A demagogia do pensamento ideológico dos políticos de esquerda; Usam pessoas como forma de manipulação
Lamentável! Lamentável o que vemos nos representantes do pensamento político dominante nos últimos anos em nosso país. Aspiram defender os menos favorecidos, oprimidos e negligenciados. Digo aspiram, porque na prática não o fazem. São demagogos e manipulam a massa brasileira que acreditam em seu ativismo visando apenas o poder político.
Alegam ecoando aos quatro ventos do globo que são defensores dos pobres, dos direitos das mulheres, dos negros, dos gays e outros afins, quando na verdade estes não passam de instrumentos. Aliás, nada novo nessa linha de pensamento político. Desde o período da luta dos que buscavam estabelecer a ditadura do proletariado sob o argumento de tirar o poder das mãos dos militares (anos 1960) e das mãos da “burguesia” (nos tempos atuais) para colocar nas mãos do povo, na verdade os que derramaram seu sangue naqueles dias e os que são ativistas hoje, não são aos olhos destes mais do que fantoches manobrados para defender seus interesses escusos.
A tão aclamada defesa dos “oprimidos” neste texto representada pela deputada federal Erika Kokay, só é válida quando favorece a narrativa de seu pensamento ideológico. E não. A parlamentar não reconheceu que a experiência de Damares Alves foi positiva. Foi ironia. Ao ironizar a experiência da senhora Damares (experiência narrada em contexto religioso em data bem anterior), a parlamentar não estava satirizando a fé da mulher e Ministra dos Direitos Humanos, mas, sim, atacou a fé de uma menina violentada que subiu em uma goiabeira para cometer suicídio e teve uma experiência pessoal e “subjetiva” com um Ente Divino de sua fé.
E a subjetividade da pessoa humana
Aliás, a parlamentar que é formada em psicologia deveria saber que ao considerarmos a pessoa humana, não podemos desconsiderar sua subjetividade, que isso significa que o funcionamento psíquico das pessoas não é padronizado, variando de acordo com os sentimentos, hábitos e o modo que cada um reage e o significado que cada um dá para cada coisa. Essa mesma subjetividade é fruto de crenças e valores acumulados pelas experiências e história vivencial do indivíduo. Desconsiderar a subjetividade da experiência daquela criança, é ignorar a possibilidade de que, tanto a experiência abusiva, quanto a salvadora daquela criança, foi e ainda é vivenciada por crianças hoje.
Independente se o personagem de sua experiência é real ou não, o que importa é que na ocasião surtiu efeito positivo para ela. A parlamentar como psicóloga de profissão deveria saber que, quando trabalhamos com pessoas em sofrimento psicológico, não desconsideramos seu repertório de habilidades (desde que este não se mostre disfuncional) no auxílio do desenvolvimento de estratégias adaptativas no enfrentamento do problema e sofrimento enfrentados. No caso em questão, a fé daquela criança se mostrou positiva no enfrentamento do suicídio.
Deixar de discutir o currículo para atacar a fé
Perdeu, deputada! Perdeu a oportunidade de discutir a eficácia e resultados da ação da Ministra no projeto Movimento Brasil Sem Aborto, uma entidade influente na defesa dos nascituros no Brasil. Perdeu a oportunidade de discutir pontos que julgasse importante nas inúmeras palestras da ministra Brasil afora sobre o combate à pedofilia e do trabalho realizado no combate às drogas no Movimento Nacional Brasil Sem Drogas. Perdeu a oportunidade de averiguar sua experiência frente a defesa dos direitos de mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica.
Bem, encerro meu escrito citando o artigo 208 do Código Penal Brasileiro que versa contra crimes de intolerância religiosa: “Escarnecer de alguém publicamente por motivo de crença ou função religiosa.” Neste caso, percebe-se flagrante ultraje à fé religiosa com acentuada violência psicológica.
Laicidade seletiva
Acrescento ainda a seguinte pergunta: que defensores dos Direitos Humanos são estes? Defendem (e até participam) das mais variadas experiências decorrentes de religiões como, por exemplo, o alto e baixo espiritismo, as religiões orientais e etc., mas desprezam, invalidam e injuriam as cristãs. Isso não é seletismo?
Esses defensores do Estado laico se esquecem que o respeito às crenças e religiões também é exercício da laicidade. Fazer da fé dessa mulher pilhéria é símbolo da ostensiva discriminação religiosa do cristianismo por esses pseudo defensores dos Direitos Humanos, e deveria ser vista com a mesma gravidade com que veem as manifestadas conta seu seleto grupo de menos favorecidos.