Representantes e Senado) estarem nas mãos do partido que o apoia, os Republicanos, Trump tem visto as suas principais medidas políticas bloqueadas, da imigração à revogação do sistema de saúde pública impulsionada por Obama, conhecido por Obamacare.
Os alvos do Presidente são muitos e variados: os líderes republicanos no Senado, os juízes, as agências de espionagem e informações, as vítimas de ataques da extrema-direita, os jogadores de futebol norte-americano ou autarcas de zonas devastadas de Porto Rico. E o alvo é recorrente: os media "fake news", os jornais e televisões "mainstream" que noticiam os seus deslizes.
"Ele está em guerra com quase todo o mundo (...). A cada semana ele apresenta um novo inimigo aos americanos", realçou o professor Julian Zelizer, da Universidade de Princeton.
Dois senadores republicanos preferiram mesmo denunciar um Presidente que prefere as "verdades alternativas", considerando-o um "perigo para a democracia".
"As palavras e os atos de Trump poderão ter um impacto enorme sobre uma das instituições mais importantes da democracia [norte-americana]. O maior perigo talvez seja que as pessoas deixem de ficar chocadas com o que quer que seja", concluiu Julian Zelizer.