A vacina contra o coronavírus, só ficará pronta em 2021, segundo especialista Britânico



Depois de o governo britânico afirmar estar em condições de implantar um programa de vacinação em massa no último trimestre de 2020, professor do Imperial College mostra-se cético.

O secretário de Estado da Economia britânico, Alok Sharma, afirmou esperar ter 30 milhões de doses de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford prontas dentro de meses.

'Falsas expectativas'
Contudo, um professor do Imperial College, que compete com Oxford na busca de uma vacina no Reino Unido, insta as pessoas a não terem "falsas expectativas", pois uma vacina contra o coronavírus dificilmente ficará pronta neste ano.

A notícia foi avançada hoje (18) pelo tabloide britânico Daily Mail, que relembra que tanto a Universidade de Oxford quanto o Imperial College London estão trabalhando em vacinas, tendo a primeira acabado de celebrar um acordo com a gigante farmacêutica AstraZeneca para produzir em massa a sua, caso a consiga e se mostre eficaz.

AstraZeneca e a universidade acordaram a fabricação de 100 milhões de doses da vacina, devendo 30 milhões de doses ficar prontas até setembro.

Robin Shattock, chefe do departamento de infecção mucosa e imunidade no Imperial College e que participa da equipa que procura uma vacina, afirmou que é "importante não ter uma falsa expectativa de que ela está ao virar da esquina".

"Pode ser mais longo do que qualquer um de nós gostaria de pensar", adiantou, citado pelo Daily Mail, tendo em conta que levará tempo para que os pesquisadores obtenham todos os dados necessários para provar, sem sombra de dúvida, que a vacina realmente funciona.

Vacina só em 2021?

Alguns especialistas em saúde sugeriram que uma vacina pode levar até 18 meses para ser desenvolvida, enquanto outros advertiram que talvez nunca seja encontrada, refere o Daily Mail.

Shattock prevê que "só no início do próximo ano consigamos obter as provas".

Para além disso, há que ter em conta o "enorme esforço operacional necessário para fazer bilhões de doses e torná-las disponíveis em todo o mundo".

Seja como for, considerando Shattock que o coronavírus não é "um alvo tão difícil quanto os outros", ele disse acreditar que há uma "grande chance de ver uma série de vacinas que funcionam", afirmou, citado pelo Daily Mail.
A vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford pode começar a ser produzida em massa logo que os ensaios clínicos sejam bem-sucedidos.

Uma vacina eficaz é vista como a única maneira segura para o mundo voltar a algo parecido com a vida normal.

A vacina de Oxford está agora em seu primeiro ensaio clínico e todos os participantes da primeira fase já receberam sua dose e estão sendo monitorados pela equipe do ensaio clínico.

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