Estados atuaram para ¨parar uma guerra, não para iniciar uma¨ diz Donald Trump sobre morte de General Iraniano Qassem Soleimani



O presidente dos Estados Unidos, Donald trump, afirmou na tarde desta sexta-feira (3) que morte do general iraniano Qassem Soleimani foi ação necessária para "conter o terror", e que a intenção do país norte-americano não é a de começar uma nova guerra no Oriente Médio.

"Nós atuamos para parar uma guerra, não para começar uma guerra", afirmou Trump em seu primeiro pronunciamento sobre a morte do general iraniano.
"Não procuramos uma mudança de regime [no Irã]", disse o presidente. "O futuro pertence ao povo do Irã", completou.

Qassem Soleimani era considerado o segundo homem mais importante do Irã. Líder da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, Soleimani morreu nesta quinta-feira (2) em um bombardeio ordenado por Donald Trump, em Bagdá, no Iraque.

O Pentágono confirmou o bombardeio e disse que a ordem partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o órgão culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos.

Durante o pronunciamento desta sexta, o republicano afirmou que o "Soleimani perpetuou atos de terror para desestabilizar o Oriente Médio" e que sua morte representa o fim do terror.

"O mundo é um lugar mais seguro sem esses monstros", disse Trump, explicando que os EUA está pronto para agir sempre que for "necessário para proteger os americanos".

Escalada de tensão
A morte do general Qassem Soleimani, um dos homens mais poderosos do Irã, marca mais um capítulo da escalada de tensão entre os governos iraniano e norte-americano.

Enquanto líderes iranianos falam em "vingança", a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá pede aos cidadãos norte-americanos que estão no Iraque que deixem o país o mais rápido possível, por via aérea ou terrestre.

Quem era Qassem Soleimani?



Qassem Soleimani tinha 62 anos e era um alto líder das forças militares iranianas. Herói nacional, ele foi o general da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária, um braço paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

Soleimani era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país. Muito próximo ao líder supremo, ele sobreviveu a diversas tentativas de assassinato nas últimas décadas.
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