Após renúncia de Evo: Rússia está pronta para continuação do diálogo com autoridades legítimas da Bolívia



A Rússia está pronta para continuação do diálogo com as autoridades legítimas da Bolívia, inclusive com o novo parlamento, quando for eleito, disse o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado da Rússia.
O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado da Rússia, Konstantin Kosachev, afirmou na segunda-feira (11) que Moscou está pronta para continuar o diálogo com as autoridades legítimas da Bolívia.

Segundo Kosachev, o presidente da Bolívia, Evo Morales, ao renunciar, escolheu um caminho legítimo e democrático, mas a oposição pode não agir do mesmo jeito.

 "Morales, ao renunciar, escolheu um caminho legítimo democrático, mas os dados que vêm da Bolívia sobre tentativas de prender o ex-líder, ataques à sua casa, e assim por diante, indicam que o outro lado pode não seguir necessariamente o mesmo caminho", escreveu Kosachev na sua página no Facebook.

Do seu lado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou sua forte preocupação quanto aos recentes acontecimentos na Bolívia, vendo nesses eventos "um golpe de Estado orquestrado".

"Acolhemos com alarme a dramática evolução dos acontecimentos na Bolívia, onde uma onda de violência desencadeada pela oposição impediu o mandato presidencial de Evo Morales de chegar ao fim", indica uma declaração do ministério.


A Chancelaria russa considerou como "profundamente preocupante que a evolução dos acontecimentos, seguindo as diretrizes de um golpe de Estado orquestrado, impeça a vontade do governo de procurar soluções construtivas".
No domingo (10), em meio da escalação de violência na Bolívia, o Governo e o presidente se demitiram.
Alguns países latino-americanos, entre os quais a Venezuela, o México e Cuba, afirmaram que na Bolívia ocorreu o golpe de Estado.
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