FURACÃO MICHAEL: DEIXA SETE MORTOS NO SUDOESTE DOS EUA
Sete pessoas morreram na passagem do furacão Michael pelo sudeste dos Estados Unidos.
Do alto parece uma zona de guerra. Terrenos que horas antes eram ocupados por casas ficaram vazios. Barcos se amontoaram em terra. Construções inteiras desmoronaram. Os destroços estão por toda parte. O posto de gasolina ficou sem teto. Placas foram parar no chão. E até os trailers foram arrastados pelo vento. Por todo lado, restos do que foi a vida de quem morava aqui.
No abraço das vizinhas, um misto de alívio e tristeza. “É devastador, todo mundo que conhecemos perdeu a casa e o emprego”, diz uma jovem, uma das poucas que ainda tem onde morar. A casa da família saiu quase intacta da devastação de México Beach. A cidade está sendo chamada de marco zero da destruição do furacão Michael. Em uma das casas, só as escadas da entrada ficaram de pé.
Panamá City também terá que ser reconstruída. Não sobrou nada do teto da marina. Mas apesar dos estragos, a dona tem uma certeza: “Superei a recessão e agora vou superar mais essa”.
O caminhoneiro que levava até microondas dentro da carreta perdeu tudo. A placa que chamava os clientes para o bar despencou. Perda total para o que já foi um teto para diversão.
500 mil casas ainda estão sem energia. Os postes ficaram pelo caminho, assim como as árvores arrancadas durante a tempestade.
O governador da Flórida afirmou que os prejuízos ainda estão sendo calculados. “Esse furacão foi um monstro”, disse Rick Scott.
Muita coisa ainda está debaixo d’água. A destruição só não foi maior porque o Michael passou rapidamente pelo noroeste da Flórida. E graças a pequenas delicadezas como a do menino que salvou do furacão o que tinha de mais precioso, seu cão.
O Michael foi rebaixado à categoria de tempestade tropical e, nesta quinta-feira (11), passou pelos estados da Carolina do Sul e do Norte, que ainda se recuperam da passagem do furacão Florence. Agora, os meteorologistas estão de olho em mais duas tormentas, a tempestade Nadine e o furacão Leslie, que, neste momento, estão sobre o Oceano Atlântico.
Muitas das casas que você vê destruídas em uma situação como essa de furacão são construídas com madeira e as paredes são recheadas de uma espécie de fibra de vidro, é o isolamento térmico e acústico. Essas casas não resistem à ventania de um furação; isso já aconteceu outras tantas vezes. Eu mesmo vi, em 1992, a passagem do furacão Andrew pelo mesmo estado americano da Flórida. Foi uma destruição enorme. Então rever essas cenas agora faz lembrar aquela tristeza toda e eles vão levar um tempão agora para se recuperar desse estrago todo.