Em entrevista à Datena, Presidente Jair Bolsonaro diz que não tem nenhum problema com Rodrigo Maia



O presidente Jair Bolsonaro afirmou não ter problemas com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na TV Bandeirantes. "Ele está abalado com questões pessoais da vida dele", disse. Ao ser questionado por Datena se isso teria a ver com a prisão do ex-ministro Moreira Franco, padrasto dada mulher de Maia, Bolsonaro preferiu "não entrar em detalhes". 
Questionado sobre os problemas na articulação política, Bolsonaro alegou que o governo é formado por um presidente e, "quando muito, 22 ministros, enquanto a Câmara tem mais de 500 deputados que o procuram todos os dias", o que torna tudo mais difícil. "Não posso atender a todos que querem me ver". "Nenhum presidente faz esse atendimento individual aos parlamentares que o pessoal cobra de mim", disse. "Nossos ministros atendem os parlamentares que os procuram, mas não todo mundo", explicou.

"A Câmara tem seu colegiado, é quase o seu quartel. Tem seu presidente, o [Rodrigo] Maia. É esse pessoal que conduz", afirmou. Ainda se queixou das recentes afirmações de Maia. "Disseram que meu governo é um deserto de ideias, mas querem comparar uma pessoa com 594 parlamentares", reclamou.

Com relação ao comportamento da imprensa, citada dezenas de vezes por ele, Bolsonaro preferiu mirar o jornal "Folha de S.Paulo", que definiu como a "origem de todo o mau", após desmentir supostos elogios seus à ditadura chilena de Augusto Pinochet.

Bolsonaro voltou a negar que a aprovação da PEC do Orçamento Impositivo na Câmara tenha representado uma derrota ao governo. "O meu partido votou a favor [da PEC]. Eu não falei para votar contra", disse. Ele prometeu, em seguida, promover a votação do pacto federativo, para que o dinheiro vá "direto para Estados e municípios".

No início da entrevista, ele disse estar bem de saúde, mas, em seguida, disse ter um horário de trabalho limitado por questão de saúde.

Redes sociais 


Bolsonaro ainda descartou mudar de comportamento quanto à comunicação e disse que, "se abandonar as mídias sociais", ficará "na mão de certos órgãos que distorcem" o que ele diz.  "Tem muita coisa boa acontecendo, mas, lamentavelmente grande parte da mídia não divulga as coisas boas, prefere ficar na futrica", alegou. Ele também defendeu as publicações de seus filhos nas redes sociais, que citaram Maia. "Não teve nada demais", disse. 

Ditaduras Ele voltou a afirmar que "não há, por parte das Forças Armadas, nenhuma intenção de se embrenhar em intervenção na Venezuela". Mas criticou o país vizinho e que o país não controlado por Nicolás Maduro, mas por generais que são, "em sua maioria, narcotraficantes". Bolsonaro também voltou a defender o golpe de 1964. "Onde uma ditadura passa ao poder pacificamente? Então, não houve ditadura no Brasil". `Para ele, a sociedade civil, incluindo a classe política e a Igreja, pediram o "movimento" de 64.

Israel 

Outro tópico sempre presente nas declações de Bolsonaro, a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém ainda é uma possibilidade, disse. "É possível sim, há setores da sociedade que querem.". Hoje, a representação brasileira fica em Telaviv, como a da maioria dos outros países.


Assista na íntegra: 




“Da minha parte não tem briga, não tem problema nenhum. O que cobram de mim é a interlocução, mas não tem como. A minoria pede você sabe o quê [referindo-se, aparentemente, a cargos]”, declarou Bolsonaro.


“Fazem pauta-bomba para me constranger positivamente. Vamos fazer bons projetos na Câmara e no Senado para tirar o país da situação [em] que se encontra. Não vem me pedir o que pouquíssimos pedem, que aí não dá certo”, acrescentou.

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