Atentado Terrorista em Londres: Muçulmano armado com faca mata duas pessoas na Inglaterra, e polícia o aniquila
Duas pessoas morreram e o agressor foi abatido a tiros pela Polícia britânica em um ataque a faca realizado nesta sexta-feira (29) na Ponte de Londres, no centro da capital, onde um atentado em 2017 deixou oito mortos.
O agressor foi contido em plena ponte por um grupo de pedestres e por policiais, um dos quais acabou atirando duas vezes enquanto o suspeito continuava se debatendo, de acordo com imagens registradas por testemunhas que circulavam nas redes sociais.
O agressor usava um colete que parecia carregado com explosivos e que finalmente se revelou falso, explicou um encarregado da Polícia antiterrorista, Neil Basu.
Três pessoas foram feridas pelo agressor, explicou à imprensa a Comissária da Polícia Metropolitana, Cressida Dick.
"Posso confirmar que [o ataque] é considerado um ato terrorista", explicou Basu à imprensa.
Segundo uma fonte de segurança, citada pela agência de notícias Press Association (PA), o autor do ataque era conhecido da Polícia e estava vinculado a "grupos terroristas islâmicos".
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, convocou em caráter de urgência o gabinete de crise que estava reunido na noite desta sexta.
Terrorism attacker lay dead on #Londonbridge 💪🇬🇧— London Crime LDN (@CrimeLdn) 29 de novembro de 2019
Brilliant work by armed police pic.twitter.com/ScOqsyOFX6
O Reino Unido está em plena campanha eleitoral e tem encontro marcado com as urnas em 12 de dezembro. Além disso, abrigará em 3 e 4 de dezembro uma cúpula da Otan.
Johnson afirmou que a Grã-Bretanha "não será jamais dividida nem intimidada por este tipo de ataque", e prometeu que "qualquer pessoas implicada neste crime será processada e apresentada à Justiça".
O ataque foi contido, mas o público deve permanecer em alerta, acrescentou.
Johnson explicou que o governo vai decidir nas próximas horas se suspende momentaneamente a campanha eleitoral.
Horas depois do ataque, a Polícia da cidade holandesa de Haia reportou outra agressão com arma branca em uma rua comercial da cidade, lotada de clientes por causa das promoções da chamada "Black Friday". Segundo as autoridades, a ação deixou três feridos.
This is unbelievable. The Jihadi shot dead on #LondonBridge was not only a convicted terrorist who had been released on a tag but he was a guest of a Cambridge University sponsored conference in London today on “prisoner rehabilitation”. You just couldn’t make this stuff up! 😱 pic.twitter.com/40oO2JZHXY— David Vance (@DVATW) 29 de novembro de 2019
- Homem no chão -
"A Polícia recebeu um telefonema às 13H58 [10H58 de Brasília] por um ataque com arma branca perto da London Bridge", alertou inicialmente a Polícia britânica no Twitter, que isolou imediatamente a área e fechou o acesso a pedestres em prédios e lojas.
"Vi um homem caído no chão, com uma faca do lado", explicou à AFP um funcionário de escritório em frente à ponte. Uma dezena de agentes e vários cães da polícia foram enviados para neutralizar o suposto atacante, revelou.
Esta testemunha gravou um vídeo com seu celular por volta das 14H30. Nas imagens vê-se a evacuação de uma pessoa em uma maca, enquanto outra, visivelmente ferida em um ombro, é acompanhada por socorristas até uma ambulância.
"Os Estados Unidos condenam fortemente qualquer tipo de violência horrível contra inocentes e garantimos todo o nosso apoio ao nosso aliado", declarou um porta-voz da Casa Branca.
O presidente Donald Trump deve ir a Londres para a cúpula da Otan.
O novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, expressou que "a luta contra o terrorismo é uma batalha comum".
- Ataque de junho de 2017 -
A London Bridge é uma das pontes sobre o Tâmisa perto da conhecida Tower Bridge, um dos pontos turísticos da capital britânica.
Uma dezena de barcos das forças de ordem se posicionaram sob a ponte após o ataque.
