Em caso de Revolta Brasileira com aumento de gasolina, energia elétrica: Bolsonaro diz que Forças Armadas estão preparadas para atacar contra manifestações como as do Chile




O presidente Jair Bolsonaro informou, na manhã desta quarta-feira em Tóquio, no Japão, que conversou com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva,  para as Forças Armadas estarem preparadas para o caso de manifestações nas ruas no Brasil, como ocorre atualmente no Chile. Indagado sobre previsão de certos analistas de que o próximo país a sofrer turbulências nas ruas pode ser o Brasil, o presidente respondeu:

— Nos preparamos. Conversei com o ministro de Defesa sobre a possibilidade de ter movimentos como tivemos no passado, parecidos com o que está acontecendo no Chile, e logicamente essa conversa, ele leva a seus comandantes, e a gente se prepara para usar o artigo 142 (sobre as Forças Armadas), que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles venham a ser convocados por um dos três poderes —disse o presidente, ao conversar com alguns jornalistas depois do café da manhã.
Jair Bolsonaro disse que não se pode ser surpreendido. 

— Apesar de as Forças Armadas estarem o tempo todo preparadas nas suas atividades constitucionais, essa também não deixa de ser. Logicamente, tem que ser potencializada no momento em que se encontra a América do Sul.
Para o presidente, o que acontece atualmente na América do Sul são movimentos de esquerda para tentar conquistar o poder. 

— Não podemos ser surpreendidos, temos que ter a capacidade de nos antecipar a problemas — disse, acrescentando: — A intenção deles é atacar os EUA e se auto ajudarem para que seus partidos à esquerda tenha ascensão. Dinheiro nosso brasileiro, do BNDES, irrigou essa forma de fazer política. 


 
Lei antiterrorismo mais dura
 
O presidente Jair Bolsonaro disse que “se a pena for dura” vai inibir ações violentas, como as que acontecem no Chile, ao ser indagado sobre reforma da lei antiterrorismo no país. O  presidente ressaltou que o Brasil não está livre de ter problemas semelhante ao do país andino e defendeu mudança no texto. 

—  No passado botaram uma virgula na definição de atos terroristas, exceto movimentos sociais. Isso não pode acontecer —   disse o presidente na saída do encontro com representantes da comunidade brasileira no Japão.
 Bolsonaro usou também o caso do Ceará como exemplo e contou que, há poucas semanas, conversou com o governador Camilo Santana (PT) sobre o onda de violência no estado nordestino. 

—  Conversei com Camilo, que está na segunda crise de violência em seu estado (Ceará), e chegamos á conclusão de que, se lá no passado, aqueles que tocaram fogo em viaturas, depredando patrimônio, fossem enquadrados numa lei de terrorismo, estariam presos. E quase todos que participaram daqueles atos no passado foram postos em liberdade, e  alguns ainda estão presos, fazem parte desses grupos que anteriormente praticaram esses atos. Então, é preciso colocá-los na cadeia —  disse. 

Pouco antes, em discurso diante da comunidade brasileira, o  ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, acusou movimentos de esquerda de conturbarem países na América Latina para tentarem voltar ao poder. 

—  Na América do Sul estamos vivendo um momento difícil em que a esquerda radical, desesperada com a perda de poder, vai jogar todas as suas fichas na mesa para conturbar a vida dos países sul-americanos e tentar retornar ao poder de qualquer maneira e nos jogar no abismo que nós paramos na porta —  afirmou o general. 

No dia anterior, o presidente afirmara que um país tranquilo na região era a Argentina, pela tendência de vitória do ''pessoal da Cristina''. Hoje, ele voltou a manifestar preocupação com essa possibilidade.
— Esperamos que a Argentina escolha um presidente que esteja afinado conosco, como estava, em especial no livre comércio, em defesa da democracia, e não interferência em outros países. E acrescentou: — É isso que estamos preocupados (com a situação) em quase todos os países da América do Sul. 'O ultimo país em ebulição é o Chile, e o senador Humberto Costa, apesar da estatura dele, um senador anão, não deixa de estimular as massas para o confronto'.
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