Copa do Mundo 2018 na Rússia já é a copa mais Muçulmana da história; Possível guerra prejudica o Mundial devido Putin intervir na Síria
Ao todo, o Mundial da Rússia pode ter até sete países de maioria islâmica na população.
Destes, cinco já estão classificados: Irã, Arábia Saudita, Egito, Nigéria e Senegal.
Tunísia e Marrocos, se classificaram para o Mundial 2018 no último Sábado (11) Juntos, eles possuem 458 milhões de habitantes, com a maior parte seguidora do Islã.
No Irã, por exemplo, nada menos do que 99,4% da população é muçulmana, ou seja, cerca de 80 milhões de habitantes.
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O 2º colocado neste quesito é Senegal, com 95%, ou seja, mais de 14 milhões de pessoas.
Depois, aparecem Egito e Arábia Saudita, que possuem 90% de muçulmanos em suas populações.
Caso se classifiquem, Tunísia e Marrocos também chegam com porcentagens altíssimas: 99,1% de islâmicos em terras tunisianas, e 99% entre os marroquinos.
O país que possui o menor número de muçulmanos é a Nigéria, com 50% da população.
Ainda assim, como o país tem um número da habitantes gigantesco: 186 milhões, dos quais 93 milhões seguem o Alcorão.
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Caso conquiste a vaga, porém, a "lanterna" nesse quesito será da Costa do Marfim, com 42% de população muçulmana.
A diferença para a última Copa é notável. Em 2014, houve apenas cinco países de maioria islâmica, sendo que em três a porcentagem não era tão alta: 51% em Bósnia & Herzegovina, 50% na Nigéria e 42% na Costa do Marfim.
Os outros eram Irã e Argélia, estes sim com mais de 90% de população muçulmana.
Vale lembrar também que a Rússia possui 15% de islâmicos em sua população, ou seja, quase 22 milhões de pessoas.
Logo, somando os sete países que podem se classificar mais a nação sede, são mais de 400 milhões de muçulmanos.
- Medo de atentados é grande
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Se no Brasil o medo de atentados terroristas praticamente não existiu, na Rússia o temor de que eles possam acontecer é grande - principalmente pelas ações recentes da nação comandada por Vladimir Putin na Síria, uma das principais bases do temido grupo "Estado Islâmico", em apoio ao ditador Bashar Al-Assad.
Por isso, os russos já preparam seus militares para identificarem e combaterem possíveis jihadistas que tentem agir durante a realização do torneio da Fifa.
Isso não impediu, porém, que em abril deste ano, um atentado a bomba no metrô se São Petersburgo, uma das principais cidades da Rússia e sede de diversos jogos da Copa, deixasse 15 pessoas mortas. Já em agosto, sete pessoas foram esfaqueadas na Sibéria por um homem que alegou pertencer ao "Estado Islâmico".
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"Há medo real de um ataque na Rússia", ressaltou Alexander Golts, expert em segurança russa, à AFP.
Segundo o FSB (Serviço Federal de Segurança) da Rússia, há quase 3 mil potenciais jihadistas vivendo no país, sendo que a maioria foi treinada recentemente pelo "Estado Islâmico" na Síria.
Segundo o diretor do FSB, Alexander Bortnikov, no entanto, as forças de seguranças russas estão prontas para agir e possuem uma rede de inteligência que já desmontou possíveis atentados já na Copa das Confederações 2017.
Enquanto isso, o "Estado Islâmico" tenta espalhar o terror usando a internet.
No final de outubro, por exemplo, o grupo espalhou nas redes sociais imagens fortes de atletas famosos, como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, sendo presos, torturados ou decapitados, em fotos que correram o mundo e deixaram o clima ainda mais pesado antes da Copa do Mundo de 2018.