União profética do eixo Turquia-Irã-Rússia
O governo turco tem nestes últimos anos liderado uma aproximação estreita entre a Rússia, o Irã e a Turquia. Em oposição aos planos dos EUA contra o Irã, o governo turco tem vindo a aproveitar-se dessas tensões para trabalhar em proximidade com o Irã contra os interesses norte-americanos no Oriente Médio. O mais recente avanço nessa direção foi a recepção de ontem do ministro das Relações Exteriores iraniano Javad Zarif na capital turca Ancara.
Essa reunião demonstrou que o recente avanço turco no Azerbaijão para combater os armênios no Cáucaso dará uma maior cooperação na região entre Ancara, Moscou e Teerã, aprofundando a sua influência na região, tal como na Síria e na Líbia.
De fato, apesar da ilusória “amizade” com a administração Trump, a verdade é que o governo de Erdogan tem revelado estar a libertar-se pouco a pouco da OTAN para cair nos braços de Teerã e de Moscou, num claro sinal de desejo de partilha da região do Oriente Médio, pondo os EUA e a União Europeia cada vez mais do lado de fora.
A Turquia tem usado de duplicidade, por um lado parecendo querer aproximar-se de Israel, mas por outro lado acolhendo e estendendo um tapete vermelho ao Hamas, um dos piores grupos terroristas islâmicos inimigos de Israel. A Turquia torna-se assim, juntamente com o Irã, parceira estratégica do Hamas. Esta visita de ontem do ministro iraniano à Turquia só comprova essa realidade.
Os jornais turcos e iranianos, ambos controlados e pró-governo têm vindo a aplaudir esta aproximação entre os dois países. Apesar de tentar convencer a administração Trump que era um bastião contra o Irã e a Rússia, a verdade é que a Turquia apoia o programa nuclear iraniano, opondo-se assim às medidas duras estabelecidas pelo ex-presidente norte-americano.
O ministro iraniano afirmou ontem em Ancara que tanto o Irã como a Turquia têm um aposição comum de que a estabilidade será restabelecida na região unicamente por meio de “sinergias.” Segundo a imprensa local, as conversações do ministro iraniano em Ancara foram “frutíferas, construtivas e amistosas.”
A Turquia e a Rússia estão também abrindo um centro de coordenação em Karabath, a região armênia que os turcos ajudaram a “libertar” para o Azerbaijão. Isso comprova que os dois países irão trabalhar em proximidade em Idlib, na Síria, na Líbia e no Azerbaijão. A Turquia comprou à Rússia sistemas de defesa anti-aérea S-400 e está-se a aproximar cada vez mais de Moscou e de Teerã para contratos chave. Os jornais turcos também aplaudiram a “Rota da Seda de Ferro”, uma nova linha férrea até Baku e Rússia, que transportará bens para aqueles países. A Turquia está também exportando bens para a China. Esta é a primeira vez na História que bens turcos são transportados para a Rússia por via férrea. As previsões são que se estabeleçam fortes ligações e alianças entre a Turquia, a Rússia, a China e o Irã. A Turquia e a Rússia têm andado a partilhar a Líbia, a Síria e o Cáucaso. O Irã e a Turquia não se ficarão certamente por aí…
Quem conhece as profecias bíblicas não é apanhado de surpresa com estas notícias. Duas das nações que nos últimos dias farão parte da coligação que invadirá Israel são exatamente a Turquia (Togarma) e o Irã (a antiga Pérsia). Ainda que a Rússia não esteja mencionada nas profecias, a verdade é que o príncipe Gogue que encabeçará esta coligação virá da região de Magogue, a qual, segundo Flávio Josefo, estaria situada a Norte do Mar Negro, abarcando a atual Ucrânia e até mesmo o Sul da Rússia…