Em junho de 2017, uma caminhonete atingiu pedestres na London Bridge, que atravessa o Tâmisa, antes de seus três ocupantes esfaquearem pessoas no Borough Market. O resultado foi de oito mortos e cinquenta feridos.
Foi um dos ataques reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que atingiu o Reino Unido naquele ano.
Em março de 2017, um homem jogou seu veículo contra a multidão na ponte de Westminster antes de esfaquear um policial em frente ao Parlamento, matando cinco pessoas.
Dois meses depois, 22 pessoas - incluindo crianças - foram mortas em um ataque no final de um show da Ariana Grande em Manchester.
Britânicos elogiam heróis anônimos que ajudaram a conter terrorista na Ponte de Londres
This man with others helped disarm the attacker at London Bridge today I have so much respect for people like this absolute hero #LondonBridge pic.twitter.com/9EDMf88R2g— Damien O'Brien (@DamienMagician) 29 de novembro de 2019
Autoridades e cidadãos britânicos foram às redes sociais nesta sexta-feira para elogiar "os heróis" que ajudaram a deter o autor de um ataque que deixou dois mortos e três feridos em Londres. O suspeito, que usou uma faca e vestia um colete-bomba falso, foi morto pela Polícia Metropolitana londrina, mas, antes disso, foi atacado e desarmado por pedestres.
Em vídeos e fotos publicados nas redes sociais, é possível ver diversos transeuntes se lançando contra o suspeito para tentar controlá-lo na Ponte de Londres. A ponte, que cruza o Rio Tâmisa, fica próxima à conhecida Ponte da Torre, ponto turístico da capital britânica.
Um homem de terno e sobretudo, em especial, foi o mais elogiado nas redes sociais. Em várias fotos e vídeos publicados no Twitter, é possível vê-lo saindo do confronto segurando a faca usada pelo agressor. Segundo testemunhas, ele gritou em catalão para que as pessoas se afastassem. Um usuário definiu o ato como "incrível bravura".
O ato corajoso das pessoas que passavam pelo local foi elogiado pelo primeiro-ministro Boris Johnson e pelo prefeito de Londres, Sadiq Khan, que agradeceu em nome de toda a cidade.
— Queria agradecer os nossos serviços de emergência, mas também os pedestres que arriscaram suas próprias vidas nesta tarde. São os melhores de nós. Quero agradecê-los em nome de todos os londrinos — expressou o prefeito trabalhista.
As pessoas que intervieram "não sabiam naquele momento que o artefato era falso", disse Khan a respeito do colete, elogiando a "valentia e a coragem dos londrinos comuns". As autoridades consideraram o ataque um "ato terrorista".
Stevie Hurst, um dos pedestres que se jogaram sobre o suspeito, disse à rede britânica BBC que viu pessoas correndo e gritando que mulheres haviam sido esfaqueadas. Assim que ouviu os gritos, correu até o homem e começou a chutá-lo.
— Fizemos tudo o que podíamos para tentar fazer com que soltasse a faca, para que não ferisse outras pessoas — disse o guia turístico.
Segundo Hurst, o agressor gritou "bomba" quando a polícia tentou detê-lo, mas logo foram feitos os disparos.
Johnson convocou reunião de emergência do gabinete de crise do governo (COBRA) para analisar a situação. O ataque acontece poucos dias antes de reunião de cúpula da Otan, marcada para as próximas terça e quarta-feira em Londres, e que reunirá vários chefes de Estado. Johnson também elogiou os transeuntes que ajudaram a dominar a situação.
O episódio levou o premier a cancelar um evento de campanha do Partido Conservador na reta final para as eleições do dia 12 para receber atualizações sobre o ataque.
Os trabalhistas, por sua vez, suspenderam a campanha em Londres nesta sexta. O líder do partido e candidato à próxima eleição, Jeremy Corbyn, disse ter uma "imensa dívida" com as pessoas que "se colocaram em perigo para proteger as demais".
Mais tarde nesta sexta-feira, três pessoas ficaram feridas em Haia, na Holanda, em um incidente com "um objeto perfurante". Os feridos foram levados para hospital, mas o estado de saúde deles não foi revelado.