A VERDADE VINDO A TONA! Doutora Nise Yamaguchi diz em CPI da COVID, que vacina não é a solução, e Omar Aziz pede para que os Brasileiros não a escutem
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, Omar Aziz (PSD-AM), pediu para que a população não acredite nas declarações da médica Nise Yamaguchi sobre a vacinação contra a COVID-19.
Conhecida por ser defensora do uso da cloroquina, que não tem eficácia comprovada contra o coronavírus, Nise Yamaguchi foi questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre sua opinião acerca das vacinas. A médica então declarou que a imunização não é o único caminho para combater a pandemia.
Omar Aziz se irritou com a declaração da médica e criticou sua tentativa de defender o uso do tratamento precoce.
“A doutora Nise com essa voz calma, ela é convincente. Porque quem grita não consegue convencer ninguém. Quem fala baixo, com a voz bastante calma, parece que passa mais credibilidade. Na realidade, quem está nos vendo no momento, eu peço que desconsidere essas questões que ela disse aqui em relação à vacina", disse Omar Aziz.
A Doutora Nise Yamaguchi falou a verdade, em meio a tantos malfeitores, de que só a vacinação não vai acabar com o coronavírus, e que a mesma não deve ser obrigatória:
Doutora Nise, cala Senado! from Bastidores Da Net on Vimeo.
O senador também propôs que a sessão fosse suspensa para que a médica fosse chamada para prestar depoimento como convocada. "Não acreditem nela. Quem está nos vendo neste momento, não acredite nela. Tem que vacinar. A vacina salva. Tratamento precoce não salva. Não vou fazer propaganda enganosa para a população brasileira. Eu tenho responsabilidades aqui e a responsabilidade é grande", completou o presidente.
Neste momento um bate-boca se iniciou na CPI. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) foi em defesa de Nise e disse que os senadores estão desrespeitando a médica. "Estão expondo vídeos recortados que não permitem a depoente falar. Estão faltando com desrespeito à depoente, com a história e biografia dela. Me parace que os cientistas aqui são os presidentes e alguns senadores".
No meio da fala do senador, o também parlamentar Randolfe Rodrigues (REDE-AP) repete incessantemente que a comissão não pode 'desinformar sobre a vacina'. “Isso está sendo transmitido para milhões de pessoas”, reforçou.
O que é uma CPI?
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
Para ser instalado no Senado Federal, uma CPI precisa do aval de, ao menos, 27 senadores; um terço dos 81 parlamentares. Na Câmara dos Deputados, também é preciso aval de ao menos uma terceira parte dos componentes (171 deputados).
Há a possibilidade de criar comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs), compostas por senadores e deputados. Nesses casos, é preciso obter assinaturas de um terço dos integrantes das duas casas legislativas que compõem o Congresso Nacional.
O que a CPI da COVID investiga?
- chamar testemunhas para oitivas, com o compromisso de dizer a verdade
- convocar suspeitos para prestar depoimentos (há direito ao silêncio)
- executar prisões em caso de flagrante
- solicitar documentos e informações a órgãos ligados à administração pública
- convocar autoridades, como ministros de Estado — ou secretários, no caso de CPIs estaduais — para depor
- ir a qualquer ponto do país — ou do estado, no caso de CPIs criadas por assembleias legislativas — para audiências e diligências
- quebrar sigilos fiscais, bancários e de dados se houver fundamentação
- solicitar a colaboração de servidores de outros poderes
- elaborar relatório final contendo conclusões obtidas pela investigação e recomendações para evitar novas ocorrências como a apurada
- pedir buscas e apreensões (exceto a domicílios)
- solicitar o indiciamento de envolvidos nos casos apurados
O que a CPI não pode fazer?
Embora tenham poderes de Justiça, as CPIs não podem:
- julgar ou punir investigados
- autorizar grampos telefônicos
- solicitar prisões preventivas ou outras medidas cautelares
- declarar a indisponibilidade de bens
- autorizar buscas e apreensões em domicílios
- impedir que advogados de depoentes compareçam às oitivas e acessem
- documentos relativos à CPI
- determinar a apreensão de passaportes
CPIs famosas no Brasil
1975: CPI do Mobral (Senado) - investigar a atuação do sistema de alfabetização adotado pelo governo militar
1992: CPMI do Esquema PC Farias - culminou no impeachment de Fernando Collor
1993: CPI dos Anões do Orçamento (Câmara) - apurou desvios do Orçamento da União
2000: CPIs do Futebol - (Senado e Câmara, separadamente) - relações entre CBF, clubes e patrocinadores
2001: CPI do Preço do Leite (Assembleia de MG e outros Legislativos estaduais, separadamente) - apurar os valores cobrados pelo produto e as diretrizes para a formulação dos valores
2005: CPMI dos Correios - investigar denúncias de corrupção na empresa estatal
2005: CPMI do Mensalão - apurar possíveis vantagens recebidas por parlamentares para votar a favor de projetos do governo
2006: CPI dos Bingos (Câmara) - apurar o uso de casas de jogo do bicho para crimes como lavagem de dinheiro
2006: CPI dos Sanguessugas (Câmara) - apurou possível desvio de verbas destinadas à Saúde
2015: CPI da Petrobras (Senado) - apurar possível corrupção na estatal de petróleo
2015: Nova CPI do Futebol (Senado) - Investigar a CBF e o comitê organizador da Copa do Mundo de 2014
2019: CPMI das Fake News - disseminação de notícias falsas na disputa eleitoral de 2018
2019: CPI de Brumadinho (Assembleia de MG) - apurar as responsabilidades pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão