Bolsonaro defende eugenia: ¨Pessoas que têm mais cultura, têm menos filhos¨ Falou o Capitão de 5 filhos em 3 casamentos diferentes...
O Presidente Jair Bolsonaro se submeteu a uma vasectomia em 30 de janeiro de 2020, procedimento cirúrgico de esterilização para homens que desejam não ter filhos ou parar de ter filhos.
Embora durante a campanha presidencial de 2018 Bolsonaro tenha, em reação a grupos feministas que pregam esterilização e aborto, relatado, em tom de emoção, que desfez uma vasectomia para que sua terceira esposa, Michelle, pudesse engravidar, ele decidiu se esterilizar de novo.
Para Bolsonaro, que se considera católico, a esterilização é problemática, pois a Igreja Católica proibe esse procedimento. Talvez por isso ele tenha pedido sigilo sobre sua nova vasectomia.
Se exemplo é a maior de todas as pregações, Bolsonaro só fez com relação a seu procedimento pessoal de controle da natalidade o que ele já defende há muito tempo.
Não é a primeira vez que as atitudes de Bolsonaro se chocam com o conservadorismo católico. Em 2019, o presidente brasileiro defendeu políticas de planejamento familiar dizendo que “as pessoas que têm mais cultura têm menos filhos.”
Ele disse:
“Não é controle não… Planejamento familiar. Você olha que as as pessoas que têm mais cultura têm menos filhos. Eu sou uma exceção à regra, tenho cinco, tá certo? Mas como regra é isso.”
Bolsonaro tem histórico de defesa do controle da natalidade, que ele chama de “planejamento familiar,” ignorando que Margaret Sanger, que fundou a Federação Internacional de Planejamento Familiar (a maior entidade de planejamento familiar, educação sexual e aborto do mundo), criou o termo “controle da natalidade.” Não existe pois diferença entre planejamento familiar e controle da natalidade. Ambos vieram da mesma fonte.
Como deputado, Bolsonaro é autor do PL 4322, de 1993, que propõe “a realização de laqueadura tubaria e vasectomia para fins de planejamento familiar e controle de natalidade.” Se ele não fosse sério sobre isso ele mesmo não teria feito vasectomia.
Pelo menos, mesmo sendo um católico com mentalidade contraceptiva, Bolsonaro é democrático. Ele permitiu que seu governo, em meio à constelação de métodos de controle da natalidade oferecidos em serviços de saúde e educação sexual para adolescentes, também apresentasse a opção da abstinência sexual.
A propaganda típica de ativistas do controle populacional é mostrar imagens de ricos europeus e americanos com dois filhos em comparação com pobres africanos com dez filhos. Se o controle populacional não fosse tão amado pelos esquerdistas, não seria difícil ver racismo na comparação entre europeus brancos ricos e africanos negros pobres.
Provavelmente, ao ver a propaganda dos promotores de controle populacional Bolsonaro chegou à conclusão de que ter muitos filhos é sinônimo de pobreza. Mas, como ele deixou bem claro, ele é uma exceção — embora sua exceção foi ter 5 filhos com três esposas diferentes, o que significa que ele praticou muito controle da natalidade.
Contudo, por que usar africanos pobres como padrão de famílias grandes? Os africanos são o único exemplo e padrão? Claro que não. As famílias cristãs americanas tinham historicamente em média 8 filhos, e não eram pobres. Eles liam muito, especialmente a Bíblia, e trabalhavam muito. As famílias numerosas dos EUA ajudavam a preservar sua cultura e religião, que era predominantemente evangélica. A República dos EUA foi fundada por uma população 98 por cento evangélica.
Família numerosa sempre foi a norma e padrão dos EUA durante séculos. Os EUA do passado, com famílias numerosas que liam a Bíblia e trabalhavam muito, criaram os EUA de hoje com suas enormes riquezas. Não se cria riquezas sem trabalho. E não dá para se ter bênçãos em seu trabalho sem Deus e a Bíblia. Toda a riqueza acumulada hoje nos EUA é fruto de gerações de famílias numerosas passadas que, em grande parte, valorizavam a Bíblia e o trabalho duro.
