O Fim? Vaticano confirma crise financeira, mas nega risco de falência em meio ao novo coronavírus


O Vaticano confirmou na última quarta-feira (13) de Maio, de 2020. Que está passando uma grave crise financeira e terá que aplicar ajustes orçamentários, mas nega risco de falência.

“Não há risco de falência, mas são esperados anos difíceis”, disse o recém-nomeado prefeito do Ministério da Economia, equivalente ao ministro da Economia do Vaticano, o jesuíta espanhol Juan Antonio Guerrero Alves.

O Vaticano prevê queda de até 45% nas receitas. Uma das causas é a pandemia do novo coronavírus. Para contornar a situação, a administração pretende fazer ajustes orçamentários.

“A Igreja cumpre sua missão com a ajuda das ofertas dos fiéis. E não sabemos quantas pessoas podem doar. Precisamente por esse motivo, devemos ser sóbrios, rigorosos”, disse Guerrero,.

“De qualquer forma, se não houver receitas extraordinárias, é evidente que haverá um aumento no déficit”, explicou o jesuíta, mas reforçando que ajustes orçamentais já tinham sido definidos e que agora, com o surgimento do novo coronavírus, devem ser implementados com “maior determinação”.

Nos últimos quatro anos, foram recebidos uma média de cerca de 270 milhões de euros, em comparação com cerca de 320 milhões em despesas. Portanto, o déficit variou entre 60 e 70 milhões por ano, disse ele.

Um recente relatório interno do Vaticano sobre o impacto do coronavírus publicado no jornal Il Messaggero indica que o cenário mais otimista prevê um aumento no déficit de 28% e 175% no mais pessimista. A variação é devida à menor venda de ingressos dos museus do Vaticano, fechados nos últimos dois meses por conta da pandemia e que representam uma das maiores fontes de renda.

Guerrero explicou que os custos do Estado do Vaticano são distribuídos “45% pessoais, 45% despesas gerais e administrativas e 7,5% doações”, além de especificar que cerca de 15% do orçamento é destinado às comunicações do papa. Ele também disse que a manutenção dos edifícios leva outros 10% e 17 milhões de impostos são pagos na Itália.

Para reduzir os gastos, está previsto “centralizar investimentos financeiros, aprimorar a gestão de pessoas, aprimorar a gestão de propostas” e “aprovar um novo código para contratos que definitivamente gerará economia”. “A remuneração dos obreiros, a ajuda às pessoas em dificuldade e o apoio às igrejas necessitadas” não são questionados, garantiu Guerrero.
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