6 de Abril: Reunião sobre acordo nuclear em Viena, Irã diz não querer conversa com EUA até suspensão das sanções

Em 6 de abril, ocorrerá a reunião presencial sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em Viena, Áustria.



Na sexta-feira (2), o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, informou que os Estados Unidos não participarão da reunião sobre o acordo nuclear na próxima semana.


No entanto, o Departamento de Estado norte-americano revelou que Estados Unidos concordaram em participar das conversações sobre o acordo nuclear iraniano em Viena.


"Nós concordamos em participar das conversações na próxima semana com nossos parceiros europeus, russos e chineses para identificar as questões envolvidas em um retorno mútuo ao cumprimento do JCPOA com o Irã", disse Edward Price, o porta-voz do Departamento de Estado, citado pelo jornalista Barak Ravid.

O Irã não pretende realizar negociações direitas ou indiretas com os Estados Unidos até que as sanções sejam suspensas, segundo informou Press TV, citando fontes.

Como os EUA saíram do JCPOA e impuseram proibições ao Irã sem quaisquer negociações, devem agora suspender as sanções sem negociações", disse a fonte da mídia.

Comissão Conjunta do JPCOA

Na sexta-feira (2), a Comissão Conjunta do JPCOA realizou uma videoconferência entre diretores políticos, onde discutiram o possível regresso dos Estados Unidos ao acordo nuclear. A reunião presencial do JCPOA ocorrerá em 6 de abril entre diretores políticos em Viena, informou nesta sexta-feira (2) o representante permanente da Rússia para organizações internacionais em Viena, Mikhail Ulianov.


"Combinamos que na terça-feira (6) em Viena ocorrerá uma reunião presencial a nível de diretores políticos. Darão as ordens para dois grupos para suspenção de sanções e assuntos nucleares, o que deve ser feito no plano prático para recuperar o cumprimento completo do JCPOA por todos os lados", disse Ulianov.

Quando Ulianov foi perguntado se durante a reunião será discutido o regresso dos EUA ao acordo nuclear, o representante permanente da Rússia para organizações internacionais em Viena respondeu: "De fato, sim."


O possível regresso dos EUA ao JCPOA exigirá de Washington o cumprimento completo do acordo nuclear, segundo Ulianov.


"O possível regresso dos EUA ao JPCOA, obviamente, exigirá de Washington o cumprimento completo do acordo nuclear e da resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", escreveu Ulianov em sua conta no Twitter.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, informou em sua conta no Twitter que Teerã está planejando realizar uma reunião presencial com os demais signatários do JCPOA (União Europeia, França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia) em Viena no dia 6 de abril, sem mencionar os EUA na lista. Zarif ressaltou que uma reunião entre o Irã e os EUA é "desnecessária" neste momento.


​Em reunião virtual do JCPOA, o Irã, UE, França, Alemanha, Reino Unido, China e Rússia concordaram em retomar as conversas presenciais em Viena na próxima terça-feira (6). O objetivo: finalizar rapidamente a suspensão de sanções e medidas nucleares para eliminação coreográfica de todas as sanções, seguida da cessação das medidas corretivas pelo Irã. Não há reunião entre Irã e EUA. Desnecessário


"A reunião, na qual a delegação iraniana participará, é uma reunião da Comissão Conjunta a que assistirão apenas os países-membros [Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha, bem como representantes do Irã e da UE]. O objetivo [da reunião] é analisar o possível regresso dos EUA ao JCPOA", afirmou Araghchi, citado no comunicado da chancelaria iraniana.

Além disso, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, que coordena a Comissão Conjunta do JPCOA, ativará os contatos com todos os participantes do acordo nuclear e os Estados Unidos, segundo o comunicado emitido após a reunião on-line.


"Os participantes combinaram continuar a sessão da Comissão Conjunta em Viena [...]. Por isso, o coordenador também intensificará os contatos individuais em Viena com todos os membros do JPCOA e os EUA", segundo o documento.

Anteriormente, Washington se recusou a iniciar negociações com Irã até que Teerã deixe de violar as condições do acordo nuclear sobre os limites de armazenamento de combustível nuclear e o nível de enriquecimento de urânio de 3,67%.

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