Com o crescimento da mentalidade contraceptiva e a consequente diminuição das famílias, os EUA foram ficando cada vez mais longe de seu antigo padrão de família grande e foram ficando cada vez mais dependentes da imigração, com um número de imigrantes muçulmanos cada vez maior aproveitando o espaço deixado por milhões de americanos que foram impedidos de nascer pelo controle da natalidade ou deliberadamente mortos antes de nascer em clínicas de aborto.
A consequência óbvia do declínio das famílias americanas é que a cultura e religião originais dos EUA estão diminuindo. Hoje os evangélicos são menos de 50 por cento da população dos EUA enquanto os católicos são menos de 25 por cento.
Então, em vez de comparar as famílias americanas pequenas ricas de hoje com famílias africanas numerosas pobres, deveríamos comparar as famílias americanas modernas, que não são mais numerosas o suficiente para preservar sua cultura e religião, com as famílias americanas de 100, 200 e 300 anos atrás que eram numerosas o suficiente para preservar sua cultura e religião.
Os homens e as mulheres que construiram os EUA com seus melhores valores e riquezas tinham famílias numerosas. Portanto, não faz sentido aceitar a propaganda de controle populacional que escolhe apenas famílias numerosas pobres da Índia ou África quando o melhor exemplo são os milhões de famílias numerosas que construíram os EUA, tirando sua nação da pobreza espiritual, cultural e financeira e engrandencendo-a e tornando-a cristã.
Mesmo tendo muita riqueza, os EUA já estão enfrentando problemas demográficos com a baixa natalidade. Mas o Brasil, que nem alcançou o nível de riqueza dos EUA, também já está enfrentando semelhantes problemas demográficos.
A NPR disse:
“O Brasil passou por uma mudança demográfica tão dramática que está surpreendendo os cientistas sociais. Nos últimos 50 anos, a taxa de fertilidade caiu de seis filhos por mulher em média para menos de dois — e agora é menor do que nos Estados Unidos.”
A NPR mencionou mudanças de preferência, principalmente de mulheres, como a causa da baixa taxa de natalidade brasileira, mas não explicou o que a causou.
O que aconteceu 50 anos atrás, de acordo com a NPR, que mudou tanto o Brasil demograficamente a ponto de reduzir sua população?
Na década de 1970 a CIA criou um documento chamado NSSM 200 para o governo americano, classificando o Brasil como um dos principais países que deveriam ser alvos de políticas secretas de redução populacional. Entre essas políticas estavam disseminação generalizada do controle da natalidade e estímulos culturais para que as meninas e moças passassem o máximo de tempo possível estudando, como forma de evitarem casamento e gravidez.
O plano da CIA funcionou com tanta perfeição que hoje até um presidente brasileiro defende e pratica o controle da natalidade sem a menor dor na consciência. O presidente Jair Bolsonaro faz direitinho o que a CIA planejou 50 anos atrás.
O Brasil já está em processo de crise demográfica, mas Bolsonaro e outros defensores do controle da natalidade não percebem o perigo. Mais cedo ou mais tarde o Brasil será obrigado a importar milhões de imigrantes, pois a população brasileira já está sofrendo envelhecimento demográfico, e os países que têm esses milhões de imigrantes para enviar são os países muçulmanos.
Do ponto de vista da demografia e do catolicismo, é um erro Bolsonaro aceitar para si e para o Brasil políticas de controle da natalidade.
Como seguidor de Jesus, o que eu penso? Quem segue a Bíblia sabe que filhos são bênçãos. Família numerosa é a vontade de Deus. Nessa perspectiva, qualquer método de controle da natalidade atrapalha os planos de Deus de multiplicar bênçãos nas famílias cristãs.
Contudo, quem não segue Jesus e a Bíblia com seriedade é obrigado a ver filhos como bênçãos e ter uma família numerosa? Não. Aliás, a Bíblia diz que a descendência das pessoas que não conhecem a Deus desaparecerá. Nessa perspectiva, o controle da natalidade, na vida dessas pessoas, apenas ajuda a cumprir a vontade de Deus.
Os cristãos deveriam seguir o belo modelo das famílias numerosas da Bíblia e dos EUA em suas gerações evangélicas passadas que eram trabalhadoras, éticas e tinham muitos filhos.
Os que não seguem Jesus e a Bíblia deveriam ser livres para se esterilizar.
Versão em inglês deste artigo: Bolsonaro defends birth control and says that “more educated people have fewer children”
Fonte: www.juliosevero.com