Atual Ministro de Saúde do Brasil: Queiroga fala em 'tirar de uma vez por todas essas máscaras' porém diz que haverá recuo com a Variante Delta que já está no Brasil
Em um discurso sem máscara na manhã desta quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, subiu o tom contra críticos da gestão do governo federal na pandemia e voltou a sinalizar o abandono da proteção facial no fim do ano.
"Garanto a vocês, em nome do Bolsonaro, até o final do ano toda a população brasileira estará vacinada. Até o final do ano, poremos fim ao caráter pandêmico dessa doença no Brasil e vamos poder tirar de uma vez por todas essas máscaras e desmascarar aqueles que, mesmo que nunca tenham usados máscaras, precisam ser desmascarados."
O ministro, que participou da inauguração de uma unidade básica de saúde em Paranoá (DF), permaneceu de máscara durante o evento, mas retirou na hora de falar.
Posteriormente, na porta do Ministério da Saúde, Queiroga explicou que qualquer flexibilização levará em conta o cenário atual.
"Depende não só do percentual da população vacinada, mas também do momento da pandemia. Se você tem uma situação como hoje, [que] sinaliza para uma redução de casos e óbitos, e a gente avança na campanha de vacinação, é possível já flexibilizar o uso de máscaras, como aconteceu nos outros países."
O ministro ressaltou, no entanto, que se a variante Delta do coronavírus colocar pressão no sistema hospitalar, "naturalmente que essas questões têm que ser repensadas".
Ele salientou que cerca de 70% dos brasileiros acima de 18 anos já receberam a primeira dose de vacina contra a covid-19 e prometeu que até setembro este grupo todo terá ao menos uma dose.
A previsão do governo é concluir a aplicação da segunda dose nos adultos até dezembro.
A medida de abandonar o uso de máscaras é apontada como precoce por especialistas em todo o mundo.
Países com patamar mais elevado de vacinação do que o Brasil, como os Estados Unidos — onde 61,2% dos adultos estão completamente vacinados — voltaram a exigir o uso de máscaras em ambientes fechados.
Não foi a primeira vez que Queiroga sinalizou o fim do uso de máscaras. No fim de julho, ele afirmou que "logo, logo" a proteção não seria mais necessária.
"À medida que o número de óbitos diminui e a gente avança na campanha de vacinação, logo, logo não precisaremos mais de máscara", disse Queiroga, em conversa no Palácio do Planalto com jornalistas.
*Porém ele mostrou o receio com a variante DELTA, já que nenhuma vacina experimental funciona, e não funciona em nada contra ela.