PAIS PROTESTAM CONTRA UMA DRAG QUEEN LENDO HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS

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Uma drag queen que usa o nome artístico de Xochi Mochi leu uma história para crianças na Biblioteca Memorial de Michelle Obama em Long Beach, Califórnia, em 14 de outubro de 2017. Seu visual contava com vários chifres, o que incomodou mais ainda os pais cristãos.

A partir de então, a prática se espalhou pelos Estados Unidos. Agora, um movimento de conservadores está tentando impedir que isso continue ocorrendo. O líder evangélico Franklin Graham se juntou aos pais e ativistas comunitários que estão protestando contra a leitura de histórias infantis por drag queens em espaços públicos.

Em um post no Facebook o evangelista lamentou que o conteúdo das histórias escolhidas esteja impondo a agenda LGBT sobre crianças pequenas, que não tem condições de entender tudo que está ocorrendo. O livro mais usado nos EUA é “Stella Brings the Family” [Stella leva a família], sobre uma garota que leva seus dois pais para uma celebração do Dia das Mães na escola.

Segundo Graham, “bibliotecas estão promovendo essas leituras nos últimos dois anos em cidades como Los Angeles, São Francisco, Chicago, Nova Orleans e Nova York. Sabemos de uma bibliotecária que pediu demissão como forma de protesto”.

Ele se referia a um cristão, responsável pelas bibliotecas da cidade de Lafayette, Louisiana, que se manifestou contrário à leitura e foi massacrado pela mídia, chamado de “homofóbico” e “intolerante”. Acabou não resistindo à pressão e preferiu abrir mão do cargo para não ter seu nome veiculado ao evento.

Recentemente, um grupo de pais e ativistas comunitários protestou do lado de fora de bibliotecas em Columbus, na Geórgia, e Mobile, Alabama, que também tinha a presença de drag queens.

Alegando promover “tolerância”, a leitura de histórias infantis para crianças a partir de quatro anos teve início no Reino Unido. Acabou se espalhando para outros países e, embora não seja um movimento organizado por uma associação, tem em comum a escolha de livros que promovam a “fluidez de gênero” e incentive os pequeninhos a ver as drags como figuras positivas. Uma inciativa similar já teve início no Brasil, embora com menos impacto.

“Esse programa foi projetado para direcionar as crianças propositalmente, de modo a tornar a perversão sexual aceitável através da exposição repetida”, lamentou Graham.

“Exorto os pais a deixarem bastante claras as suas preocupações… Por que não podemos fazer uma hora do livro cristão nas mesmas bibliotecas? A Bíblia nos diz ‘A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram’” (João 1: 5).

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que reúne “cerca de 40 mil especialistas na saúde física, mental e emocional de cerca de 60 de milhões de crianças e adolescentes” manifestou-se em julho sobre a exposição de crianças a figuras de drag queens.

Falando sobre a animação Super Drags, da Netflix, emitiu uma nota oficial fazendo “um alerta para os riscos de se utilizar uma linguagem iminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto, o que exige maior capacidade cognitiva e de elaboração por parte dos espectadores”
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