Rússia diz que pode aumentar rapidamente número de navios na fronteira sul em caso de novas ameaças vindo de outros Países
O Serviço Federal de Segurança da Rússia registrou recentemente um aumento no número de voos de drones ucranianos perto da fronteira entre os países.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo) tem um número suficiente de navios e lanchas no mar Negro e no mar de Azov e a frota aumentará rapidamente em caso de novas ameaças, afirmou Vladimir Kulishov, primeiro vice-chefe do FSB, em entrevista à Sputnik.
"As forças e instalações das unidades da Guarda Costeira são atualmente suficientes para cumprir as tarefas atribuídas na região de Azov-mar Negro. Se novas ameaças surgirem, o número de navios e lanchas aumentará rapidamente", comentou Kulishov.
De acordo com o vice-chefe do FSB, a Ucrânia utiliza a escalada das tensões com a Rússia como pretexto para receber ajuda financeira e militar dos EUA e da União Europeia para reformar a infraestrutura naval, militar e de fronteira.
"Estamos cientes que os EUA entregaram lanchas para a Ucrânia, que em sua maioria já cumpriram uma longa vida útil, também estamos cientes de contratos com a França, o Reino Unido e outros países membros da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] para a construção de novas lanchas para o lado ucraniano", acrescentou Kulishov.
Drones ucranianos na fronteira
O FSB registrou recentemente um aumento no número de voos de drones ucranianos perto da fronteira entre os países.
"Também observamos um aumento no número de voos de drones acima da seção terrestre da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Com a ajuda de parceiros ocidentais, o Serviço de Guarda de Fronteira do Estado da Ucrânia está constantemente aprimorando a frota de drones usados na fronteira atividades", comentou Kulishov.
De acordo com o primeiro vice-chefe do FSB, Kiev está estudando ativamente a experiência turca e israelense de reconhecimento e de drones de ataque para usá-los potencialmente na área de conflito no sudeste da Ucrânia.
As relações entre Moscou e Kiev seguem tensas. Em abril, os EUA aprovaram a entrega de mais US$ 125 milhões (aproximadamente R$ 664 milhões) em ajuda militar à Ucrânia, elevando o total da assistência "anti-Rússia" entregue ao país nos últimos anos para perto de US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões).