O Brasil pode ter o primeiro travesti no Senado.
Duda Salabert quer contrariar a estatística. O travesti de 36 anos, ela quer ser a primeira transgênero a ocupar o Senado Federal.
"É importante lembrar que a expectativa de vida de uma travesti é 35 anos e que 90% das travestis estão na prostituição por falta de mercado de trabalho", diz a professora de literatura de Belo Horizonte de 36 anos em entrevista à Sputnik Brasil.
A pré-candidata ao Senado pelo PSOL em Minas Gerais diz que vivemos em uma "sociedade odiosa", mas que é necessário pautar um tema historicamente negligenciado: a diversidade.
Ela diz que o tema dos transexuais enfrenta resistência tanto na direita quanto na esquerda. A professora relembra o caso ocorrido com o PT em 2011, quando o partido recuou da veiculação da cartilha "Escola sem homofobia" diante da pressão de lideranças como Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP).
"Quando a Dilma Rousseff vetou essa cartilha, ela preferiu negociar com setores conservadores religiosos do que ampliar o debate sobre gênero e sexualidade em sala de aula."
"A palavra Senado, em sua etimologia, significa 'senhor', 'senhores mais velhos'. Se é uma casa feita para senhores mais velhos, eu acho que é legítimo uma travesti disputar esse espaço para ressignificar essa palavra", afirma Salabert. "Mais importante que a vitória ou conquistar o cargo é levar a sociedade a refletir e debater sobre essa diversidade que está no dia a dia em que ela, a sociedade, insiste em excluir e querer apagar."
"É importante lembrar que a expectativa de vida de uma travesti é 35 anos e que 90% das travestis estão na prostituição por falta de mercado de trabalho", diz a professora de literatura de Belo Horizonte de 36 anos em entrevista à Sputnik Brasil.
A pré-candidata ao Senado pelo PSOL em Minas Gerais diz que vivemos em uma "sociedade odiosa", mas que é necessário pautar um tema historicamente negligenciado: a diversidade.
Ela diz que o tema dos transexuais enfrenta resistência tanto na direita quanto na esquerda. A professora relembra o caso ocorrido com o PT em 2011, quando o partido recuou da veiculação da cartilha "Escola sem homofobia" diante da pressão de lideranças como Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Marco Feliciano (PSC-SP).
"Quando a Dilma Rousseff vetou essa cartilha, ela preferiu negociar com setores conservadores religiosos do que ampliar o debate sobre gênero e sexualidade em sala de aula."
"A palavra Senado, em sua etimologia, significa 'senhor', 'senhores mais velhos'. Se é uma casa feita para senhores mais velhos, eu acho que é legítimo uma travesti disputar esse espaço para ressignificar essa palavra", afirma Salabert. "Mais importante que a vitória ou conquistar o cargo é levar a sociedade a refletir e debater sobre essa diversidade que está no dia a dia em que ela, a sociedade, insiste em excluir e querer apagar."