Falso pastor do Rio de Janeiro é preso, após vídeo de incitação de ódio aos Judeus viralizar por todo o mundo




Em junho de 2020, o pastor Tupirani da Hora Lores gerou polêmica ao publicar o vídeo de um de seus cultos, no qual ele supostamente pediu por um "massacre" de judeus. Nesta sexta-feira, 12, o religioso tornou-se alvo de uma operação da Polícia Federal (PF).


Com um mandado contra o pastor, os policiais da Operação Shalom foram até a sede da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no Santo Cristo, Rio de Janeiro. Segundo o G1, a ideia era encontrar provas que pudessem comprovar o caso de intolerância religiosa.



Tendo viralizado na época de sua publicação, o vídeo do culto ainda trazia uma fala que gerou comoção nacional. Durante o encontro, Tupirani teria dito que os judeus “deveriam ser envergonhados como foram na Segunda Guerra Mundial” — tal declaração, inclusive, acabou sendo repercutida por jornais de Israel.

Agora, graças a ação movida pela Delegacia de Crimes Cibernéticos, o pastor deve responder pelo posicionamento. Nesse sentido, ele pode ser acusado de incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.


A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 12, a Operação Shalom, para combater a prática do crime de racismo contra judeus. Agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão que foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O principal alvo da operação é pastor Tupirani da Hora Lores, da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo.


De acordo com a PF, ele já havia sido condenado pela prática e incitação à discriminação religiosa e agora pode responder pela “pela prática, induzimento ou incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, quando cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza”.


Em nota, a corporação destacou que as investigações tiveram início em razão de vídeos publicados na internet, “nos quais o suspeito, além de alimentar o ódio e a intolerância racial, clamou por um novo holocausto, gerando repercussão internacional”.


O nome da operação, “Shalom”, foi escolhido por “fazer alusão à paz”, diz a Polícia Federal. Os materiais colhidos nas diligências serão encaminhados para perícia.

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