Após hackeamento de conversas da Lava Jato, centrão prepara pacote 'anti-Moro'
Estratégia de líderes é desencadear série de reações no Legislativo para desgastar ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro
Após o vazamento de conversas do ministro da Justiça,Sergio Moro , com procuradores da Lava-Jato a estratégia dos líderes do centrão na Câmara dos Deputados é de desencadear uma série de reações no Legislativo, na tentativa de desgastar o ministro.
Uma das propostas aventadas pelos líderes é criminalizar a atuação de magistrados para favorecer indevidamente uma das partes. Outra é alterar a lei de delações contra organizações criminosas aprovada em 2013 que, segundo eles, é usada indiscriminadamente contra políticos.
Segundo o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), associações de juízes e procuradores condenam a interceptação de conversas sigilosas entre o procurador e o juiz, mas nada acontece quando os próprios magistrados ou membros do Ministério Público vazam documentos que comprometem réus.
"Para mim, é um crime muito pior. Porque eles cumpriram um juramento. E aí eles vazam?, questionou o parlamentar. O próprio Sergio Moro, quando era encarregado de processos da Lava Jato em Curitiba, divulgou uma conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula .
No Senado, já foi desengavetado o projeto de lei contra abuso de autoridade . O pacote anticrime de Moro também deve ser modificado, diagnosticam os líderes.