NETANYAHU DIZ QUE IRÃ MENTIU SOBRE ARMAS NUCLEARES; TRUMP APOIA DENÚNCIAS
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse na última segunda-feira (30) que o Irã mentiu sobre não buscar armas nucleares e que continuou preservando e expandindo seu conhecimento mesmo após assinar um acordo com potências mundiais.
"Os líderes do Irã negam repetidamente a busca por armas nucleares", disse Netanyahu. "Hoje à noite eu estou aqui para dizer uma coisa: o Irã mentiu."
"Depois de assinar o acordo nuclear em 2015, o Irã intensificou esforços para esconder seus arquivos secretos", afirmou. "Em 2017, o Irã transferiu seus arquivos de armas nucleares para um local altamente secreto em Teerã."
Posição dos EUA
Logo depois da fala de Netanyahu, Donald Trump voltou a ensinuar que planeja se retirar do acordo nuclear com o Irã. O presidente americano disse que não acredita que a medida prejudicará seus contatos com a Coreia do Norte. Ele também respaldou a denúncia do primeiro-ministro de Israel.
"O que nós aprendemos hoje sobre o Irã demonstra realmente que eu estou 100% certo", disse o presidente americano sobre o acordo nuclear de 2015, em conferência na Nigéria.
Irã responde
Mais cedo, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, exigiu que os Estados Unidos deixem o Oriente Médio e alertou os americanos sobre as consequências de um conflito militar com o país. Ele acusou Washington de atiçar uma "crise regional".
Os comentários foram transmitidos via TV Estatal iraniana. Khamenei disse também que, se os americanos entrarem em um conflito militar com o Irã, serão "prejudicados de modo multiplicado" e que qualquer potência que tentar desafiar seu país será derrotada.
"Quem deve ir embora são os Estados Unidos, não a República Islâmica (do Irã). Somos desta região: o Golfo Pérsico e a Ásia Ocidental são o nosso lar", afirmou.
"O tempo de bater e fugir acabou. Agora, se você bate, o golpe será devolvido. Sabem que se atacarem receberão um contra-ataque mais forte", afirmou Khamenei.