Cabo Daciolo pede “Reforma na bancada evangélica; Takayama diz que atitude é ¨maldosa¨
takayama esq e daciolo à direita ( foto reprodução)
Em 31 de outubro de 2017 os 500 anos da Reforma Protestante foram lembrandos em milhares de eventos comemorativos em todo o mundo. Por iniciativa do deputado pastor Hidekazu Takyama (PSC/PR), o Congresso Nacional teve uma sessão solene com este tema na manhã de hoje.
Diversos deputados e deputadas da Frente Parlamentar Evangélica fizeram uso da palavra, destacando a importância do movimento iniciado por Martinho Lutero.
O deputado Cabo Daciolo (Avante/RJ) tomou a iniciativa de transmitir parte do evento pelo Facebook, mas fez duras críticas ao evento. O parlamentar afirma que pediu para fazer um pronunciamento, mas não foi atendido.
“Nós estamos precisando de uma Reforma, como foi a Reforma Protestante, mas na bancada evangélica”, disparou. Fiel ao seu estilo, ele citou vários versículos e passou a exortar os demais membros da bancada, afirmando que muitos “perderam o temor com o Senhor Jesus Cristo”.
Finalizou dizendo que há “homens que dizem ser de Deus, mas estão envolvidos com a maçonaria”. Mesmo sem citar nomes, ficou claro que se referia a membros do bloco parlamentar do qual ele fazia parte, mas se desligou no primeiro semestre deste ano.
Takayama responde
Em nota enviada ao portal Gospel Prime, o deputado Takayama, que presidia a sessão dá sua versão da polêmica. “Desde que o deputado Cabo Daciolo pediu, por livre e espontânea vontade, para sair da Bancada Evangélica, em abril deste ano, ele ataca, gratuitamente, todos os membros da bancada”, afirmou.
“Muito me estranha ele usar uma data tão importante para nós cristãos, como os 500 Anos da Reforma Protestante que comemoramos hoje, com intuito de pedir a reforma da Bancada. Ele não é membro. Com que direito quer essa mudança?”, questionou o paranaense no documento.
“Hoje, durante a sessão solene que presidi em homenagem a data, mais uma vez, ficou evidente a postura maldosa dele em relação a mim e aos integrantes da Bancada Evangélica. Em toda sessão da Casa, os parlamentares devem se inscrever. Mesmo assim, ele não quis esperar por sua vez, tentou falar antes dos inscritos e como não autorizei, ele saiu alegando que eu não quis dar a palavra”, explicou Takayama.
Ainda segundo a nota, pelo regimento interno da Casa, a prioridade da fala é dos inscritos e, posteriormente, dos líderes de partido. Daciolo não foi um dos autores da proposição e também não se inscreveu como líder, uma vez que a deputada Rosinha da Adefal, do mesmo partido (Avante), já estava inscrita. Por isso ele teve seu pedido negado. No final do evento, o presidente chama o nome do cabo para se pronunciar, mas ele não estava mais presente.
Daciolo e Takyama já se desentenderam outras vezes, tendo o pastor chamado o cabo de “mentiroso” quando fez ataques à bancada.