Crivella:“Houve sim o kit gay, eu era vice líder do governo”, e o Haddad me chamou



Durante entrevista ao programa “Ponto a Ponto”, da Band News, apresentado por Mônica Bergamo e Antonio Lavareda, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), reiterou a existência do “kit gay”. Crivella disse que teve diversas reuniões sobre o assunto com Fernando Haddad, que na época era Ministro da Educação do governo Dilma.

O assunto foi levantado por Crivella, que foi imediatamente rebatido pela jornalista Mônica Bergamo, que negou a existência do material e questionou se isso não gerava problemas, que para ela não houve uma política deliberada de se lançar um “kit gay”.

“Não existiu um kit gay. Não existiu uma política deliberada de se lançar um kit gay nas escolas. Isso nunca foi feito. Essa confusão não gera problemas?”, questionou.

Neste momento, o prefeito do Rio lembrou a jornalista que ele fazia parte do governo Dilma na época em que o material seria distribuído e que teve diversas reuniões com Fernando Haddad sobre o tema, pois articulou juntamente com a Frente Parlamentar Evangélica (FPE) a retirada do material.

“Houve sim o kit gay. Eu era vice-líder do governo, tive diversas reuniões com [Fernando] Haddad. Isso fez parte do programa nacional de educação que tinha que ser votado nos municípios”, disse Crivella.

O material que seria distribuído há 8 anos, no governo Dilma Roussef, propunha a distribuição de um kit de cartilhas e DVDs contendo informações sobre o universo homossexual juvenil. Esse material deveria ser levado a 6 mil escolas da rede pública parceiras do programa Mais Educação e acabou ficando conhecido como “kit gay”.

“Havia toda uma intenção, não era só de quebrar o preconceito não, era de certa forma incentivar que isso entrasse na pauta, que fosse discutido. Não existe menino, não existe menina, isso é uma formação cultural e, pra você saber se você é ou não é, você precisa experimentar”, completou Crivella.

Nos últimos meses a imprensa tem negado a existência deste material, apontando como sendo uma “fake news” levantada contra o Partidos dos Trabalhadores (PT) e Fernando Haddad. Mas Crivella foi um dos que se posicionou contra a distribuição do material na época, convencendo o governo a cancelar a proposta.
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