Como os líderes evangélicos podem criticar o ativismo LGBT no governo Trump, se eles estão envolvidos em escândalos sexuais?

Uma pergunta crítica, enquanto o governo do presidente Donald Trump está engajado em uma campanha mundial para promover a homossexualidade, é “Como os líderes evangélicos podem criticar o ativismo homossexual no governo Trump se eles estão envolvidos em escândalos sexuais?”

Na verdade, eles não estão criticando essa campanha.

Não sei o que está acontecendo com esses líderes, porque eles estão muito silenciosos. Mas eu sei o que está acontecendo com um dos maiores apoiadores evangélicos de Trump: Jerry Falwell Jr.

Falwell tem sido um apoiador proeminente de Trump, inicialmente se tornando um dos primeiros grandes líderes evangélicos a apoiar Trump nas primárias republicanas de 2016 e continuando a defendê-lo durante sua presidência.

“Tive muito sucesso em trazer evangélicos para Trump em 2016,” disse Falwell.

Depois do apoio de Falwell ao presidente, Trump disse que ele era “um dos líderes religiosos mais respeitados em nossa nação.”


Já que Falwell foi um apoiador proeminente de Trump que liderou multidões de evangélicos a apoiar Trump, por que ele ficou em silêncio sobre os problemas morais no governo Trump, especialmente a campanha mundial para divulgar a homossexualidade?

A resposta é chocantemente simples e está disponível em toda a mídia agora: em meio a um escândalo sexual, Falwell teve de renunciar a seu cargo como presidente e chanceler da Universidade Liberty — a notável universidade cristã que seu pai, um importante pastor batista, fundou há 50 anos. Aliás, a Universidade Liberty é a universidade conservadora mais proeminente dos EUA.

Liberty impõe um código moral rígido para seus alunos. Ainda que a vida pessoal de Trump, inclusive vários divórcios, esteja em conflito com a moralidade evangélica da Liberty, Trump fez um discurso na Liberty em setembro de 2012. Portanto, o relacionamento de Trump e Falwell aconteceu antes da eleição presidencial de 2016.

Com base no código moral da Liberty, Trump nunca deveria ter sido convidado para falar na Liberty em 2012. No entanto, com base nos atuais escândalos sexuais de Falwell, os quais supostamente se estendem por vários anos, não há incoerência entre a vida pessoal de Trump e a vida pessoal de Falwell.

E não há incoerência no silêncio de Falwell em relação aos escândalos morais de Trump. Ele simplesmente não pode falar. Não sei se esse é o mesmo problema de outros líderes evangélicos proeminentes que apoiam Trump, mas parecem não ter coragem de denunciar o engajamento do governo dele no apoio a uma agenda gay mundial.

Falwell estaria em uma posição melhor se ele fosse João Batista, que não tinha uma vida de escândalos sexuais e adultérios e era livre para denunciar o divórcio e o adultério do governante de sua época: o rei Herodes.

João denunciou isso porque os governantes não deveriam estar isentos de ouvir o que Deus pensa sobre a desobediência à sua Lei. Governante, reis e presidentes não estão isentos da Lei de Deus.

Então, se Trump também não está isento da Lei de Deus, por que os evangélicos ficam em silêncio sobre seus erros morais e sexuais? Falwell não pôde e não pode abordar essa questão porque ele não é um João Batista. Sua vida não está livre de escândalos sexuais. Mas todos os líderes evangélicos dos EUA também estão impedidos de abordar essa questão porque eles também estão envolvidos em escândalos sexuais?

Não é errado eles apoiarem Trump, que é melhor do que seus concorrentes democratas, que são socialistas e imorais. Mas esses líderes nunca deveriam se esquecer de copiar o bom exemplo de João Batista.

Se João Batista pôde no passado, quando os reis tinham o poder de matar cidadãos, repreender o divórcio e o adultério de um rei, por que os líderes evangélicos de hoje não podem fazer a mesma repreensão aos presidentes que não têm poder de matá-los? Se eles não têm coragem hoje, como teriam coragem de repreender Herodes no passado?

A covardia e o silêncio nunca foram uma característica de João Batista, e nunca deveriam ser uma característica dos líderes evangélicos modernos, a menos que eles estejam envolvidos nos mesmos problemas de Jerry Falwell Jr.

Em 2017, Falwell disse sobre Trump: “Estou muito chocado com o modo como ele é acessível a muitos. Ele responde ao seu celular a qualquer hora do dia e da noite.” Se Falwell não tivesse nenhum escândalo sexual, ele estaria livre para usar esse acesso fácil para dizer o que Trump precisa ouvir.

Trump ouviu multidões de líderes evangélicos conservadores apoiando-o, e isso é bom. Ele recebeu aproximadamente 80 por cento dos votos dos evangélicos. Ele foi muito apoiado pelos televangelistas.

Agora ele precisa ouvir muito mais do modernos Joões Batistas. Onde eles estão? Existe algum João Batista em torno de Trump, ou todos eles são Jerry Falwells?

Se João Batista ressuscitasse hoje, ele repreenderia os Falwells também.

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