Após frustração nas eleições 2018, Manuela D’Ávila vira youtuber para “combater a onda conservadora”
Após ser vice na chapa de Fernando Haddad (PT), derrotada nas eleições deste ano, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB) deixará a vida parlamentar em 2019. Sem mandato, optou por ser youtuber em 2019. Embora a maioria dos vídeos em seu canal atual tenha média de apenas 2 mil visualizações, ela está criando o (R)exista.
Segundo explica em um vídeo postado esta semana, o objetivo é criar conteúdos que combatam as ‘fake news’ [notícias falsas], e “combater o ódio nas redes” embora não explique quais serão os critérios para isso. Manuela assegurou ainda que este é um movimento de “resistência e combate à onda conservadora que toma conta do país”.
Afirmando que foi “um dos principais alvos de intolerância” na campanha eleitoral deste anos, diz que, junto com seus apoiadores “Travamos juntos a boa luta contra o ódio e o conservadorismo”.
Embora pertença ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ela adotará uma prática bem capitalista. Para produzir o material ela pediu doações através de uma conta no site Apoie.se O valor mínimo é R$ 5 e o objetivo é levantar 20 mil reais mensais. Até agora, o site informa que foram arrecadados R$ 1204. A busca de verba é para, segundo ela, bancar a produção de conteúdos novos.
Conhecida defensora da pauta LGBT e da legalização do aborto, a jornalista sempre se colocou como antagonista aos movimentos conservadores. Manuela parece que manterá no youtube todo o discurso utilizado por sua chapa este ano, que justificou a derrota nas urnas a uma suposta “campanha de fake news” por parte dos eleitores de Jair Bolsonaro. Mesmo com todo o alarde por parte da grande mídia, até hoje não conseguiram provar como isso teria ocorrido.