Que vantagens têm as mulheres soldadas, perante colegas homens?


Desde que a Noruega se tornou o primeiro país a introduzir a conscrição universal, a eficiência das mulheres alistadas continua provocando discussões. Novo estudo parece ter adicionado ainda mais lenha na fogueira do debate.

O Estabelecimento de Pesquisa em Defesa Norueguês (FFI) realizou um estudo que mostra que o corpo feminino tolera o estresse extremo tão bem ou até melhor do que o masculino, segundo informou a emissora NRK.
Durante testes, dos quais participaram 23 soldados masculinos e 12 soldadas de uma unidade de paraquedistas, foi demonstrado que os homens perdem mais peso do que as mulheres. Em particular, enquanto os homens perderam em média 2,7 quilos de massa muscular, as mulheres perderam apenas gordura.

"As mulheres queimam melhor a gordura durante atividade. Isso pode ser uma vantagem durante exercícios ou operações de longo prazo", opinou a especialista da FFI, Hilde Teien.

Ambos os sexos mostraram a mesma redução de capacidades físicas depois dos exercícios, mas os homens acabaram precisando de mais tempo para recuperar a forma, o que é considerado mais uma vantagem para as mulheres, diz o estudo.
Outro resultado do experimento indica que os soldados com menor gordura corporal perderam mais massa muscular.

"A sociedade de hoje acredita que é importante ter muito músculo e pouca gordura no corpo. Para os soldados, porém, é importante ter mais gordura", apontou Teien.

No entanto, o tenente-coronel norueguês Harald Hoiback, que afirmou anteriormente que a presença das mulheres nas forças armadas prejudicou a capacidade de combate da Noruega, não ficou impressionado com o estudo, qualificando-o como "apenas moderadamente interessante" para um chefe operacional.
"Qual é a relevância das mulheres recuperarem mais rápido se elas têm basicamente um nível muito mais baixo de capacidades físicas?", comentou o militar.
Há décadas que as mulheres norueguesas podem se voluntariar ao serviço militar. Em 2016, foi introduzido o recrutamento universal e as mulheres totalizaram 25% dos recrutas naquele ano. Atualmente, a porcentagem de mulheres no exército atinge 17%, mas não para de crescer.
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